Qual o melhor negócio: investir em ações ou abrir a própria empresa?
Rogério Araujo
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Ser um empresário ou empresária de
sucesso é o sonho de muitas pessoas. Não precisar prestar contas ao chefe todos
os dias, ter mais tempo para o lazer, poder realizar outras atividades com mais
tempo livre, entre outros desejos, são fatores que pesam no momento de se tomar
a decisão sobre entrar ou não no mundo do empreendedorismo.
O problema é que abrir uma empresa e
fazê-la ter sucesso envolve muitas - mas muitas mesmo - variáveis controláveis
e incontroláveis. Isso faz com que apenas seis empresas, a cada dez abertas,
continuem no mercado após cinco anos de atividade. É um risco bem alto.
Se eu fosse aconselhar alguém que tem,
por exemplo, cem mil reais, e quer abrir uma empresa, eu diria que existem opções
melhores a se analisar. E investimentos em ações seria uma das melhores, sem
dúvida. Mas desde que feita de forma diversificada e com acompanhamento de um
consultor financeiro.
Quando você compra ações, você também
está se tornando dono de uma empresa. Um dono com pouco poder de decisão, é
claro, mas com o mais importante, o direito de receber parte dos lucros que a
empresa tiver, em determinado período. Ou seja, você fica com a melhor parte da
gestão, sem ter que se importar com o negócio no dia a dia.
Além de trabalhar com o próprio
rendimento do ativo, quem possui ações também pode operar com ganhos em curto
prazo, utilizando-se de operações chamadas de aluguel de ações ou empréstimo de
ativos. Nelas, uma pessoa aluga suas ações a outro investidor a uma taxa de
aluguel pré-fixada. Essas ações continuam sendo de quem as alugou e os
dividendos continuarão a ser depositados para ela normalmente.
Como exemplo, um investidor que está
pagando para alugar algumas ações aposta em uma queda e vende essas ações ao
preço do dia, recomprando-as por um preço menor, após a queda se concretizar, e
ganhando a diferença entre os preços. Ele ganha e quem alugou também ganha,
nesse caso. E mesmo que ele perca, quem alugou permanece com as ações e ainda
recebe a taxa acordada.
Com cem mil reais é possível montar uma
carteira diversificada, sempre apostando na segurança das gigantes do mercado,
nos setores de energia, mineração, bancário, entre outros. É a forma mais
rápida e que, ao longo do tempo, se mostrou mais segura para quem quer ter uma
fonte de renda que não dependa diretamente de um emprego. Pode até ser um
caminho inicial para quem quer, no futuro, ter sua própria empresa, com maior
garantia de que ela sobreviverá às estatísticas de fechamento.
Rogério Araújo é especialista em mercado financeiro, líder educacional da corretora de investimentos Vítreo e fundador da Roar Educacional Consultoria
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