MAM São Paulo abre inscrições para cursos online com início em julho
Realizados de maneira virtual, os cursos compreendem as áreas de arte, moda e filosofia; criptoarte e NFTs, e desenvolvimento da crítica de arte feminista
Tadeu Jungle, Tudo Pode (Perder-se), 2003. Coleção mam são paulo, doação do artista. Foto: Romulo Fialdini
O
Museu de Arte Moderna de São Paulo oferece em julho uma nova
programação de cursos online aberta ao público geral. Os encontros são voltados
para interessados nas áreas de criptoarte e NFTs; pensamento filosófico em
torno do encontro entre arte e moda, e também a crítica de arte escrita por
mulheres.
No curso Laboratório
feminista de crítica e história da arte, com início em 5/07, a
professora, curadora e pesquisadora Talita Trizoli não só propõe uma reflexão
sobre o panorama da crítica de arte escrita por mulheres ao longo da História
da Arte como também considera soluções e estratégias para ultrapassar o
apagamento das mulheres levando em conta gênero, raça e classe.
A criptoarte aparece pela primeira vez no quadro de cursos do MAM São Paulo. A
partir de 7/07, a historiadora da arte e coordenadora de comunidade de
criptoartistas da Tropix, Mariana Braoio, comanda o curso CriptoArte, a história da arte
criptografada. Ela irá apresentar a jornada desta nova
tecnologia até o momento, trazendo ideias como NFTs e metaverso.
Já em arte, moda e
filosofia, com início em 11/07, Brunno Almeida Maia propõe uma
série de questionamentos e exemplos que fazem refletir sobre a relações que
encontram intersecções entre Moda e Filosofia, Arte e Moda, Filosofia e Arte.
Os cursos acontecem de forma online, ao
vivo por meio da plataforma de videoconferência, com aulas gravadas e
disponibilizadas por tempo determinado para os inscritos que quiserem
assisti-las posteriormente. Para conferir os planos de aula completos de cada
curso, acesse mam.org.br/cursos.
Sócios do MAM têm 20% de desconto. Estudantes, professores e aposentados têm
10% de desconto. Entre em contato com o MAM São Paulo para descontos ou dúvidas
via e-mail (cursos@mam.org.br ) ou WhatsApp (+55 11 99774-3987).
Cursos:
Laboratório feminista de
crítica e história da arte com Talita Trizoli
De 05/07 a 23/08
Terças-feiras, das 19h às
21h
Duração: 08 encontros
Público: interessados
em geral
Investimento: R$
640 em até 05 parcelas
Curso online ao vivo via
plataforma Zoom
Se o exercício da prática artística fora
historicamente difícil para as mulheres devido às proibições de estudo, e os
jogos de interdição para o estabelecimento de carreiras, no campo da escrita
sobre arte, (crítica e história), os esforços não foram dos mais fáceis. No
entanto, é a partir da dedicação de algumas autoras e pesquisadoras dessas
áreas que pudemos identificar os problemas de exclusão de gênero, raça e
classe. Nesse laboratório, a partir da discussão de textos importantes e mesmo
pouco conhecidos, procura-se analisar as estratégias e metodologias utilizadas
para enfrentar as barreiras de inserção das mulheres no mundo das artes, e
quais soluções (ou não) são possíveis.
Talita Trizoli é
professora, curadora e pesquisadora. Atualmente é pós-doutoranda no IEB-USP,
onde investiga crítica de arte por mulheres no Brasil. Doutora pela FE-USP e
Mestra pelo PGEHA-USP, com pesquisa na área de arte e feminismo no Brasil, com
ênfase nas décadas de 1960 e 1970. Possui publicações em revistas nacionais e
internacionais, e atividades de crítica de arte, investigação, curadoria e
ensino, sendo sua pesquisa referência para os estudos de arte e gênero no
Brasil.
CriptoArte, a história da
arte criptografada com Mariana Braoio
De 07/07 a 04/08
Quintas-feiras, das 19h às
21h
Duração: 05
encontros
Público: interessados
em geral
Investimento: R$
400
Curso online ao vivo via
plataforma Zoom
Memes, 3Ds, macacos estilizados são
arte? Neste curso serão trazidos conceitos sobre novas tecnologias, tendências
e aplicações da criptoarte, principais terminologias utilizadas: NFTs, Metaverso, Smart Contracts e
Colecionáveis. Também serão propostas reflexões sobre esse
novo movimento artístico reecorrendo às estéticas e produções de alguns
criptoartistas. Uma curadoria será realizada especialmente para a ocasião.
Mariana Braoio
é coordenadora de comunidade de criptoartistas na Tropix, plataforma de arte
com NFTs. Curou a exposição “Fome de Criar” com criptoartistas brasileiros na
plataforma Xepa.io. É historiadora da arte pela UFPEL e UNIFESP, com atuação em
curadoria e comunicação. Possui uma vasta pesquisa em mulheres artistas com
aproximação nas artes digitais e já atuou nos principais museus: Museu de Arte
Leopoldo Gotuzzo e Museu da Baronesa e em instituições culturais: Japan House e
Itaú Cultural. Idealizadora do quadro “Artistas que você precisa conhecer”, ao
evidenciar uma curadoria de artistas.
Arte, moda e filosofia com Brunno
Almeida Maia
De 11/07 a 01/08
Segundas-feiras, das 19h
às 21h
Duração: 04 encontros
Público: interessados
em geral
Investimento: R$
320 em até 04 parcelas
Curso online ao vivo via plataforma Zoom
O que a coleção de Inverno 2007 da
Balenciaga por Nicolas Ghesquière, tem a ver com a revolução política? Qual o
diálogo entre o pensador alemão Walter Benjamin, e a coleção Mondrian de 1965
de Yves Saint Laurent?
Como é possível relacionar a estreia da
Comme des Garçons na Paris da década de 80 com a Queda do Muro de Berlim?
A atual tendência Agender (moda sem gêneros), encontra consonâncias nas
ideias de Judith Butler, Friedrich Nietzsche e do poeta francês Charles
Baudelaire? Com Elsa Schiaparelli e Salvador Dali, os futuristas e Giacomo
Balla, a Moda pode ser Arte, e a Arte pode iluminar o cotidiano?
A partir destas, e outras inquietações,
o presente curso parte dos escritos do filósofo, ensaísta e crítico alemão
Walter Benjamin sobre a Moda e as roupas no contexto do capitalismo cultural do
século XIX, propondo uma leitura do momento atual, a partir da relação entre a
Moda e a Filosofia.
Brunno Almeida Maia
é professor convidado da Escola de Comunicação e Arte (ECA) da Universidade de
São Paulo (USP), do SENAC Lapa, da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) e
do Centro Universitário Belas Artes. Já ministrou aulas sobre a relação entre a
literatura e a moda em espaços como Fundação Ema Klabin, Adelina Instituto
Cultural, entre outros. Também assina capítulo sobre a relação entre a
literatura e a moda no romance Lucíola (1862) de José de Alencar no livro “Moda
Vestimenta Corpo” (Editora Estação das Letras e Cores, 2015). Foi facilitador
pedagógico do módulo Formação em cidadania e direitos humanos do programa
“Transcidadania” iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo, com a CADS (Coordenadoria
de Assuntos de Diversidade Sexual) e Centro de Cidadania LGBT SP. Atualmente
trabalha em seu próximo livro de gênero ensaístico “Tempos de exceção: ensaios
sobre o contemporâneo” (Editora Cosmos)
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna
de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos.
Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos
nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo
quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a
pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das
sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de
atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos
musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e
das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em
libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros,
periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O
intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais
importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo
Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório,
restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros
de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram
visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para
abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com
necessidades especiais.
Nenhum comentário