Low-Code/No code: o início de uma democratização em meio a alta digitalização
*Por Mauricio Ohtani
O mercado brasileiro vem sendo desafiado
constantemente e de forma crescente com a falta de profissionais qualificados
em tecnologia. O movimento Low-Code/No Code cria a possibilidade aos cidadãos
corporativos de criar aplicações para as suas atividades repetitivas, sem
precisar do envolvimento da TI - uma possível solução para a já mencionada
falta de profissionais, justamente pela possibilidade de desenvolver soluções
sem uso de codificação.
No Brasil, o setor de tecnologia vive um
otimismo crescente em soluções tecnológicas que ajudam a viabilizar e acelerar
as transformações digitais. Seja pelo “amor” às transformações de ambientes de on-premises para a nuvem,
seja pela ‘dor’ que a pandemia impôs a todas as organizações brasileiras que
rapidamente precisaram atuar remotamente. É indispensável que as empresas
saibam dos benefícios destas iniciativas e quais são os principais parceiros do
ecossistema que podem ajudar as organizações a superar mais rapidamente os
novos desafios, viabilizando alcançar os objetivos de negócios.
A questão é que o movimento Low-Code/No
Code permite uma democratização, até porque essa dificuldade em encontrar
profissionais qualificados no mercado não é exclusividade do nosso país.
Trata-se de algo que está acontecendo no mundo inteiro. Vemos muitos
brasileiros sendo contratados por empresas de fora e recebendo em dólar, o que
aumenta ainda mais o desafio para encontrar profissionais talentosos no Brasil
que estejam disponíveis para trabalhar nas nossas companhias locais.
Entendo que essa democratização está
apenas no começo de uma curva, principalmente entre os cidadãos corporativos
que se encontram nas áreas de negócio e apresentam a capacidade de criar
diversas soluções que podem otimizar os processos repetitivos. É indispensável
levar em consideração, também, a governança, a questão de segurança e compliance, sendo que estas
aplicações podem se conectar através de APIs a vários bancos de dados e
processos diferentes.
As empresas de maior desempenho já estão
criando competência e explorando os benefícios do Low-Code/No Code. Ainda que permita
certa “independência”, todas as áreas devem compor parcerias com seus
departamentos de TI a fim de manter um alto nível de severidade, entendimento e
de ajuste às questões de segurança, compliance
e governança na implementação do Low-Code/No Code.
*Mauricio Ohtani é analista líder da TGT Consult/ISG
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