Memória, história e identidade: por que o Patrimônio Histórico-Cultural é responsabilidade também dos jovens
Dia Nacional do Patrimônio Histórico chama
atenção para preservação e educação patrimonial
Nossa Senhora do Carmo - São João Del Rei, Minas
Gerais, Brasil
Créditos: divulgação
Certa vez, a historiadora Emília Viotti
da Costa disse que "um povo sem memória é um povo sem história. E um povo
sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do
passado”. A frase parece refletir uma tragédia constante da sociedade
brasileira, mimetizada em episódios como o do incêndio no Museu Nacional, no
Rio de Janeiro, ocorrido em 2018. Iniciativas como o Dia Nacional do Patrimônio
Histórico, celebrado em 17 de agosto, são tentativas de incentivar a educação
patrimonial e a preservação das riquezas materiais e imateriais da sociedade
brasileira.
Quando se fala em patrimônio histórico,
a imagem que chega imediatamente à mente é a das grandes e imponentes construções
que fazem parte da paisagem de muitas cidades brasileiras, mas estão alheias à
dinâmica da população em geral. No entanto, o próprio Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atualizou a nomenclatura para patrimônio
cultural, o que engloba um conjunto de bens materiais e imateriais. "Esse
conjunto inclui tradições, expressões artísticas, rituais, práticas,
conhecimentos, obras de arte e construtivas, sítios arqueológicos, espaços
paisagísticos, núcleos históricos de determinadas cidades, entre outros",
explica o professor de História e coordenador do Núcleo de Evolução de Conteúdo
do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Jr.
De acordo com o especialista, o
frequente abandono do patrimônio se deve, em parte, à falta de investimentos na
conscientização das novas gerações, mas não apenas. “Na prática, a coletividade
não se identifica com o patrimônio quando ele é definido e imposto por órgãos
específicos do poder público, sem que haja um diálogo com a sociedade como um
todo”, destaca. Para ele, é preciso aproximar o público em geral desse tipo de
decisão. Atualmente, no Brasil, quem decide o que deve ou não ser preservado
são as agências de fomento cultural (fundações, associações, sociedades
culturais, instituições, etc.). "O objetivo é construir uma visão do
passado do país, o que pode causar distorções enviesadas da realidade",
salienta.
Patrimônio é identidade
Faz parte do patrimônio cultural de
determinada sociedade tudo o que tem importância para a constituição de sua
identidade e memória. Por isso é tão relevante trabalhar para que esse
patrimônio seja sempre preservado. Assim como afirma Emília Viotti da Costa em
sua frase mais famosa, não é possível guardar a história se não há preocupação
com a memória.
De acordo com o Iphan, “a Educação
Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais
que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso
para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas
manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e
preservação”. O órgão ainda destaca a importância de que esse processo de
educação seja uma “construção coletiva e democrática do conhecimento”, sempre
por meio de uma participação das comunidades que produzem as referências
culturais. “O patrimônio cultural pode abarcar tudo o que consideramos que traz
contribuições relevantes para a constituição da identidade e da memória da
nossa sociedade”, finaliza Nicolazzi.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.
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