Aperam BioEnergia substituirá 121 fornos FAP 220 por 31 fornos FAP 2000, o maior do mundo para a produção de energia renovável a partir do eucalipto
Empresa planeja encerrar 2022 com todos os seus
atuais 283 fornos automatizados, reduzindo consumo de madeira e a emissão de
CO2
Forno FAP 2000, desenvolvido pelo time de
inovação da Aperam BioEnergia: o maior forno retangular do mundo para produzir
carvão vegetal
Arquivo Aperam
Além de aumentar a eficiência
operacional e a segurança para os colaboradores, a automação dos fornos de produção
de carvão vegetal reduz o consumo de madeira e a emissão de gases de efeito
estufa. Com esses ganhos em vista, a Aperam BioEnergia está concluindo neste
ano a automação de 100% dos fornos em suas unidades do Vale do Jequitinhonha,
responsáveis por produzir a energia renovável utilizada na produção do Aço
Verde Aperam, na usina de Timóteo (MG).
Paralelamente ao processo de automação,
a BioEnergia está investindo em novos fornos. O plano é sair dos atuais
283 fornos da empresa por 193 unidades de melhor performance até julho de 2024.
Para tanto, serão substituídos 121 unidades FAP 220, que tem uma menor
capacidade, por 31 fornos FAP 2000. O FAP 2000 é o maior forno do mundo para a
produção de carvão vegetal e foi desenvolvido e patenteado pela própria BioEnergia.
“Isso aumenta nossa capacidade de automatizar e consequentemente nossa
competitividade”, diz Ézio Santos.
"Fomos a primeira empresa produtora
de aços planos especiais a obter o balanço carbono neutro do mundo. O que isso
tem a ver com a automação dos fornos? Isso só foi possível com as tecnologias
extremamente importantes que foram implementadas na Aperam nos últimos anos,
que vieram reduzindo as emissões através de uma maior eficiência no uso de
nossas florestas renováveis”, afirma o gerente executivo da Produção de Energia
Renovável da Aperam BioEnergia, Ézio Santos, em palestra recente sobre o tema
no Fórum Nacional do Carvão Vegetal, em Belo Horizonte.
A Aperam BioEnergia tem 126 mil hectares
de áreas distribuídas por seis municípios do Vale do Jequitinhonha, dos quais
76 mil hectares são dedicados à plantação de eucalipto para a produção do
carvão vegetal. Para processar 450 mil toneladas do biorredutor, como ocorre
hoje, a empresa conta com 283 fornos, dos quais 121 unidades do modelo RAC 220;
161 do tipo RAC 700; e uma unidade do FAP 2000, construídos com tecnologia
desenvolvida internamente pela empresa. Juntos, eles produzem aproximadamente 2
milhões de metros cúbicos de carvão por ano.
“Na Aperam esse processo de automação
dos fornos começou em 2012. Era uma necessidade extremamente importante
aumentar o controle das operações. E quando ele é bem executado, remunera o
setor, inclusive com a economia de madeira”, disse Ézio Santos.
Ele afirma que o objetivo inicial era
conseguir uma maior conversão de madeira em carvão. "Hoje estamos
carbonizando eucalipto de seis anos, que têm uma densidade menor do que de sete
anos. Então precisávamos melhorar a eficiência do processo para manter nossos
índices de conversão. E melhorar a qualidade”, explica. De fato, a empresa
dobrou os índices de produtividade desde 2015, segundo o gerente
executivo.
Os fornos automatizados de cada planta são operados através de uma central de monitoramento de fornos. Temos medidores de temperatura dos canais, para controles precisos e instantâneos nos colocando rumo a um processo industrial 4.0.
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