Bullying: por que as crianças sofrem caladas e não acionam os pais?
Psicóloga explica o que os responsáveis devem
fazer quando a criança passa a ser vítima de agressão no âmbito escolar
Caxias do Sul e
Bento Gonçalves, 18 de julho de 2022 – Seja em escola
pública ou particular e até mesmo na universidade, o bullying ainda é muito
presente, o que afeta a vida de vários jovens e adolescentes. Porém, quem é
vítima deste tipo de agressão, nem sempre demonstra sinais e isso faz com que o
sofrimento do filho passe despercebido aos olhos dos pais ou responsáveis.
Segundo a professora do curso de
Psicologia do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG, Fernanda Prux Susin,
a criança pode ficar em silêncio em temer vingança por parte de quem realiza o
bullying, já que elas pensam que o agressor pode fazer algo ainda pior, além do
receio de causar preocupação ou decepção aos pais e responsáveis. “O silêncio também pode ocorrer por vergonha, pois a vítima
acaba se sentido envergonhada pela situação que está passando, e por este
motivo fica em silêncio. Elas também acreditam que ninguém vai conseguir
prestar um auxílio”, explica.
Para Fernanda, o bullying se caracteriza
por uma prática sistemática e repetitiva de agressão física ou psicológica por
parte de um indivíduo, ou grupo, em direção a uma determinada vítima. “Vale
ressaltar que para ser considerado bullying, a agressão deve ser recorrente, e
geralmente ocorre com mais frequência no ambiente escolar, lembrando que a
violência pode se manifestar em forma de agressão física ou verbal, como
intimidação, humilhação ou xingamentos”, esclarece.
Para saber se a criança está sofrendo
bullying, é importante entender que cada um pode apresentar sinais peculiares,
por exemplo: um filho que sempre gostou de ir para a escola, passa a não querer
mais comparecer. “É necessário ficar atento a sinais como: desinteresse pela
escola, tristeza e choro sem um motivo aparente, baixa autoestima,
irritabilidade, agressividade, queixas de dores de cabeça ou outras dores,
queda do desempenho escolar, entre outros. Podemos falar de sinais que podem
ser mais visíveis como o material escolar e uniforme danificado, além de marcas
de agressões no corpo”, salienta.
“Crianças vítimas de bullying podem
desenvolver sequelas na vida adulta, visto que qualquer tipo de violência deixa
marcas. Baixa autoestima, insegurança, dúvida quanto a suas capacidades,
dificuldade nas relações interpessoais e afetivas, agressividade, entre outros,
são apenas alguns problemas que a criança pode levar para o resto da vida se
não receber ajuda”.
Fernanda explica que é importante os
pais conversarem com o filho, mantendo sempre o diálogo aberto, além de
perguntar também sobre o que ocorre na escola. “Procure ter contato com a
comunidade escolar, professores, grupo de pais e até mesmo colegas do filho”,
orienta.
No caso do agressor, a professora do
curso de Psicologia da FSG salienta que ambientes familiares hostis, agressivos
e com falta de diálogo, podem favorecer para que o filho pratique bullying,
porém não se pode afirmar que esta é a única causa para a prática da violência.
“Geralmente na prática do bullying existe um
líder ou agressor dominante, e outros colegas acabam integrando esse grupo,
muitas vezes, em busca de pertencimento, mas não possuem um histórico de
agressão ou mesmo lares hostis”, reforça.
Além do bullying, existe também o
cyberbullying, que é um tipo de violência que ocorre mesmo que as crianças e
adolescentes não estejam na escola, sendo assim, a agressão acaba se
perpetuando nos horários em que as vítimas não estão no ambiente escolar.
Por fim, Fernanda reforça que conversar
com a criança ou adolescente, procurando acolher e entender o que está
acontecendo, sem julgamentos ou punições, é o melhor caminho. “Caso seja
necessário, procure ajuda profissional para o seu filho enviando ao atendimento
psicoterápico, desta forma ele terá todo o suporte necessário para lidar com o
trauma”, finaliza.
Sobre a FSG – A FSG é o Centro Universitário da Serra Gaúcha. Reconhecida há mais de 20 anos pelo seu protagonismo no desenvolvimento de propostas educacionais instigadoras, é referência no cenário da educação superior. Oferece centenas de cursos de Graduação, Pós-graduação e Extensão presenciais e a distância. A Instituição integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.fsg.edu.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar.
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