Comunicar bem: um desafio para muitos
Pode não ser um slogan premiado e não
fazer frente a um escrito de Xenofonte. Mas, sem dúvida, a frase “Servir bem
para servir sempre”, que as padarias de todo o Brasil trataram de viralizar ao
longo de décadas nos sacos de pão, é um fio de meada para esta conversa sobre
comunicação.
Este viral da panificação carrega em
suas cinco palavrinhas um quê de sabedoria. É mais ou menos como dizer que quem
tem um método eficiente de produção, excelência profissional em seus quadros,
que preza por boas práticas para ter o bom produto e atende com distinção o
cliente, tem tudo para fidelizar o público que vai se encarregar de viralizar a
reputação da padoca.
Saindo do forno da padaria para a mídia
tradicional, alcançando as redes sociais e trazendo situações a que muitos
profissionais são submetidos no dia a dia, seja expondo ideias em uma reunião
presencial, seja participando de uma live ou de um encontro virtual e mesmo
conversando com clientes, “comunicar bem para comunicar sempre” é algo que
ultrapassa os limites do problema para se tornar desafio.
Frente a frente com o desafio da
comunicação, não são poucos os profissionais que experimentam a timidez, o
embaraço diante das novas ferramentas e tecnologias e tantas outras “dores”
capazes de impactar negócios e performance.
Da mesma forma que se pode tentar,
errar, tentar novamente e mais uma vez até ter um pão que faça jus de ser
colocado no saquinho “Servir bem para servir sempre”, é possível treinar,
corrigir, treinar outra vez para “comunicar bem”.
Houve um tempo em que o media training agregava o
treinamento de comunicação. O exercício, naquela época, capacitava o
profissional, representante de uma empresa, para falar com a mídia tradicional.
Mas o treinamento de comunicação mudou,
tanto em conceito quanto em conteúdo e também em propósito.
Ainda fiel à comunicação de forma clara,
rápida e objetiva, o treinamento considera que não só a voz, mas também o corpo
falam. Por isso, há uma atenção cada vez maior aos detalhes. O dress code adequado para
determinada ocasião, o comportamento do profissional, a valorização de seu
estilo, tudo isso e muito mais, são aspectos considerados e bastante desejáveis
na comunicação.
Mesmo quem não sofre a “dor” da timidez
precisa saber que discursos elaborados, porém carentes de embasamento, tendem a
encontrar seu lugar no vazio dos veículos de comunicação, das redes e dos
interlocutores mais próximos.
Neste ponto, o profissional de
comunicação tem a responsabilidade de buscar dados, estatísticas e avaliações
para construir argumentos que interessem à mídia em geral. Informações
embasadas têm o poder de escantear o “achismo” para dar às análises criteriosas
um lugar de honra na mídia.
Um último aspecto que vale a pena ser
discutido é a “saúde comunicativa” das corporações.
Muitas vezes, departamentos, agências de
marketing e profissionais terceirizados, responsáveis pela conexão da empresa
com as mídias e as redes sociais, tendem a se encaminhar para uma zona de
conforto nada benéfica para imagem e negócios.
Para evitar os efeitos colaterais de uma
comunicação ineficiente, é recomendável que as organizações façam, de tempos em
tempos, um check-up que permita reavaliar suas estratégias.
Nesses momentos, a expertise de uma
consultoria de comunicação é capaz de diagnosticar problemas, apontar caminhos
diferentes, apresentar ferramentas e compartilhar uma ótica renovada para
oportunidades que estejam passando despercebidas.
“Comunicar bem”, como se vê, é sempre um
processo minucioso que requer evolução constante, muita disposição para vencer
desafios e adaptar-se ao presente e ao futuro das tecnologias, empenho na
avaliação da saúde comunicativa e humanidade para interagir com os mais
diferentes públicos e interlocutores.
*Maiko Magalhães é formado em jornalismo, especializado em marketing, política, mídias digitais e comunicação corporativa. Como empresário, atua em assessoria de imprensa, produção audiovisual e direcionamento de comunicação.
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