Microrganismos surgem como alternativa aos fertilizantes tradicionais para a agricultura brasileira
O uso dessa biotecnologia nas lavouras e nos
solos vem crescendo e os resultados são consistentes em economia e
sustentabilidade
São Paulo, junho de
2022 –
Com o agravamento da crise dos insumos agrícolas, que já afeta a safra 2022/23,
os produtores brasileiros têm buscado alternativas para não comprometer a
colheita. Para atender a esta demanda, soluções inovadoras e sustentáveis
ganham cada vez mais espaço. Ferramentas baseadas em microrganismos para
estimular o desenvolvimento das plantas se mostram como grande alternativa para
as limitações do setor agrícola atual e futuro. Isso porque, eles atuam na
ativação da microbiota do solo, na estimulação do crescimento das plantas, na
produtividade e potencializam o uso de fertilizantes.
Rafael Vasconcellos,
Diretor de Agronegócios da Itatijuca Biotech, empresa especializada em
microrganismos otimizadores de processos, explica que esses microrganismos
podem substituir ou melhorar a eficiência dos fertilizantes nitrogenados
tradicionais, uma vez que a partir da fixação biológica de nitrogênio podem
nutrir as plantas e, com isso, reduzir custos e impactos ambientais. Soma-se a
isso a possibilidade de melhorar a absorção de nutrientes ao promover o
crescimento radicular e de outros compostos que intensificam a disponibilização
de nutrientes.
Segundo ele, os
microrganismos que interagem com as plantas podem estimular o desenvolvimento
delas por meio de mecanismos diretos (produzindo hormônios e estimulando o
crescimento vegetal) e indiretos (produzindo ácidos, enzimas e quelantes que
auxiliam na disponibilidade de nutrientes presentes no solo). “Desta forma, é
possível melhorar o uso de fertilizantes ao aumentar a área ocupada pelas
raízes. Assim são disponibilizados nutrientes tanto dos fertilizantes quanto
daqueles provenientes no solo”, afirma.
Para o Diretor da Itatijuca,
inserir microrganismos no campo pode ser uma ferramenta-chave na produção de
alimentos para suprir a crescente demanda mundial por alimentos. Isso porque as
plantas são a matéria-prima para essa produção, mas não estão sozinhas no solo.
“Elas dependem dos microrganismos que atuam na disponibilização de nutrientes,
no crescimento e na proteção contra patógenos. Assim, sem eles não há produção
de alimentos”, detalha. “A aplicação desses microrganismos vem a equilibrar
sistemas produtivos que antes estavam ecologicamente desequilibrados e
utilizando agroquímicos em excesso para manter a produção”, completa.
Alternativas para a
disponibilização de fósforo
Com este objetivo, são
grandes aliados microrganismos com capacidade de atuar sobre os fertilizantes, principalmente
fosfatados. O que é essencial para a agricultura brasileira, uma vez que 55% do
fósforo necessário para suprir a produção é importado. “A Itatijuca conta com
produtos em seu portifólio com microrganismos capazes de atuar na
disponibilização de fósforo por meio da produção de ácido sulfúrico. Esse
mecanismo ainda não é explorado no Brasil e tem grande potencial para uso
diretamente sobre as rochas fosfáticas, reduzindo custos de processo”, destaca.
Outra frente inovadora
é o uso de fertilizantes aditivados de microrganismos capazes de favorecer a
solubilização de fósforo e enxofre por ação da oxidação do enxofre elementar
através do microrganismo Acidithiobacillus
thiooxidans.
Resultados trazidos
pelos microrganismos na agricultura
Rafael Vasconcellos
destaca que já há resultados comprovados com o uso de compostos orgânicos e
metabolitos microbianos para melhorar as características físicas, químicas e
biológicas do solo.
Como exemplo temos a
aplicação do EurusFert, produto que estimula microbiota do solo. Seu uso gerou
um aumento da nodulação em soja, além de um incremento de 30% na produtividade.
Já na cultura de milho para silagem, há registro de um aumento de 1,8 t/ha.
Sobre a Itatijuca
A Itatijuca Biotech é
uma empresa que domina o uso de microrganismos na agricultura e em processos
industriais voltados para o setor. Seu objetivo é transformar processos por
meio do uso destes microrganismos para torná-los mais eficientes, alcançando
maiores retornos financeiros e reduzindo o impacto ambiental. Isso é fruto do
trabalho de uma equipe de doutores especializados em transformar Pesquisa &
Desenvolvimento (P&D) em produtos que sejam operacionalmente fáceis de
manipular.
Atualmente a Itatijuca atua na Agroindústria e em Soluções Industriais para o Agro. Desenvolve produtos que tragam efeitos sobre o crescimento e proteção das culturas, sem se esquecer do equilíbrio imprescindível entre os atributos físicos, químicos e biológicos, o tripé que quando bem equilibrado sustenta um solo saudável e produtivo. Informações: https://www.itatijuca.com/
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