Entenda a importância do ESG e OSD nas empresas
Preocupar-se
com o futuro não é exclusividade de governos, ONGs e ativistas. Empresas que
investem no planejamento de longo prazo entendem que para continuar no mercado
é preciso entender os desafios que vem pela frente e quais as mudanças
necessárias para sobreviver. No
próximo domingo, dia 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente,
para celebrar a data e refletir o papel das empresas na sociedade, os advogados
Rodrigo Salerno
e Fabiana Zani,
do escritório SAZ
Advogados, abordarão em uma série de reportagens detalhes sobre
o que é e como adotar propostas de ESG
(Meio Ambiente, Social e Governança).
A ONU
(Organização das Nações Unidas) promove às entidades privadas um Pacto Global,
com metas que integram os objetivos de desenvolvimento sustentável às
estratégias de negócio. Assim nasceram os ODS (Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável) e o ESG (Environmental, Social and Governance).
O ESG tem sido
a proposta com maior repercussão na atualidade. Isso porque é voltada ao mundo
dos investimentos. De acordo com um relatório do Bank Of America, de 2021, a
cada três dólares que são investidos em fundos no mundo, um foi destinado às
iniciativas que adotam propostas de ESG, ou seja, em empresas que focam em boas
práticas ambientais, sociais e de governança.
Já os ODS são
princípios para toda a sociedade, desde ação contra a mudança global do clima
até a erradicação da pobreza. São ao todo 17 objetivos que podem nortear as
estratégias de ESG das empresas. E assim, quando os negócios contemplam o
desenvolvimento sustentável, o valor e o crescimento da organização são
impulsionados a longo prazo.
Mas quais os
pontos a favor da implantação do ESG?
Conforme
explicam Rodrigo
Salerno e Fabiana
Zani, do escritório
SAZ Advogados, o investimento a longo prazo, ao qual se almeja
com o ESG, é relacionado a um mercado amplo e capaz de consumir. “Empresas precisam
de clientes. E hoje eles estão cada dia mais dispostos a escolher alternativas
condizentes com seus valores”, afirma Salerno.
O relatório
Strenght of Purpose, do Grupo Zeno, identificou que 94% dos consumidores
globais preferem empresas com propósitos fortes e estão dispostos a darem seus
corações, vozes e carteiras em apoio a essas marcas. Entre os consumidores
pesquisados em 8 países, 83% disseram que as empresas só deveriam ganhar lucro
se eles entregarem um resultado positivo de impacto.
Já a Kantar,
uma empresa de dados mundial que realizou o estudo Who Care, Who Does (2021),
contabilizou que 22% dos consumidores do mundo são ambientalmente conscientes.
Na América Latina, 63% buscam usar embalagens mais amigáveis com o meio
ambiente. No Brasil, esse número chega a 41%. Entretanto, apenas 25% conseguem
obter esse tipo de produto.
Além da
vantagem junto aos consumidores, ações de ESG e ODS também atraem a atenção do
mercado para novos investimentos, títulos verdes e sociais, bem como fortalecem
a reputação da empresa.
Pontos
desfavoráveis
Nem sempre os
resultados são imediatos. “Muitas vezes é necessário rever todo o funcionamento
da empresa, para adotar uma nova cultura organizacional. Colocar dedos na
ferida, como entender a diversidade presente na organização, incluindo altos
cargos; a transparência das ações; a equidade de salários entre gêneros, os
impactos ambiental, social e cultural da empresa, entre muitos outros
elementos”, comenta Fabiana.
Entretanto, ela e Rodrigo
Salerno ressaltam que este tipo de análise oferece aos gestores uma
grande consciência sobre o seu próprio negócio.
A ESG busca
superar a ideia de maximização isolada de lucros, para compreender que o futuro
e a saúde do negócio está inerentemente atrelada a questões sociais, ambientais
e de governança corporativa. É um modelo econômico que valoriza não somente o
ganho dos acionistas, mas principalmente o interesse dos consumidores, as
necessidades da comunidade e dos empregados, o meio ambiente e toda a cadeia
produtiva.
Próximos
textos:
Série Negócios
Sustentáveis: Como implantar ações ESG de meio ambiente
Série Negócios
Sustentáveis: Onde encaixar o Social na implantação do ESG?
Série Negócios
Sustentáveis: Compromisso com ESG passa pela Governança
SERVIÇO:
SAZ ADVOGADOS
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