Como os dados podem mudar o jogo?
*Por Gabriel Marostegan
A escolha do melhor time, dos jogadores
mais eficientes e a análise sobre quais as competições nas quais é possível ter
mais força para ganhar são apenas alguns exemplos de como os dados podem ajudar
a construir qualquer cenário. Com a proximidade da Copa do Mundo, que este ano
será no Qatar, e reflete a paixão mundial, principalmente no Brasil, nos
aproximamos das jogadas, dos VARs, lances e inúmeros dados. Isso mesmo, dados!
Sabia que é possível alterar estratégias e estabelecer as melhores ações de
defesa e ataque com análise preditiva? Isso não só poupa desgastes e, até
mesmo, lesões de atletas durante o percurso, como pode ser decisivo para mudar
o rumo do jogo.
O futebol ou mesmo outros esportes
conseguem aterrissar a forma como os dados são importantes para as tomadas de
decisão. Seja para trocar um jogador de posição ou focar em suas principais
qualidades para aumentar o desempenho em campo. Essas mesmas análises aplicadas
nas partidas se incentivadas no dia a dia das corporações podem garantir
resultados inimagináveis.
Essa percepção tem colaborado para que a
“previsão do futuro”, por meio da análise de dados, ganhe cada vez mais força,
independemente do segmento. A predição de um cenário com o auxílio da
tecnologia é conhecida pelo termo análise preditiva – que nada mais é do que a
integração entre inteligência artificial, conhecimentos estatísticos,
matemática e machine learning.
Sua importância está sendo reconhecida nas mais diversas áreas, principalmente,
após um período em que o digital passou a ter mais peso no lazer, estudos,
trabalho e comércio.
Visão de mudança e competir para ganhar
Assim como no esporte é preciso inovar e
se reciclar, nas empresas, é necessário traçar novos caminhos e se modernizar
diante de um mercado cada vez mais consciente. O uso de dados nesse sentido
acontece para visualizar quais podem ser os melhores caminhos a serem seguidos,
considerando os pontos fortes, diferenciais e maior flexibilidade perante os
desafios.
Além disso, como acontece no esporte, a
otimização da análise de dados traz para as empresas mais força na competição e
melhora seu desempenho no mercado. No entanto, mesmo com todo esse potencial,
de acordo com o estudo da KPMG “The Data Imperative”, feito em parceria
com a HFS research e que considerou empresas da América do Norte, Europa e
Ásia-Pacífico, mesmo que 75% acreditem que o uso eficaz dos dados pode mudar
radicalmente seus modelos de negócios, 57% não possuem uma estratégia definida
para a modalidade.
Isso significa que ainda temos uma longa
jornada para que a análise preditiva seja parte de qualquer estratégia de
negócios em uma empresa. Por mais que a utilização de dados possa gerar uma
série de vantagens para as mais diversas áreas – esportes, saúde, cultura,
entre outros –, essa ainda não é uma realidade no mundo corporativo como um
todo. Seja para melhorar a produção, expandir as operações ou para avançar no
relacionamento com o cliente, investir na análise das informações é cada vez
mais uma necessidade e um fator-chave para mudar a direção do jogo a favor de
quem quer competir.
* Gabriel Marostegan é Head de Data da CI&T
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