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Colégio Adventista adere campanha contra violência psicológica

Projeto Quebrando o Silêncio completa 20 anos

Colégio Adventista

Os debates sobre violência e saúde mental cumprem um papel importante nas redes sociais e consequentemente nas rodas de conversa no dia a dia. Entre os diversos abusos que são colocados em pauta, um dos principais é a violência psicológica que pode parecer invisível aos olhos, mas quando é desdobrada, o problema mostra sua verdadeira face.

Ano passado, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) avaliou 108 mil domicílios em todo o país e divulgou dados de violência cometidas dentro desse espaço. O resultado revelou que 29,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (equivalente a 18,3%) foram vítimas de algum tipo de agressão nos 12 meses anteriores à entrevista. Desse grupo, 27,6 milhões sofreram violência psicológica, 6,6 milhões violências físicas, e 1,2 milhão, sexual.

Mesmo sendo quieta e silenciosa, os índices da violência psicológica são mais altos do que as violências física e sexual. Isso acontece, porque o abuso psicológico costuma ser, na maioria das vezes, a parte mais duradoura antes de culminar nas outras duas, deixando cicatrizes abertas dentro da mente da vítima.

Com casos recentes de violência psicológica em ambiente de trabalho expostos na mídia e retratados em personagens de grandes filmes e séries, a importância do tema se tornou foco principal do projeto Quebrando o Silêncio, promovido anualmente pela Igreja e pela Rede de Escolas Adventistas, que se propõem a auxiliar no combate e prevenção de diversos tipos de vício e abuso. Neste ano, o tema será pautado em ações da campanha, que ocorrem no dia 27 de agosto na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, e se estendem ao longo de todo o ano.

Diversas atividades estão sendo preparadas para a ocasião. Entre elas, estão carreatas e passeatas que pretendem chamar atenção para o tema pelas ruas, enquanto palestras em escolas e auditórios acontecem, além de distribuição de materiais de orientação, como panfletos e revistas impressos em versões para crianças, adolescentes e adultos.

Em 2018, uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos revelou que 76% dos casos de violência relatados na América Latina ocorrem no contexto das redes sociais. “Diariamente testemunhamos diferentes casos de assédio e abusos praticados no espaço virtual. E quando se trata de violência na internet, a América Latina é a região do planeta que, infelizmente, apresenta as estatísticas mais preocupantes”, aponta Marizane Piergentille, diretora de educação das unidades do ABCDM e Litoral do Colégio Adventista. “A falta de educação para a mídia e a escassez de leis e fiscalizações para a internet fazem com que o problema se espalhe nas redes”.

A violência psicológica acontece de inúmeras formas e, uma das principais, é a criação de atitudes que limitam e reprimem crianças e adolescentes. “Muitas vezes essas atitudes envolvem castigos sem negociação ou explicação, porque o filho fez ou disse algo que desagradou. Se a criança ou adolescente, nas suas atitudes, não está pondo sua vida em risco e nem de outra pessoa, mas está apenas expondo uma opinião, e isso for contrária às ideias que a família acredita, surge aí uma oportunidade de diálogo, afinal pensar diferente é necessário para a construção da autoimagem e aceitação”, explica Marizane.

Entre os conteúdos entregues nas revistas, os estilos de educação que podem ser abordados dentro de casa aparecem para explicar aos responsáveis como lidar com os filhos. Nas escolas, o assunto é discutido durante as aulas de Cultura Geral feitas nos auditórios, com palestras de acordo com cada faixa etária.

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