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4º Festival do Queijo Artesanal de Minas é sucesso absoluto: 2.000 quilos de queijo vendidos e aprovação do público, de produtores e compradores

Felipe Cruz

Duas toneladas de queijos comercializados por 55 produtores, 2.000 pratos vendidos pelos principais chefs de Belo Horizonte e 90% de avaliação positiva do público presente. Os números mostram o sucesso absoluto do 4º Festival do Queijo Artesanal de Minas (FQAM), realizado no último final de semana, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte.  

 

O festival proporcionou bons momentos para quem estava dos dois lados dos balcões dos estandes. Para os visitantes, oficinas, pratos preparados por especialistas, delícias que vão bem com queijo, como doces, geleias, azeites, mel, cafés e bebidas diversas, além de música ao vivo e espaço kids. Para os queijeiros, rodadas de negócios, Seminário Técnico, Workshop Mercado de Queijos e curso de Queijista.

 

O analista de Agronegócios do Sebrae, Ricardo Boscaro, disse que o Festival cumpriu seu objetivo ao divulgar, mais do que os queijos, as suas origens, tornando-se uma oportunidade direta de contato entre o consumidor e os quase 80 expositores do evento. Ele destaca que a oportunidade do cliente conhecer a história do produto diretamente do produtor gera uma conexão muito benéfica para os negócios. “Muitos querem saber onde encontram os produtos em suas cidades e pegam os contatos dos produtores para irem às fazendas visitar e comprar”.

 

Segundo o superintendente de Relações Institucionais do Sistema Faemg, Altino Rodrigues, tudo começou em 2017 quando a Faemg liderou uma viagem técnica com 30 produtores mineiros para o Salão Internacional do Queijo da França. “Eles ganharam vários prêmios e esse reconhecimento culminou na ideia de criar o Festival, considerado o maior evento de queijos do Brasil. Foi um divisor de águas que deu ao queijo protagonismo e voltou o olhar da sociedade para o produto”.

 

O vice-presidente da Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais de Minas Gerais (Amiqueijo) e presidente da Associação de Produtores Artesanais de Queijo do Serro (Apaqs), José Ricardo Osólio, produz o Queijo do Vau desde 2016. “O principal do Festival, para mim, é que ele consegue trazer o lojista e aproximar o produtor e o consumidor final. Ele também melhora os relacionamentos com nossos companheiros e ainda promove workshops e eventos paralelos que enriquecem, trazem mais conhecimento e tecnologia”, enumerou.

 

Um marco para o setor

Na abertura do festival, no sábado, dia 24, a Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais de Minas Gerais (Amiqueijo) assinou e entregou ao ministro do Turismo, Carlos Brito, a solicitação para inscrição dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA) na Lista Representativa do Patrimônio da Humanidade, chancelada pela Unesco.

 

Para o Sistema Faemg, Antônio de Salvo, o pedido de reconhecimento ao modo de fazer do queijo, além de celebrar o trabalho dos mineiros, é um marco para o setor. “A importância para os produtores rurais é forte, mas, mais do que isso, o Brasil é um país que se orgulha pouco da cultura que tem. E esse ‘modo de fazer’, que é uma tradição do nosso queijo artesanal mineiro, pode e deve ser aceito como Patrimônio. O Sistema Faemg fica muito feliz de entregar a solicitação ao ministro Carlos Brito. Afinal, o mineiro não vive sem um queijo, sem um cafezinho.”

 

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Roberto Simões, também celebrou as conquistas do festival. Ele lembrou que a entidade acompanha o setor desde 2013, formando pessoas e melhorando o atendimento dos técnicos. E destacou a parceria com a Faemg. “Juntos, sempre no sentido de melhorar a vida dos produtores e das suas famílias com renda e mais qualidade de vida”.

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