Entenda como a privacidade de dados é fundamental para o setor de data centers
Apesar de não atuarem diretamente no
processamento de informações de usuários, cabe aos data centers garantirem a
segurança física dos ambientes
A tecnologia permite que as pessoas
acessem e forneçam informações de qualquer lugar do mundo. Segundo o IDC (International Data Corporation), o número de dados gerados
por dia passa de 2,5 quintilhões de bytes,
número esse que com a transformação digital só tende a crescer. Devido a isso, muitos dados pessoais ficam expostos online,
correndo riscos de serem acessados para o uso indevido, o que fez ser
necessário criar uma lei (LGPD) para o cumprimento da segurança destas
informações, tornando a privacidade de dados primordial para que as empresas
operem dentro da lei. Esses ambientes devem estar preparados para ajudar a
atender às regulamentações e demandas de clientes por segurança, privacidade e
proteção de dados.
“É fundamental prezar pela segurança do
local, com controles e verificação de acesso. Já sobre a proteção de danos
virtuais, é importante dispor de tecnologias de segurança, como a criptografia
de dados, firewalls e programas antimalware, que tornam a intercepção de informação mais difícil”,
comenta a Diretora Jurídica da ODATA, Erika Patara. Apesar
de não atuar diretamente no processamento de dados dos usuários e de não
exercer a responsabilidade sobre tais informações, cabe aos data centers,
garantirem a proteção física dos ambientes para que a gestão das informações
seja segura, o que torna a privacidade de dados uma das prioridades do setor.
A família de normas ISO 27.000 define o
padrão mundial para a gestão da segurança da informação em ambientes de TI e
figura como uma das mais modernas ferramentas para o atendimento de
regulamentação de proteção de dados (LGPD e GDPR). Portanto, uma outra forma de
proteção usada pelo setor é investir em certificações internacionais de
segurança de dados, como a ISO 27000 e a PCI DSS. “Uma boa forma de promover a
proteção física neste setor é alinhá-lo a padrões internacionais de segurança
de dados. Tais certificações estabelecem processos capazes de manter uma
política de cibersegurança mais confiável”, explica Patara.
Além de precisar atender aos requisitos
legais, as empresas devem ter em mente que proteger as informações dos clientes
é estabelecer uma relação de confiança com eles. Por isso, a qualidade do data
center onde serão preservados os dados é tão importante quanto. Aspectos como a
proteção contra danos, a localização, a redundância e a verificação de acesso
são o arco principal da privacidade de dados no mercado de data centers. A Diretora Jurídica da ODATA ainda destaca alguns requisitos
fundamentais para assegurar as condições de segurança de dados para o setor:
- Mapeamento
de quais dados são tratados, por quais áreas e com qual finalidade;
- Atualização
de softwares e sistemas de controle de hardware;
- Monitoramento
frequente de recursos;
- Política
de controle de acesso físico e online;
- Divulgação
e treinamento dos colaboradores com relação às boas práticas de TI;
- Garantia
de que a informação, mesmo manipulada, mantenha seu conteúdo e suas
características originais;
- Disponibilidade,
ao manter a informação sempre disponível para uso legítimo.
Tendências de
privacidade de dados até 2024
De acordo com o Gartner, até o final de
2024, 75% da população mundial terá seus dados pessoais cobertos por modernos
regulamentos de privacidade. Com a expansão dos esforços de regulamentação de
privacidade em dezenas de jurisdições nos próximos dois anos, muitas
organizações verão a necessidade de lançar – ou mesmo de aprimorar – seus
programas de privacidade de dados. Segundo a mesma pesquisa, o orçamento médio
anual de privacidade das grandes organizações deve ultrapassar a cifra de US$
2,5 milhões até 2024.
No estudo Top Trends in Privacy Driving Your
Business Through 2024, o Gartner afirma que as
principais tendências para os próximos dois anos são:
- Remoto se torna “tudo híbrido”:
com os modelos de interação no trabalho e na vida
pessoal se tornando híbridos, aumenta cada vez mais a necessidade por
rastreamento, monitoramento e processamento de dados pessoais. Ou seja, se
torna fundamental investir na mitigação dos riscos à privacidade. Desse
modo, as organizações devem adotar uma abordagem centrada no ser humano
para a privacidade. E os dados de monitoramento devem ser usados
minimamente, com um propósito claro, como melhorar a experiência dos
funcionários, por exemplo.
- Localização de dados: em uma sociedade digital sem fronteiras, tentar
controlar o país onde os dados residem parece contraintuitivo. No entanto,
esse controle é um requisito direto ou um subproduto de muitas leis de
privacidade emergentes. Os riscos para uma estratégia de negócios
multipaíses impulsionam uma nova abordagem para o projeto e aquisição de
nuvem em todos os modelos de serviço, pois os líderes de segurança e
gerenciamento de risco enfrentam um cenário regulatório desigual com
diferentes regiões exigindo diferentes estratégias de localização. Em
função disso, o planejamento de localização de dados passará a ser uma
prioridade máxima no projeto e aquisição de serviços em nuvem.
- Técnicas de computação que melhoram a privacidade: o processamento de dados em ambientes menos confiáveis,
a análise e o compartilhamento de dados com várias partes se tornaram
fundamentais para o sucesso de uma organização. Em vez de adotar uma
abordagem enrijecida, a crescente complexidade dos mecanismos e
arquiteturas de análise exige que os fornecedores incorporem um recurso de
privacidade por design. Ao contrário dos controles comuns de segurança de
dados em repouso, a computação de aprimoramento de privacidade (PEC)
protege os dados em uso. Como resultado, as organizações podem implementar
processamento e análise de dados que, antes, eram impossíveis, devido a
questões de privacidade ou de segurança.
- UX de privacidade centralizado:
o aumento da demanda do consumidor por temas
relacionados aos seus direitos, assim como o aumento das expectativas
sobre transparência, impulsionará a necessidade de uma experiência de
usuário de privacidade (UX) centralizada. Assim, até 2023, o Gartner prevê
que 30% das organizações voltadas para o consumidor final passarão a
oferecer um portal de transparência de autoatendimento, como forma de
conceder a ele a gestão de preferência e consentimento.
Sobre a ODATA
A ODATA é uma provedora brasileira de
serviços de data center, dedicada a fornecer infraestruturas de TI escaláveis,
seguras e flexíveis na América Latina. Fundada em 2015, a empresa possui
atualmente seis data centers, sendo três no Brasil, um na Colômbia, um no Chile
e um no México. Especializada em Colocation, a ODATA atende à crescente demanda
por energia, espaço e confiabilidade de organizações de diversos setores,
interessadas em avançar em sua transformação digital.
É uma empresa do Patria Investimentos, uma das maiores gestoras de investimentos alternativos da América Latina, pioneira na indústria de Private Equity no Brasil. Um de seus acionistas é a CyrusOne, uma REIT americana de alto crescimento, focada na construção e operação de data centers de classe mundial neutros para operadoras. É um dos maiores players internacionais do setor. Para obter mais informações, visite http://odatacolocation.com.
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