Saiba um pouco mais sobre a Raiva, uma das doenças infecciosas mais letais existentes
Diante de mortes causadas pela doença em outros
estados, o governo do Distrito Federal já se antecipou com campanhas de
prevenção; Professor de medicina veterinária do UDF, Victor Vasconcelos
Carnaúba Lima alerta para a importância da vacinação
Distrito
Federal, junho de 2022 – A raiva é um vírus mortal transmitido
para as pessoas pela saliva de mamíferos infectados. Há quem pense que as
chances de humanos contraírem a doença é mínima, porém, mesmo com a existência
da vacina e da imunoglobulina, que ajudam a prevenir a raiva humana, ainda
morrem anualmente aproximadamente 70 mil pessoas em todo mundo.
Diante de campanhas incentivando a
vacinação e de mortes pela doença em Minas Gerais, o professor de veterinária
do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Victor Vasconcelos Carnaúba
Lima, explica que a raiva pode ser transmitida através da mordedura, lambedura
ou arranhadura de cães e gatos. O vírus é considerado altamente letal e grave
tanto para animais como para humanos.
Quais são os
sintomas?
Segundo o docente, os sintomas da
infecção são neurológicos e os humanos podem apresentar mudanças no
comportamento, dificuldades de locomoção ou paralisia em partes do corpo. Assim
como salivação abundante, dificuldade para deglutir e até uma parada
cardiorrespiratória. “É uma doença letal causando morte em 99,99% dos casos,
tanto para animais como para humanos. Por isso, é importante prevenir-se
tomando a vacina e vacinando os seus animais domésticos e de produção, como os
bovinos, por exemplo.”
Além da vacinação, também é importante
evitar o contato com animais desconhecidos, principalmente os mais agressivos.
Cuidado com as áreas ambientais onde se encontram muitos morcegos hematófagos
(aqueles que se alimentam de sangue) também é essencial, pois estes são os
principais transmissores da raiva nas áreas silvestres e rural.
Fui infectado e
agora?
Caso a infecção já esteja contraída, é
de extrema importância seguir alguns passos. “Primeiramente a área do acidente
deve ser lavada com água e sabão e a pessoa deve procurar imediatamente uma
unidade de saúde mais próxima ou um hospital de referência para doenças
infecciosas, para assim, iniciar o protocolo vacinal pós-exposição e a
soroterapia. Recomenda-se ainda isolar o animal suspeito por 10 dias e observar
se ele apresentará sintomas característicos da raiva ou vir a óbito”, diz o
professor.
O professor Victor ainda alerta sobre a
importância das etapas de vacinação e prevenção.” Existem dois tipos de
protocolo, o pré-exposição que consiste em 2 doses + sorológico para comprovar
que o organismo produziu anticorpos contra o vírus da raiva, e o pós-exposição,
quando a pessoa é atacada por algum animal, que consiste em até 5 doses e mais
a administração de soroterapia. A gravidade do acidente pode influenciar no
formato de medicação e vacinação e somente o médico poderá avaliar cada caso e
definir qual o melhor método.”
Posso pegar do
meu pet?
Apesar de ser possível contrair a raiva
de bichinhos de estimação, o risco é menor, pois subentende-se que este animal
vive no ambiente domiciliar e não tem contato com outros animais de rua
suspeitos. Para saber se o animal está com raiva o primeiro passo é descobrir
se ele foi mordido ou atacado por outro cão, gato ou morcego. Caso isso não
tenha acontecido, as chances são nulas. A vacina é obrigatória e deve ser
aplicada anualmente.
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