A importância da representatividade feminina no setor de data centers
*Por Carolina Maestri
No setor de tecnologia, as mulheres
estão em uma crescente, porém ainda há um longo caminho a ser percorrido e
diversos desafios a serem vencidos, principalmente a quebra de estereótipo de
gênero, já que ouvimos muitas vezes que as mulheres não estão aptas a trabalhar
no setor. Mesmo o sexo feminino representando a maioria da população
brasileira, com 52% segundo o IBGE. De acordo com a pesquisa feita em conjunto
por PretaLab e ThoughtWorks, no setor de
tecnologia, elas são apenas 30% da força de trabalho.
No relatório “O desafio das
pessoas: previsão global de recrutamento de funcionários de datacenters 2021-2025”,
o Uptime Institute
estima que o número de colaboradores necessários para gerenciar os data centers
ao redor do mundo crescerá para mais de 300 mil profissionais até 2025. Esses
dados mostram que a indústria de data centers está em constante crescimento,
oferecendo uma riqueza de oportunidades de emprego.
As mulheres representam ainda uma parte
relativamente pequena no setor de data centers, mas há projetos para que esse
número cresça mais a cada dia. Programas que alinhem ações e valores
corporativos visando proporcionar às mulheres ferramentas, recursos e
oportunidades com os quais podem contar em seus trabalhos as ajudam em seu
desenvolvimento na indústria de data centers.
Para o ano de 2022, uma pesquisa do Gartner aponta um aumento de 5% nas
despesas mundiais com data center, chegando a U$ 226 bilhões. Porém, atualmente
os profissionais especializados neste mercado não acompanham esta tendência.
Uma alternativa para este desafio e para o aumento do número de mulheres na
indústria é demonstrar para estudantes de cursos técnicos e universitários esta
oportunidade de carreira. Fazendo com que esta área se torne mais amplamente
conhecida pelo público em geral, demonstrando que existem chances de
crescimento e reconhecimento, independente do gênero e aliados à um propósito
de um futuro melhor.
Além de oportunidades para aumentar o
número de mulheres, as empresas podem investir também em planos de carreira
para elas, aliando o desafio da igualdade de gênero no setor e da
representatividade de mulheres em sua liderança. Incentivar a governança
feminina é fundamental para atrair ainda mais mulheres para dentro das
empresas, aumentando sua inclusão e reduzindo os vieses inconscientes.
Ainda estamos longe do ideal no setor de
tecnologia, já que segundo estudo
realizado pela IT Mídia, em parceria com a PageGroup, de janeiro a março de 2022, apenas
12% dos cargos de liderança nas empresas de tecnologia no Brasil são ocupados
por mulheres. Diante destes dados fica evidente a necessidade de se falar sobre
liderança feminina dentro das organizações e incentivar mais programas de
diversidade, equidade e inclusão.
Para que mulheres tenham mais aberturas
no setor de tecnologia, as empresas podem investir em estratégias de
diversidade e inclusão, como programas de capacitação de grupos minorizados e
vagas afirmativas, por exemplo. Essas vagas dão oportunidade a grupos
historicamente excluídos, como a população negra e indígena, mulheres, pessoas
LGBTQIA+, de baixa renda e PcDs (Pessoas com Deficiência). Organizações que
prezam por esses tipos de iniciativas de inclusão, incentivam um ambiente mais
diverso de ideias, fortalecem uma cultura inclusiva e um ambiente de trabalho
mais seguro.
Mesmo que ainda exista a disparidade no
mercado de trabalho, a mulher mostra sua força e segue conquistando lugares de
destaque no setor. Na história da tecnologia temos inúmeras mulheres que
ocuparam papéis importantes ao criar componentes fundamentais para a evolução
da área. Isso mostra o quanto nós podemos nos inspirar em outras mulheres do
passado e mulheres líderes do setor no presente para influenciar jovens
estudantes que sonham em ingressar neste setor e ocupar cargos de liderança e
funções importantes dentro das companhias. Por isso, é importante investir em
diversidade, programas de incentivo, cursos de capitação e no estímulo às
mulheres na tecnologia.
*Carolina Maestri é Diretora de ESG da
ODATA
Sobre a ODATA
Fundada em 2015, a ODATA é uma provedora
brasileira de serviços de data center, que fornece infraestrutura de TI
escalável, confiável e flexível na América Latina. Focada em Colocation, a
ODATA atende à crescente demanda por energia, espaço e confiabilidade de
organizações de diversos setores, sendo completamente qualificada para oferecer
soluções de enterprise/retail (desde meio rack, racks inteiros
e cages) até projetos built to suit (constrói e opera
data centers novos, para um único cliente, na região escolhida). A ODATA busca
a criação da mais moderna e eficiente rede de data centers da América Latina.
Atualmente, a empresa possui três data centers operando no Brasil, um na
Colômbia e outro no México, além de já ter iniciado a sua expansão também no
Chile. A empresa traz a experiência, solidez e competência do Pátria
Investimentos e tendo uma atuação global através da parceria estratégica com a
CyrusOne, um dos maiores player do mercado de Data Center do mundo.
Mais informações em https://odatacolocation.com/.
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