Confira a programação cultural e educativa do Museu Judaico de São Paulo para o mês de julho
Destinada ao público de todas as idades, a
programação inclui atividades para aproveitar as férias escolares e envolvem
toda a família
Foto por Lucas Coimbra
Em julho, o programa Educação e Participação
do Museu Judaico de São
Paulo oferece uma série de atividades para receber os
visitantes e suas famílias nas férias escolares. Serão três laboratórios em
diálogo com a exposição recém-aberta Botannica
Tirannica: Câmera Escura, SobrePlanta e Caleidoscópio.
Também estará em cartaz a visita
teatralizada, que acontece aos sábados, e tem como objetivo a interação com os
visitantes por meio de educadores-atores que estão em contato com a história da
imigração judaica em São Paulo. “Nas atividades, educadores e visitantes
constroem conhecimento sobre a história e as tradições do povo judeu, em
diálogo com outras culturas, com o presente e com a cidade de São Paulo.”,
explica Daniela Chindler, coordenadora do projeto.
Além disso, teremos a contação da
história “O vestido verde”. A tradição e resistência dos judeus sefaraditas é
contada pela perspectiva de uma menina que fugiu da Inquisição com sua família,
partindo da península ibérica e atravessando o oceano em busca de uma nova vida
onde pudessem preservar sua origem e sua cultura.
As visitas estão disponíveis para o
público em geral, escolas, ONGs, empresas de turismo, entre outros. Para
agendar as visitas ou obter mais informações o e-mail para contato é agendamento@museujudaicosp.org.br.
Confira a programação completa:
Visita Teatralizada
Propõe o olhar sobre a
história da Beth-El e do Museu Judaico por meio do diálogo entre os nossos
educadores-mediadores e o público.
Atores com roupas de época são os
mestres de cerimônia desse percurso pelo prédio que hoje abriga o Museu Judaico
e foi uma sinagoga. Os visitantes do museu são transportados para a primeira
metade do século XX e conhecem a trajetória de imigrantes que chegaram a São
Paulo de navio e aqui construíram uma nova vida. Atividade para toda a família.
A visita teatralizada acontece aos
sábados, às 15h.
Contação de Histórias
Para a sessão de
contação de histórias realizada no programa Educação e Participação, teremos em
cartaz “Sopa de Botão de Ossos”, “Ananse”, “O belo mundo”, “Carne de Língua”,
“Onde está o pai?”, “A Rainha que salvou seu povo”, “Vestido Verde” e “Uma casa
muito apertada”.
Contação de histórias acontece às
terças, sábados e domingos, às 11h30. A sessão em Libras é aos sábados, às
11h30.
Teatro de Sombras “A cidade dos
sussurros”
Uma malinha marrom de
couro batido, parecida com aquelas trazidas pelos imigrantes, se transforma em
um teatro de sombras, para contar uma história que aconteceu lá na Europa. Há
uns oitenta anos atrás, quando os judeus eram perseguidos, os moradores de uma
pequena cidade decidem esconder homens, mulheres e crianças dos soldados
nazistas. Era perigoso, mas os moradores dessa cidade sabiam que essa era a
única chance dessas famílias conseguirem fugir para um lugar seguro. Nessa
história estão personagens como a mãe, o pai, as crianças, o padeiro, o
fazendeiro, os soldados, no cenário de um pequeno vilarejo, um porão e um
barco. Pessoas que arriscaram suas vidas durante o Holocausto para salvar vidas
de judeus são honrados com o título “Justos entre as Nações”. Nos dias de hoje,
há mais de 27 mil pessoas, de 51 países, que são consideradas heróis.
O Teatro de Sombras acontecerá às
quintas de julho, 15h.
Livro Vivo
Para a sessão de
mediação de leitura realizada no programa Educação e Participação, teremos em
cartaz “Como é ser árvore?”, “Onda”, “14º Leon”, “O rei do chocolate”, “A
menina dos livros”, “Sombra”, “Sonhando alto”, “A Árvore Generosa”.
Livro vivo acontece aos sábados e
domingos, às 16h. Aos sábados, sessão com Libras.
LABORATÓRIOS
Para a exposição
Botannica Tirannica, além das tradicionais visitas mediadas com um
arte-educador, o Educação e Participação preparou laboratórios que permitem o
visitante mergulhar no processo criativo da artista Giselle Beiguelman:
SobrePlanta, Caleidoscópio e Câmera Escura.
SobrePlanta
O laboratório SobrePlanta
busca investigar o hibridismo na obra de Giselle Beiguelman. Placas de acetato
circulam pelo prédio do museu e pela exposição, ficando à disposição do público
para desenhos à mão livre. Sobreposições de plantas serão possíveis pelo
acetato se tratar de um material translúcido, permitindo que a/o visitante
experimente o mesmo processo proposto pela artista. Que tal essa planta criada
ter um novo nome?
SobrePlanta acontece às sextas-feiras e
domingos, às 14h.
Caleidoscópio
O caleidoscópio é um
objeto, que por meio de giros, nos permite criar imagens modulares. Os
viajantes dos séculos XVIII e XIX se dedicaram a observar e descrever a fauna e
a flora dos espaços visitados. Numa experimentação caleidoscópica, vamos
refletir sobre a obra da artista Giselle Beiguelman e como a Inteligência
Artificial influenciou a artista.
Caleidoscópio acontece às
quartas-feiras, às 11h30 e aos sábados, às 14h.
Câmera Escura
A câmera escura é a
primeira estrutura da câmera fotográfica de que se tem conhecimento. Vamos
juntos trabalhar com grandes câmeras escuras decoradas que permitem o visitante
colocar a cabeça e ver as imagens invertidas. Um momento divertido tanto para
quem está dentro, observando as projeções de imagens, como para quem vê as
pessoas com essas “cabeças”. O Educação e Participação convida os visitantes da
exposição Botannica Tirannica a aguçar o olhar diante do Antijardim, obra
proposta por Giselle Beiguelman na entrada do museu.
A Câmera Escura acontece às
quartas-feiras, às 14h e às sextas-feiras, às 11h30.
Visitas Mediadas
Educadores-mediadores
realizam visitas às exposições em cartaz no Museu (mediante agendamento
prévio).
Eixo central do projeto pedagógico do
programa Educação & Participação, a mediação propõe reflexões por meio do
diálogo como estratégia de aproximação entre educador, público, e as obras
expostas. Cada visita mediada é única, porque a partir das relações que se
formam a cada momento, surgem múltiplas abordagens possíveis durante as trocas
que acontecem em todo o percurso.
Escolas públicas e privadas, ONGs,
grupos de turismo e outras instituições dedicadas à educação e à integração
social podem agendar visitas educativas às exposições. Com duração de 1h, as
visitas educativas agendadas estimulam a troca, a investigação e a reflexão
sobre as exposições.
Indicação: a partir de 6 anos
Visitas mediadas: terça-feira a domingo,
das 10h às 18h.
Entre em contato para agendar sua
visita:
Dúvidas e informações: Telefone: (11) 2075-3207
E-mail: agendamento@museujudaicosp.org.br
As visitas mediadas também estão
disponíveis em Língua Brasileira de Sinais às terças e sábados, mediante
agendamento prévio.
Sobre Educação e
Participação
Educação e participação é um programa de mediação cultural que desenvolve
ações educativo-culturais sobre as exposições em cartaz e o patrimônio do Museu
Judaico de São Paulo (MUJ), em diálogo vivo com o território e com a cidade.
Contamos com uma equipe de educadores inclusiva e plural, formada em distintas
áreas de conhecimento como História, Ciências Sociais, Artes Visuais, História
da Arte, Letras, Pedagogia e Música.
“Nós queremos atender cada vez mais os
professores para fazer formação, para que eles possam levar esse trabalho para
as escolas, além de atender os estudantes. A formação de uma consciência
voltada para a tolerância e valorização da diversidade começa de criança”,
disse Felipe Arruda,
diretor do Museu Judaico de São Paulo.
As ações do Educação & Participação
do Museu Judaico de São Paulo são viabilizadas com recursos da Lei Federal de
Incentivo à Cultura – Lei nº 8.313/1991. Ele é um projeto original proposto
pela Sapoti Projetos Culturais e equipe de coordenação e consultoria, em
co-criação com o Museu Judaico de São Paulo. Em seu primeiro ano, em 2021, o
projeto foi patrocinado pelo Grupo CCR.
EXPOSIÇÕES
As exposições
materializam um rigoroso trabalho curatorial e museológico, fruto do esforço da
instituição para estabelecer pontes de diálogos tanto dentro da comunidade
quanto para o público não-judeu. A partir de obras multimídia, objetos
históricos, documentos e fotografias, o museu apresenta quatro exposições.
EXPOSIÇÃO “A VIDA JUDAICA”
A primeira exposição de
longa duração, A vida judaica,
apresenta os costumes e rituais pelos quais o judaísmo se conecta com o
sagrado, demarca o tempo, estuda seus textos, festeja valores, elege seus
alimentos típicos e vivencia coletivamente cada etapa da vida. Aborda,
portanto, os acontecimentos cotidianos da vida judaica, entendendo-os não
somente sob o prisma religioso, mas também como fenômeno cultural.
EXPOSIÇÃO “JUDEUS NO BRASIL: HISTÓRIAS
TRANÇADAS”
Nesta exposição, o
objetivo é tecer uma complexa narrativa da pluralidade da presença judaica no
Brasil a partir dos diversos fluxos migratórios ao longo de 500 anos. A mostra
analisa ainda a pluralidade resultante dos diversos pólos de implantação das
comunidades judaicas no Brasil e de que formas os costumes que pautam a vida
judaica se comportam em suas dinâmicas intergeracionais, sejam elas a partir de
vivências individuais ou coletivas. A exposição mostra também como a comunidade
judaica brasileira apresenta inúmeras interseções e confluências na
contemporaneidade, embora tenham diferentes matrizes culturais e
geográficas.
EXPOSIÇÃO “BOTANNICA TIRANNICA” DA
ARTISTA GISELLE BEIGUELMAN
Botannica Tirannica
propõe uma investigação a respeito do imaginário colonialista presente no
processo de nomeação da natureza, cujas espécies ditas “daninhas” recebem nomes
ofensivos e preconceituosos. A partir de impressões fotográficas, vídeos,
aquarelas e um ensaio audiovisual, a artista Giselle Beiguelman cria seres
híbridos em um jardim pós-natural.
O Museu Judaico de São Paulo (MUJ), espaço que foi inaugurado após vinte anos de planejamento, é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2022, o MUJ conta com doação do Instituto Cultural Vale, Instituto CCR, Família Minev, Sotreq, Fundação Arymax, Dexco e Alfa Seguros.
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