Dólar deve seguir mais um dia instável, porém sensível aos indicadores americanos
O
mercado local amanhece nesta quinta-feira com as atenções direcionadas para o
IBC-Br de julho, considerado uma prévia do PIB, bem como as novas projeções do
Ministério da Economia. Pelo fato deste ser um indicador de atividade
econômica, números elevados sugerem aquecimento da economia e deve ser visto de
maneira positiva para o real no mercado de câmbio. Nos EUA os dados de
atividade são destaques, como os pedidos semanais de auxílio-desemprego, o
índice industrial Empire State, a produção industrial e as vendas no varejo.
Por
aqui o clima morno no exterior e a queda marginal do petróleo podem tirar
fôlego do Ibovespa nesta quinta-feira. Contudo, o setor metálico no índice
devem ter bom desempenho em função de novos estímulos do governo chinês, o que
por consequência melhora o cenário para este setor no Brasil. No câmbio o dólar
pode dar continuidade ao movimento instável dos últimos dias, porém deve ficar
sensível aos dados econômicos que serão divulgados nos EUA nesta manhã. As
vendas no varejo, que será divulgada 9h30, é esperado um aumento de 0,2%, com
isso, uma leitura acima do esperado sugere uma aceleração econômica, e pode
motivar uma expectativa de alta nos juros futuros dos EUA, o que direciona o
fluxo de capital para lá, ocasionando em uma alta do dólar ante o real, ao
passo que um número abaixo do esperado pode ter o efeito oposto. Já os pedidos
iniciais por auxílio-desemprego é esperado em 226K, e quanto maior o número
indicado, mais "desaquecida" é vista aquela economia. Sendo assim,
uma leitura acima do esperado deve pressionar queda do dólar ante o real,
enquanto números abaixo do esperado podem surtir o efeito inverso.
No exterior os contratos futuros de petróleo caem marginalmente em cenário de instabilidade do dólar. Já em Nova York, os índices futuros acionários negociam no positivo, após pregão de lucros no dia de ontem, com uma virada para alta no final do dia. Na Europa as principais bolsas também negociam em alta e sugerem recuperação dos prejuízos recentes, porém ainda se faz presente o temor relacionado à inflação e possibilidade de maior agressividade do BCE e do FED em seu aperto monetário. O índice DXY, que relaciona o dólar com as seis principais divisas, continua instável, porém o euro voltou a perder força ante a moeda americana. Já na Ásia as bolsas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, após pregão de leve alta em Wall Street.
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