Pecuária: saiba como a nutrição adequada pode reduzir a emissão de metano
Durante a COP 26, 103 países assinaram um
compromisso global que visa diminuir a emissão de metano em 30% até 2030.
Pensando no impacto do acordo, a VetBR, mais completa distribuidora de produtos
para saúde animal do país, convidou uma especialista que trouxe algumas dicas
sobre como diminuir a emissão do gás de efeito estufa na agropecuária
São Paulo, junho de 2022 – O aumento na concentração de gases de
efeito estufa tem sido uma pauta bastante discutida na atualidade. Gases como o
dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) se tornaram os grandes vilões quando se
trata de aquecimento global e consequentes mudanças climáticas. Alguns estudos
revelam que a pecuária contribui de forma significativa com a emissão de metano
que é considerado o gás orgânico mais abundante na atmosfera do planeta e que
apresenta impactos maiores do que o CO2, por exemplo. Pensando no impacto
mundial desse gás, durante a COP 26, um grupo de 103 países – incluindo o
Brasil – assinou um compromisso global que visa diminuir a emissão de metano em
30% até 2030.
Segundo Thais Goncalves Chateaubriand,
agrônoma da VetBR, são diversos os setores que emitem o gás metano, mas
tratando-se da agropecuária, novas tecnologias surgiram nos últimos anos e já
foram adotadas para tornar a pecuária brasileira cada vez mais eficiente.
“Precisamos democratizar as técnicas e os processos de produção para que todos
os produtores também tenham acesso a elas. Trabalhar a alimentação do gado é a
maneira mais viável para diminuir a emissão do gás de efeito estufa e obter
resultados cada vez mais tangíveis”, avalia a especialista que trouxe algumas
dicas que são consideradas eficazes na redução da emissão do gás.
Entre os diversos recursos que devem ser
utilizados estão a formulação da dieta que é extremamente eficiente para a
redução do metano, com utilização de capim de qualidade; foco na recuperação de
pastagem degradada; boas práticas de manejo; uso adequado de insumos. A adoção
dessas técnicas, ajudam na mitigação da emissão do gás e tornam a produção mais
sustentável.
A agrônoma alerta que o capim de
qualidade é um dos pontos mais importantes nesse processo. Mas para isso, é
necessária uma análise prévia de solo para depois seguir para o plantio e que,
quando a planta estiver com altura entre 20 a 25 cm, o adubo de cobertura deve
ser feito. A aplicação de calcário também é extremamente importante para que
haja pastagens de qualidade, já que o produto corrige a acidez do solo e
fornece suprimento de cálcio e magnésio para as plantas. Dependendo da
qualidade do manejo, a aplicação de calcário deve se repetir depois de alguns
anos, mediante análise de solo.
Outro ponto a ser destacado é o pastejo
rotacionado, ou seja, utilização de piquetes para que a rebrota do pasto seja
melhor e o controle da lotação da pastagem seja mais fácil. O ideal é que os
animais fiquem em piquetes de 3 a 4 dias e depois sejam deslocados para a nova
área marcada. A pastagem tem uma vida útil de 15 a 20 anos, se a adubação e
manejo forem feitos corretamente. Mas é importante lembrar que a reforma da
pastagem deve ser feita antes do tempo de vida útil do capim para evitar a
abertura de novas áreas e assim tornar o processo cada vez mais
sustentável.
Para a especialista, quando o pecuarista
escolhe a pecuária extensiva é importante tratar a pastagem como uma cultura
agrícola. Quanto maior o valor nutricional dessa forrageira, menos concentrado
será necessário. “Temos que melhorar o valor nutricional do capim, com isso
favorecemos a digestão do animal. Haverá emissão de gases de efeito estufa, mas
será amenizado com a produção animal, leite ou carne”, informa.
Quer saber mais sobre o assunto? Então
fique atento porque no próximo dia 21 de junho, a partir das 19h30, a VetBR em
parceria com a Agromulher, maior plataforma de capacitação, comunicação e
integração de mulheres do agronegócio no Brasil, irá promover uma live com o tema “Emissão de gás metano na pecuária:
desmistificação e estratégias”. O evento terá formato
interativo e contará com a presença da palestrante Jéssica Neves, zootecnista,
especialista em bem-estar animal e gestão sustentável, do pecuarista, mentor e
coach do agro Artur Toledo e da Thaís Gonçalves Chateaubriand, agrônoma e
promotora de vendas da VetBR. Confira, ao vivo, através do site a seguir https://conteudo.agromulher.com.br/vetdiversa
Sobre a VETBR
A VETBR é uma das maiores distribuidoras de produtos de saúde animal para os mercados agropecuário e pet do Brasil. A companhia é investida do Aqua Capital, a maior gestora de fundos de investimento private equity especializada em agronegócio da América Latina. É reconhecida pela parceria com as principais indústrias de medicamentos veterinários e forte estrutura de vendas por canais multimarcas.
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