Autenticidade no ambiente de trabalho: virtude ou perigo?
De acordo com Branca Barão, palestrante e
especialista em comportamento humano, pessoas autênticas podem ser mais
criativas e trazer leveza ao ambiente corporativo
A autenticidade no
ambiente de trabalho é um ponto sensível, em que parte das pessoas acreditam
que é necessário seguir uma linha de comportamento, enquanto outras acreditam
que ser autêntico e não forçar um tipo de conduta é a melhor solução.
De acordo com Branca Barão, especialista em
comportamento humano e master trainer em programação neurolinguística, não são
todos os profissionais que conseguem mostrar sua autenticidade no ambiente
corporativo. “A minoria se arrisca a ser minimamente autêntico no trabalho. Ao
contrário do que as pessoas pensam, a autenticidade não tem a ver com falar sem
pensar ou com aqueles exageros e extravagâncias comportamentais. Ser autêntico
é ter coragem de ser quem realmente somos. Tem a ver com respeitar os próprios
valores, agindo com integridade e ter como principal fonte de reconhecimento
aquilo que pensamos de nós mesmos, nos assumindo como somos, com nossas
vulnerabilidades e singularidades”, relata.
Para a escritora, é
fundamental que os gestores assumam e demonstrem sua humanidade, não tentando
parecer perfeitos perante suas equipes. “Quando um líder se posiciona como
alguém que está aberto a ensinar e a aprender, impulsiona a equipe a fazer o
mesmo, criando assim uma cultura de aprendizagem fundamental em um período
repleto de mudanças, como as que vivemos atualmente. A permissão para ser
autêntico que o líder dá a si mesmo é sentida pela equipe que vai, como
consequência, se sentir segura para expressar sua própria essência e
personalidade no ambiente de trabalho, trazendo mais leveza”, pontua.
Outra consequência
importante gerada através da autenticidade é a inovação. “Com a permissão para
a autenticidade acontecer, perdemos o medo da rejeição, do julgamento e do
erro, criando a espontaneidade que as novas ideias tanto precisam para
acontecer”, declara Branca.
Embora seja algo que
possibilite diversos benefícios, a especialista afirma que o mundo corporativo
ainda não está preparado para lidar com pessoas que são completamente
autênticas. “Falar de autenticidade no mundo corporativo, que ainda é um
ambiente político, com relações pouco empáticas e pouca abertura à
autenticidade, é o grande desafio. Não basta chegar com o discurso se as
pessoas ainda têm medo de darem suas ideias em uma reunião, deixarem a barba
crescer ou usar uma armação de óculos mais colorida”, lamenta.
Mesmo repleto de
desafios, existem caminhos para aplicar a autenticidade no ambiente de
trabalho. “Primeiramente é necessário implementar uma cultura mais aberta e
inclusiva, que permita e respeite a singularidade de cada pessoa. É importante
contar com uma liderança autêntica, onde o líder traz humanidade para o jogo
corporativo, motivando a diversidade e a cultura de cada indivíduo. Além disso,
a empresa precisa dispor de pessoas que tenham autoconhecimento o suficiente
para serem autênticos e não deixarem o bom senso de lado. Essa é a estrutura
ideal para um ambiente saudável e uma equipe autêntica”, revela a escritora.
De acordo com Branca
Barão, as empresas já estão dando mais liberdade para que a autenticidade de
seus colaboradores esteja mais presente no dia a dia. “Esse conceito segue em
constante construção, mas é possível ver que essa evolução está em evidência em
muitas empresas. Não apenas as que já conhecemos como inovadoras e diferentes,
mas principalmente naquelas mais tradicionais e conservadoras”, finaliza.
Sobre Branca Barão
Master Trainer em
Programação Neurolinguística Sistêmica e especialista em comportamento humano,
Branca Barão ministra cursos e palestras com uma metodologia própria, unindo
emoção e interatividade para estimular as capacidades de inovação, comunicação
e criatividade. A profissional conta com 20 anos de experiência, mais de 10 mil
horas de palco e 200 mil pessoas impactadas ao longo de sua carreira.
Branca possui vasto
conhecimento na metodologia Disney de gestão da experiência dos clientes, além
de ser membro da Mensa Brasil, sociedade internacional formada por pessoas de
alto QI.
Autora do Livro “8 ou 80 - Seu melhor amigo e seu pior inimigo moram aí, dentro de você!”, com mais de 10 mil cópias vendidas, onde Branca transforma suas vivências em contos e parábolas para auxiliar o leitor a reconhecer todas as facetas que o constituem e a transitar facilmente entre elas. Além disso, é autora da obra “A mulher que vivia de Propósito”, apresentando uma jornada rumo ao autoconhecimento que levará o leitor a descobrir, finalmente, o seu propósito de vida. Para saber mais informações, acesse https://www.brancabarao.com.br/site/ ou pelas redes @brancabarao/
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