O uso indiscriminado de Big Data: soluções ideais para empresas em estágios iniciais de digitalização
*André Frederico é General Manager para a
América Latina na Semantix
O uso de dados deve ser entendido como ferramenta
imprescindível para tomada de decisões assertivas na era da indústria 4.0. Uma
plataforma de Big Data é classificada como completa a partir da ingestão de
dados, que é basicamente a maneira como pensamos e como conectamos todas as
plataformas que os clientes usam no mercado. Quando limpas e organizadas em
data lakes, essas informações se tornam ativos valiosos, que podem até mesmo
ser monetizadas. Mas como fornecer as condições ideais de desenvolvimento para
empresas em estágios iniciais de digitalização?
Quando olhamos para o mercado no Brasil,
notamos o avanço considerável da implementação de tecnologias, inovação e
digitalização de todos os setores. De acordo com dados obtidos pela Edelman,
93% das PMEs brasileiras aceleraram sua transformação digital devido ao início
da pandemia. A adoção da nuvem, geralmente o primeiro passo dado por empresas
que estão começando a se digitalizar, é parte do caminho até a implementação de
novas ferramentas. A perspectiva de dados é, geralmente, a segunda etapa explorada
pelas empresas que já fizeram seu primeiro movimento na nuvem - a transferência
da infraestrutura para a solução de armazenamento.
As discussões iniciais da utilização de
dados se baseiam na alta complexidade e no grande valor envolvido para implementação,
cenário presenciado no Brasil. Segundo dados do Banco Mundial, o acesso à
internet na América Latina subiu de 69% em 2019 para 74% em 2022 - posição
satisfatória devido à média mundial de cidadãos contemplados pela rede (60%). O
Brasil tem regulamentações avançadas para fintechs, apresenta crescimento no
número de startups e rápida evolução das já existentes para unicórnios. Fatores
como esses levam a análise de dados a patamares cada vez mais necessários.
Médias empresas, por exemplo, estão
dando os primeiros passos em direção à adoção de dados. É possível trabalhar
com essas informações e desenvolver modelos para previsibilidade de receita, ou
para criar qualquer modelo estatístico com base nos dados. A forma como essas
etapas devem ser pensadas, é sempre direcionada ao cerne: dar poder aos
profissionais de dados, para que tenham a possibilidade de modelar ou realizar
customizações. Mas o plug and play também deve ser uma preocupação: recursos e
componentes já pré definidos, como por exemplo conectores de ingestão de dados,
dashboards de visualização de dados e algoritmos prontos para uso.
Os cientistas podem elaborar então soluções mais sofisticadas a partir dos direcionadores, ou até mesmo usá-los como um componente ou solução autônoma. Mesmo as empresas que não possuem uma grande equipe de engenheiros de dados podem utilizar as soluções e ter um desenvolvimento acelerado, assertivo e aproveitar os inúmeros benefícios da implementação de Big Data desde estágios primários. Representando 27% do PIB nacional, segundo dados do SEBRAE, as PMEs têm um papel fundamental na economia e na geração de empregos do país. Assim, a transformação digital do setor deve ter a tecnologia como impulsionadora desses players.
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