Economia cíclica no mercado de joias ajuda a reduzir impactos ambientais
Mercado de luxo abre espaço para o movimento
second hand, que além de não contar com a extração de pedras da natureza,
estimula mudanças para cultura sustentável
São Paulo, junho de 2022 – De acordo com pesquisa da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), sete em cada dez indústrias
brasileiras desenvolvem alguma iniciativa de economia circular. Considerando
que entre os pesquisados 37,1% elencaram como prática o uso de insumos
circulares e 22,9% a extensão da vida do produto, o mercado de joias de luxo
second cresce como alternativa para quem procura e valoriza soluções
sustentáveis em moda, acessórios e estilo.
As novas gerações, mais atentas e
preocupadas com questões que impactam o planeta, vêm impulsionando mudanças de
comportamento de consumo, onde todo o ciclo do produto é considerado na decisão
de compra. “A extração de pedras e metais preciosos é algo que deve ser feito
com extremo cuidado e responsabilidade. Do contrário, as consequências podem
ser devastadoras, da degradação de paisagem à poluição de recursos hídricos”,
diz Avner Itshak Mazuz, CEO da Vecchio Joalheiros.
Entre os principais benefícios da
economia circular para o meio ambiente e para a sociedade, incluindo o que pode
ser absorvido pelo mercado de luxo, estão o melhor direcionamento de
matérias-primas, aumento da competitividade e da inovação, além de maior
geração de empregos. “Isso sem falar da redução de resíduos”, completa o
executivo.
Em 2015, a Organização das Nações Unidas
(ONU) publicou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde 193
países, incluindo o Brasil, firmaram compromisso de proteger o planeta e
promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. No total, são 17 objetivos
e 169 metas estabelecidas, sendo que a de número 12 é específica para o Consumo
e Produção Responsáveis, justamente o foco da cultura second hand.
Luxo circular
Ainda existe preconceito em torno das
peças de segunda mão, mas o executivo da Vecchio explica que boa parte se deve
à falta de conhecimento sobre a qualidade e o processo de aquisição e venda.
“Além de contribuir com a não retirada de recursos da natureza, existem
empresas sérias trabalhando para difundir a cultura second hand no mercado de
luxo brasileiro. Cada relógio, colar ou anel é adquirido com checagem de
procedência, restaurado ao ponto de novo e só depois comercializado, ainda com
a vantagem de preço mais acessível”, explica.
Outro estigma é que a venda de seminovos
no mercado de luxo compete com o trabalho de empresas e redes tradicionais.
“Esse é um grande mito porque o second hand trabalha, justamente, com o que
está fora de linha ou já foi substituído por novas coleções. Por esse ponto de
vista, até ajuda na circulação dos itens que, com certeza, serão retirados das
vitrines e catálogos, além da valorização institucional das marcas”, finaliza
Avner.
Sobre a Vecchio Joalheiros
Desde 1970 no mercado joalheiro, é uma das maiores referências do país em joias e relógios de luxo, pioneira em comprar, trocar e vender peças adquiridas de coleções particulares e, agora, em promover a cultura second hand, economia cíclica e sustentabilidade.
Nenhum comentário