O papel dos algoritmos na propagação das fake news
Lançamento de Magaly Prado, Doutora em Comunicação
e Semiótica, pontua o uso da inteligência artificial na formação de
radicalizações e bolhas sociais
De meros
conjuntos de instruções para a realização de uma tarefa, os algoritmos se
tornaram personagens de destaque em um amplo debate sobre a sustentação dos
preceitos democráticos em todo o mundo. Eles também são o ponto de partida do
livro Fake News e
Inteligência Artificial, lançamento da editora Almedina Brasil. A obra
da Doutora em Comunicação e Semiótica, Magaly
Prado, explora as origens da desinformação, analisa o impacto
destrutivo das notícias falsas e indica os caminhos para a superação do
problema.
Fruto de um trabalho de quatro anos de
pesquisa e ampla investigação de áreas do conhecimento como big data, machine learning e blockchain, o livro explora
o uso da inteligência artificial para a produção e disseminação de conteúdos
inverídicos, enganosos, dissimuladores e potencialmente danosos. Presentes no
dia a dia da população, mesmo que disfarçados ou despercebidos, os algoritmos
hoje influenciam a tomada de decisões, contribuem para as radicalizações e
fomentam a formação de bolhas sociais.
Ao abordar diferentes vertentes da
inteligência artificial, Magaly Prado revela como o uso indevido destas
tecnologias tem afetado negativamente as democracias. Com apenas alguns
cliques, é possível produzir páginas, fotos, áudios e vídeos adulterados com o
intuito de reforçar opiniões, mesmo que autoritárias ou discriminatórias, ou
ainda desmoralizar poderes e personalidades. Esta praticidade, aliada às possibilidades
de rápida distribuição de conteúdos, mina a confiança em instituições como o
poder público, imprensa, as organizações científicas e as entidades artísticas.
Em Fake
News e Inteligência Artificial, a autora se debruça sobre temas
como a disputa pelas informações pessoais dos usuários na internet, o papel dos
algorítimos nas mídias sociais e na distribuição de notícias e a conexão entre
polarização e desinformação. Sem se abalar pelo pessimismo, a especialista
destaca ainda as possibilidades, já existentes, para o controle e eventual
eliminação das fake news. Isso sem desconsiderar argumentações essenciais como
a necessidade de uma regulação que não incite e não emule a censura.
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Ficha técnica
Livro: Fake News e Inteligência Artificial
Autora:
Magaly Prado
Editora:
Editora Almedina Brasil, selo Edições 70
ISBN: 9788562938658
Páginas: 424
Formato:
13x23x0,7
Preço: R$
99,00
Onde encontrar:
Editora
Almedina, Amazon
Sobre a autora
Magaly Prado, é doutora em Comunicação e
Semiótica e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP,
é também professora da pós-graduação Transformação Digital. Bolsista de
pós-doutorado da Cátedra Oscar Sala (Instituto de Estudos Avançados) e da
Escola de Comunicações e Artes (ECA), integra o time de pesquisadores do Center
for Artificial Intelligence (C4AI), da Universidade de São Paulo (USP).
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, é autora dos livros “Produção
de Rádio: um Manual Prático”, “Webjornalismo”, “História do Rádio no Brasil”,
“Ciberativismo e Noticiário: da mídia torpedista às redes sociais” e “Fake News
e Inteligência Artificial”.
Sobre a editora
Fundada em 1955, em Coimbra, a editora Almedina orgulha-se de publicar obras que contribuem para o pensamento crítico e a reflexão. Líder em edições jurídicas em Portugal, a editora publica títulos nas áreas de filosofia, administração, economia, ciências sociais e humanas, educação e literatura. Em seu compromisso com a difusão do conhecimento, ela expande suas fronteiras além-mar e hoje traz ao público brasileiro livros sobre temas atuais, em sintonia com as necessidades de uma sociedade em constante mutação.
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