Teletrabalho e educação a distância: a hibridização como chave da inovação tecnológica
*Por Paulo Sérgio Rodrigues
Recentemente, abriu-se uma discussão
sobre o modelo remoto de trabalho e educação, evidenciando um novo panorama.
Muitas pessoas se adaptaram rapidamente ao ambiente virtual e gostariam de
seguir suas rotinas desta maneira. Enquanto isso, outra parte afirma que sente
a necessidade de retornar ao modelo presencial. Um estudo feito pela Harvard
University revelou que 67% dos trabalhadores preferem o modelo remoto integral
ou híbrido.
Na educação, o governo federal estima
que, até setembro, 12 mil novos pontos de internet serão instalados em escolas
da rede pública do país, ampliando o acesso e a conectividade - o que também
estimula o aprendizado digital.
O teletrabalho e o ensino a distância se
tornaram exemplos de uma sociedade que caminha para o conceito da convergência
digital e, por terem características semelhantes, as duas modalidades permitem
mais facilidade e produtividade, encaixando as atividades junto com demais
tarefas do dia a dia.
No entanto, temos que considerar que,
embora haja muitas vantagens, também é preciso olhar com atenção para os pontos
negativos que o modelo 100% remoto proporciona. Embora a tecnologia seja útil e
permita este acesso, especialmente no âmbito da educação, é fundamental que os
alunos recebam o apoio adequado de professores, materiais didáticos acessíveis,
etc. O mesmo ocorre com o trabalho a distância, onde os colaboradores precisam
de acompanhamento e checagem constante de atividades, com prazos previamente
estabelecidos.
Para mim, o desafio não está em oferecer
um modelo que satisfaça a este ou aquele gosto, mas em saber o momento certo de
conciliar ambas as modalidades para ampliar o sucesso de estudantes e
trabalhadores no nosso atual cenário. O que defendo é que a melhor opção é o
modelo híbrido, que será a chave para alcançarmos a inovação tecnológica
efetiva. O ciclo PDCA, método de gestão utilizado para controle e melhoria de
processos e produtos, é um recurso crucial para que a rotina híbrida possa
funcionar da melhor maneira. Com ele, podemos estabelecer que as etapas de
planejamento (P) e ação (A) do processo exigem um contato presencial entre os
envolvidos, humanizando e aproximando as relações. Já para as etapas de fazer
(D) e checar (C) se manteria de forma virtual, democratizando a
experiência.
Isso porque, como profissional do setor,
entendo que, apesar da tecnologia ser um recurso muito importante nesse
processo de busca pela inovação e transformação constantes, ainda existem
atividades que o sistema remoto não permite compreender, como um feedback mais
humano a um aluno ou colaborador. Para se ter um exemplo, temos implementado
uma rotina que concilia estudos e trabalho remoto na Infosys, por meio de
certificações SAP para uma turma de mais de 80 colaboradores desde o início
deste ano. Ao avaliarmos o índice de aproveitamento, tivemos a grata surpresa
de que ele alcançou 78% ao longo dos 120 dias disponibilizados pela empresa
para obter a certificação.
O que impactou esse resultado foi justamente
a oportunidade de aderir a uma atividade remota, mas com acompanhamentos
presenciais para tirar dúvidas, auxiliar com dificuldades e ouvir os
colaboradores. E é este mesmo conceito que deve ser aplicado quando falamos de
educação a distância. É importante, em primeiro lugar, realizar um planejamento
anterior ao início das atividades. Depois disso, contar com as ferramentas
adequadas e continuar focado no lado humano são fatores que contribuem para o
sucesso da rotina híbrida, tão desejada atualmente.
*Paulo Sérgio Rodrigues é diretor sênior
da Infosys Brasil.
Sobre a Infosys
A Infosys é uma das líderes globais em tecnologia da informação da próxima geração e consultoria. Capacitamos clientes em 50 países, para que possam navegar em sua jornada de transformação digital. Com mais de três décadas de experiência na gestão de sistemas e processos de empresas globais, temos a habilidade de orientar nossos clientes em sua jornada digital. Visite www.infosys.com, para ver como a Infosys (NYSE:INFY) pode ajudar a sua empresa a navegar rumo à transformação digital.
Nenhum comentário