"Só vive o propósito, quem suporta o processo!"
Rodrigo Catani, head de potencializar vendas da
AGR Consultores
Uma das palavras que mais vemos em
mentorias, palestras, textos e publicações nas redes sociais é “resiliência”. Mas na
prática, e no contexto do mundo corporativo, que lição este termo nos traz?
Segundo o Dicionário Oxford o significado de resiliência é: “No contexto da
física, é a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma
original após terem sido submetidos a uma deformação elástica”. Já no sentido
figurado, é a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar rapidamente às
mudanças. Nada tão relevante quanto isso nos últimos anos no mundo corporativo.
A velocidade e imprevisibilidade das mudanças fizeram muitas empresas quebrarem
e outras triunfarem. Profissionais que não conseguiram se adaptar aos novos
modelos de negócios e diferentes formas de trabalhar, ficaram para trás,
obsoletos.
O título deste artigo: “Só vive o
propósito, quem suporta o processo!” serve para ilustrar que devemos estar
sempre atentos e flexíveis às mudanças do ambiente, mercado, cultura
empresarial e a todas as variáveis que, direta ou indiretamente, influenciam no
modelo de negócios de nossas empresas e nas nossas entregas profissionais. É
essa capacidade e agilidade de adaptação que irá determinar em grande parte o
sucesso de um projeto ou de uma iniciativa.
Thyago Imperial, Gerente de CRM e Cartão Private Label do Atacadão Dia a Dia |
Nossas experiências têm mostrado que
“fórmulas de sucesso” conhecidas, nem sempre são aplicáveis em todos os negócios,
pois as relações interpessoais, a dinâmica da cultura empresarial e o contexto
político são únicos em cada companhia. Mas, a necessidade da entrega de
resultados permanece a mesma. E errar é preciso. Um estudo da Universidade do
Arizona (EUA), revela que o ponto ideal em que falhamos apenas o suficiente
para nos manter motivados, mas sem nos deixar abater, é errar 15% das vezes.
Ou, por outro lado, acertar em 85% das vezes – por isso, a descoberta foi
chamada de “Regra dos 85%”. Portanto, aceitar que erros fazem parte do processo
de aprendizado e crescimento é algo que as empresas mais inovadoras do mundo já
incorporaram há muito tempo em seu modelo cultural e de gestão.
Dado este desafio, elegemos 7 pontos que
julgamos fundamentais para nortear o dia a dia de executivos e gestores:
- Ter humildade para ouvir a
todos e discernimento para entender as diferentes posições e interesses;
- Alinhar necessidade e
expectativas de clientes, acionistas e diferentes áreas de negócios para
obter o apoio necessário para que as iniciativas e projetos sigam em
frente com o apoio necessário;
- Vender as ideias para a equipe,
buscando o engajamento necessário para que a execução aconteça;
- Entender que algumas coisas
ocorrem de forma gradual, sem mudanças abruptas, mas só a consistência da
execução nos conduz aos objetivos definidos;
- Lembrar que sempre haverá
questões “extracampo” (como no futebol) ligadas ao contexto pessoal do
time e que será preciso lidar com elas com sensibilidade, mas também com
racionalidade e objetividade;
- Pilotar, aprender com o que
funcionou ou não, corrigir rápido e aperfeiçoar.
- E o último e talvez o mais
importante ponto. Aprender sempre e continuamente, não só na sua área de
atuação, mas na sua vida. Aprender com viagens, esportes, livros, músicas,
artes, cinema, com amigos, com pessoas de diferentes idades, culturas e
perfis.
Entendemos que o propósito inspirador que todos buscam e desejam em suas relações pessoais, profissionais e nas marcas só pode ser atingido se for suportado com menos discursos e mais ações efetivas e condizentes com os valores de cada um. E entendemos também que algumas questões são inegociáveis por ferirem o propósito da organização, e que outras podem ser flexibilizadas para continuar avançando. Como sempre, o desafio reside em distinguir umas das outras e tomar as melhores decisões em cada ocasião e contexto, sem se deixar levar por modismos ou distrações.
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