Por que voltar a estudar depois dos 40 anos?
De acordo com Renato Alves, palestrante e
pesquisador, a idade pode ser, até mesmo, uma vantagem em relação aos
estudantes mais jovens.
Voltar a estudar após
os 40 anos causa insegurança em muitas pessoas que, mesmo tendo vontade de
finalizar os estudos, se rendem aos preconceitos gerados quando alguém mais
velho está em sala de aula.
De acordo com Renato Alves, escritor, pesquisador,
palestrante internacional e o primeiro a receber o título de Melhor Memória do
Brasil, são diversos os motivos que fazem com que alguém decida abandonar a
escola. “Muitos brasileiros, especialmente mulheres, tiveram que parar de
estudar muito cedo. Seja devido ao trabalho, para ajudar em casa, ou
constituíram uma família muito cedo e não sobrou tempo para os estudos em
detrimento das novas responsabilidades”, lamenta.
Diversos
questionamentos passam na cabeça dessas pessoas ao decidir se irão ou não
voltar aos estudos. “Será que consigo manter atenção numa aula? Será que
consigo memorizar as matérias? Será que na hora da prova não vou passar
vergonha? E se disserem que estou velho demais para estudar? Deixe esses
questionamentos de lado e saiba que nem sempre as coisas acontecem da forma
como gostaríamos”, aconselha o escritor.
Para Alves, a
maturidade que as pessoas têm aos 40 pode ser um trunfo no ambiente estudantil.
“Imagine que uma pessoa de 45 anos resolveu entrar na faculdade. No primeiro
dia de aula, um garoto de 17 anos senta ao seu lado. O professor entra na sala
e começa a explicar sobre a matéria. Quem terá mais consciência, segurança e
conexão com o professor para valorizar aquele conhecimento que está sendo
passado na aula? Eu posso afirmar com toda certeza que será o adulto de 45, que
já venceu a fase da timidez e terá mais iniciativa na hora de perguntar e
interagir com o professor, valorizando seu tempo e dinheiro”, pontua.
Segundo o palestrante,
muitos jovens sentem dificuldades nos estudos e na compreensão das matérias
simplesmente porque tem medo de se comunicar. “Eu, por exemplo, aos 17 anos era
muito fechado, falava pouco e, por conta disso, acabei perdendo ótimas
oportunidades de aprender sobre outros assuntos simplesmente pela falta de
iniciativa. Hoje em dia, eu sou outra pessoa, graças à experiência que eu
ganhei com a idade”, relata.
Outra preocupação de
quem volta a estudar após os 40 anos é com as condições do cérebro e da memória
que julgam estar fraca devido à baixa capacidade de memorização das inúmeras
matérias, textos, gráficos, números, etc. Entretanto, existem diversos exemplos
de pessoas mais velhas que deram início a sua jornada acadêmica com uma idade
mais avançada iniciando um curso superior, uma pós-graduação, aprendendo um
novo idioma e até mesmo programação. Além de conseguirem um novo diploma e a
oportunidade de uma melhor colocação no mercado, voltar a estudar nos faz
experimentar a longevidade com lucidez. “A maturidade de alguém que passou por
tantas provas da vida proporciona mais condições de levar os estudos a sério e
aprender. Só existe vantagem para quem volta a estudar após os 40 anos.”,
declara.
Renato acredita que
sim, a idade traz suas adversidades. Mas a memória pode ser fortalecida com
exercícios realizados diariamente. “Se você acredita que não consegue memorizar
as matérias ou que não tem capacidade de entender as aulas, siga porque o
potencial existe, só é preciso fazer com que ele aflore. Quando você começar a
exercitar a sua memória com a leitura e os estudos, vai perceber que ela irá se
fortalecer gradualmente, que você vai conseguir acompanhar rapidamente o ritmo
dos estudos e conseguirá memorizar com muito mais facilidade”, finaliza.
Sobre Renato Alves
O professor Renato
Alves foi o primeiro brasileiro a receber, por meio de homologação oficial, o
título de Melhor Memória do Brasil certificado pelo livro dos recordes. A
conquista inédita foi resultado da aplicação de um método inovador de
memorização.
Estudou Ciências
Cognitivas e Filosofia da Mente pela UNESP, foi membro do GAEC (Grupo Acadêmico
de Estudos Cognitivos) e tornou-se principal autor brasileiro nas áreas de
aprendizagem, concentração e memória com 9 livros publicados, dentre eles: O
Cérebro com Foco e Disciplina; Os 10 Hábitos da Memorização; Faça seu Cérebro
Trabalhar para Você e Não Pergunte se ele Estudou, que juntos já conquistaram
mais 1 milhão de leitores.
Em 2004 fundou a Memory Academy, que hoje é a maior escola online de memorização do mundo. Neste período capacitou mais de meio milhão de estudantes levando milhares deles ao topo na lista dos aprovados em concursos públicos e vestibulares. Para mais informações, acesse https://renatoalves.com.br/
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