Instituto Tomie Ohtake inaugura exposição com obras do maior acervo de desenhos e gravuras do mundo
Com trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à
contemporaneidade, O RINOCERONTE: 5 SÉCULOS DE GRAVURAS DO MUSEU ALBERTINA,
apresenta ao público paulistano obras de Dürer, Ticiano, Rembrandt, Goya,
Toulouse-Lautrec, Munch, Klimt, Klee, Picasso, Matisse, Chagall, Warhol, entre
outros
O
RINOCERONTE: 5 SÉCULOS DE GRAVURAS DO MUSEU ALBERTINA
Coleção Museu ALBERTINA, Viena
Visitação: 02 de setembro a 20 de novembro de 2022
Divulgação / domínio público |
Os trabalhos reunidos em O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do
Museu ALBERTINA são provenientes do maior acervo de desenhos e
gravuras do mundo, o The
ALBERTINA Museum Vienna, fundado em 1776, em Viena, que conta
com mais de um milhão de obras gráficas. A seleção das 154 peças para esta
mostra, organizada pelo curador chefe do museu austríaco, Christof Metzger, em
diálogo com a equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake, é mais um esforço
da instituição paulistana de dar acesso ao público brasileiro a uma coleção de
história da arte, não disponível em acervos do país.
Com trabalhos de 41 mestres, do
Renascimento à contemporaneidade, a exposição, que tem patrocínio da CNP
Seguros Holding Brasil, chega a reunir mais de dez trabalhos de artistas
célebres, para que o espectador tenha uma visão abrangente de suas respectivas
produções em série sobre papel. “A exposição constrói uma ponte desde as
primeiras experiências de gravura no início do século XV, pelos períodos
renascentista, barroco e romântico, até o modernismo e à arte contemporânea,
com gravuras mundialmente famosas”, afirma o curador.
O recorte apresentado traça um arco, com
obras de 1466 a 1991, desenhado por artistas marcantes em suas respectivas
épocas, por meio de um suporte que, por sua capacidade de reprodução,
desenvolvido a partir do final da Idade Média, democratizou ao longo de cinco
séculos o acesso à arte. O conjunto, além de apontar o aprimoramento das
técnicas, consegue refletir parte do pensamento, das conquistas e conflitos que
atravessaram a humanidade no período.
Do Renascimento, cenas camponesas,
paisagens, a expansão do novo mundo pautado pela razão e precisão técnica
desatacam-se nas calcogravuras (sobre placa de cobre) de Andrea Mantegna (1431–1506),
as mais antigas da mostra, e de Pieter
Bruegel (1525–1569), e nas xilogravuras de Albrecht Dürer (1471–1528),
pioneiro na criação artística nesta técnica, cuja obra “Rinoceronte” (1515) dá
nome à exposição. O artista, sem conhecer o animal, concebeu sua figura somente
por meio de descrições. O processo, que ecoou em Veneza, fez com que Ticiano (1488 – 1576)
fosse o primeiro a permitir reprodução de suas obras em xilogravura por
gravadores profissionais. Já a gravura em ponta seca, trabalho direto com o
pincel mergulhado nas substâncias corrosivas, possibilitava distinções no
desenho e atingiu o ápice nas obras de Rembrandt
(1606–1669), que acrescentou aos valores da razão renascentista
a sua particular fascinação pelas sombras.
Nos séculos XVII e XVIII,
possibilitou-se com a meia tinta, o efeito sfumato,
e com a água tinta, a impressão de diversos tons de cinza sobre superfícies
maiores. Francisco José de
Goya y Lucientes (1746–1828) foi um dos mestres desta técnica,
aprofundando a questão da sombra em temas voltados à peste e à loucura.
Enquanto Giovanni Battista
Piranesi (1720–1778) tem a arquitetura como tônica de suas
gravuras em água forte, na mesma técnica Canaletto
(1697–1768) constrói panoramas de Veneza.
A exposição, realizada com a colaboração
da Embaixada da Áustria no Brasil, reúne outros nomes seminais da história da
arte moderna como Paul
Klee (1879–1940), um conjunto de várias fases de Pablo Picasso
(1881–1973), Henri Matisse (1869–1954),
Marc Chagall
(1887–1985); alcança ainda artistas pop,
que se utilizaram particularmente da serigrafia a partir de 1960, como Andy Warhol (1928–1987), até chegar nos mais
contemporâneos como Kiki
Smith (1954–), além de outros mestres do século XX.
Serviço:
Exposição: O
Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina – Coleção Museu
ALBERTINA, Viena
Visitação: 02 de setembro a 20 de
novembro de 2022 - de terça a domingo, das 11h às 20h
Patrocínio: CNP Seguros Holding Brasil, Aché, AB
Concessões, BMA Advogados, Fronius e Villares Metals.
Parceiros Institucionais: Align, Bloomberg, Comolatti, Seguros
Unimed.
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 – Complexo Aché
Cultural
(Entrada pela Rua Coropés, 88) -
Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria
Lima/Linha 4 - amarela
Fone: 11 2245 1900
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