ENGIE Brasil Energia assina contrato de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul para Starboard e Perfin
Companhia evolui em sua estratégia de dispor de
um portfólio 100% renovável para se tornar a maior empresa de energia limpa do
setor elétrico nacional
A ENGIE
Brasil Energia (EGIE3), após aprovação do Conselho de Administração da
Companhia, assinou em 15 de setembro de 2022 o contrato de venda da Usina
Termelétrica Pampa Sul, localizada no município de Candiota (RS), para os
fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas
empresas Starboard e Perfin, respectivamente. O ativo tem capacidade instalada
de 345 MW e a geração fortalece o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O valor total da transação será de
aproximadamente R$ 2,2 bilhões, dividido entre o preço da venda, no montante de
até R$ 450 milhões, e da assunção do endividamento pelos compradores, no valor
aproximado de R$ 1,8 bilhão. O processo de negociação foi assessorado pela
Morgan Stanley, pela perspectiva financeira, além de Stocche Forbes, Mattos
Filho e Campos Mello em aspectos legais. O fechamento da operação de venda está
sujeito ao cumprimento de determinadas condições previstas no contrato.
A Usina Termelétrica Pampa Sul é o
último ativo a carvão remanescente no portfólio da ENGIE Brasil Energia e a
venda está alinhada à meta do Grupo ENGIE de liderar a transição energética
para uma economia neutra em carbono.
“A ENGIE Brasil Energia caminha para se
tornar 100% renovável, um objetivo que vem sendo perseguido há pelo menos seis
anos, quando decidimos acelerar a saída das operações a carvão no país em linha
com a diretriz global do Grupo ENGIE, direcionando esforços e investimentos aos
empreendimentos de geração eólica e solar, além de infraestrutura de
transmissão. Após o fechamento da operação de venda da Usina Termelétrica Pampa
Sul, avançaremos em nossa estratégia, nos consolidando como a maior empresa de
energia limpa do setor elétrico brasileiro, totalizando 8.096,0 MW de
capacidade instalada própria proveniente de fontes renováveis”, declarou
Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente da Companhia.
A partir de 2013, a ENGIE descomissionou
duas usinas, Alegrete e Charqueadas, ambas no Rio Grande do Sul, e, no ano
passado, registrou a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa
Catarina. “Esses movimentos foram acompanhados de massivos investimentos em
energia eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão, que são os
nossos vetores de crescimento para contribuir com uma matriz cada vez mais
renovável para o país”, destaca Sattamini.
Planos futuros dos compradores para a
UTE Pampa Sul
As empresas Starboard e Perfin são
gestores de fundos de investimento em participações independentes,
especializados em renda variável, ativos de infraestrutura e em situações
especiais, e continuarão contando com a experiência das equipes de
administração e operação da usina. Os compradores também estão comprometidos
com uma estratégia ESG de longo prazo.
“A Usina Termelétrica Pampa Sul nos traz
a possibilidade de atuar em uma transição energética de forma sustentável e
responsável, onde equilibramos todas as bases do ESG. Criamos frentes
importantes para cumprimento de diretrizes de investimento em tecnologias que
possibilitem aumento da eficiência da planta, bem como a busca pelo
descomissionamento antecipado sem prejuízo aos stakeholders envolvidos”,
declarou Marcus Bitencourt, Diretor da Starboard.
“Essas frentes serão amparadas por
experientes profissionais no setor, com uma visão de longo prazo, em linha com
nossas boas práticas de governança. Serão investidos cerca de R$ 150 milhões na
Usina Termelétrica Pampa Sul com o objetivo de alcançar uma redução das
emissões de carbono em até 5% (75.000 mil toneladas de CO2 equivalente/ano). As
Companhias também irão destinar parte significativa de sua verba de P&D
para o desenvolvimento de pesquisas sobre tecnologia de captura e armazenamento
de carbono”, explicou Ralph Rosenberg, CIO da Perfin.
“Além disso, um dos diferenciais dessa
transação é nosso compromisso com o descomissionamento da planta antes do fim
da outorga. Esta será a primeira vez que uma usina terá seu fim antecipado por
exigência de parceiro financeiro e planejamento do controlador, visando à
redução das emissões”, destacou Rosenberg.
Sobre a Usina Termelétrica Pampa Sul
O projeto da Usina Termelétrica Pampa
Sul foi viabilizado no leilão A-5, realizado em novembro de 2014, quando a
ENGIE, na época Tractebel, vendeu 294,5 megawatts médios de energia da futura
Usina Termelétrica em Candiota, no Rio Grande do Sul. O contrato de
fornecimento de 25 anos motivou o investimento de R$ 1,9 bilhão para a sua
implementação.
Desde o início da operação comercial, em
junho de 2019, a UTE Pampa Sul vem evoluindo em seus parâmetros de eficiência e
disponibilidade, contando com um parque eletromecânico de alta tecnologia.
Com a consolidação operacional do ativo,
a ENGIE decidiu retomar seu processo de venda em 2021, motivado pelos planos da
empresa de se tornar 100% renovável, em linha com seu objetivo de acelerar a
transição para uma economia neutra em carbono, direcionando suas atividades
para geração de energia renovável, gás natural e infraestrutura.
A operação da UTE Pampa Sul ocorre
normalmente, atendendo o despacho do ONS (Operador Nacional do Sistema). Ao
todo, trabalham na usina 113 colaboradores diretos e cerca de 500
terceirizados, sendo a maioria proveniente dos municípios da região.
UTE Pampa Sul
Localização: Candiota (RS)
Capacidade total instalada: 345 MW
- Energia garantida: 294,5 MW, gerando energia suficiente para atender cerca de
1,3 milhão de pessoas.
- Linha de transmissão: 20,4 km, 525 kV,
60 Hz
- COD: 28 de junho de 2019
- PPA: 294,5 MW contratados no Leilão
A-5 realizado em 28 de novembro de 2014 (mercado regulamentado), por 25 anos a
partir de junho de 2019.
- 113 funcionários diretos
- 500 funcionários terceirizados
Sobre a ENGIE
A ENGIE é referência
mundial em energia e serviços de baixo carbono. Com nossos 170 mil
colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, estamos comprometidos em
acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo
reduzido de energia e soluções mais sustentáveis. Inspirados em nosso
propósito, nós conciliamos performance com um impacto positivo sobre as pessoas
e o planeta nos apoiando nas nossas atividades chave (gás, energia renovável e
serviços) para oferecer soluções competitivas aos nossos clientes.
No Brasil, a ENGIE,
líder no setor privado de energia do país, atua em geração, comercialização e
transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com
capacidade instalada própria de 10 GW em 77 usinas, o que representa cerca de
6% da capacidade nacional, a empresa possui 97% de sua capacidade instalada
proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.
A ENGIE é também a
detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500
km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da TAG,
concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE
possui um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir
custos, emissões e melhorar infraestruturas para empresas, como ar comprimido,
autoprodução solar local, biogás e biomassa, consultoria e gestão de energia,
HVAC e subestações. Nas cidades, atuamos como parceira para tornar os espaços
urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções de iluminação pública,
mobilidade elétrica e de district cooling.
Contando com 3.500
colaboradores, a ENGIE teve no país em 2021 um faturamento de R$ 13,5 bilhões.
A ENGIE está presente na
B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker
é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas
companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do
ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono
Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100
que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de
como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
Já o Grupo teve em 2021 uma receita de 57,9 bilhões de Euros e é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, Euronext 100, FTSE Eurotop 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, DJSI Europe, Euronext Vigeo Eiris – Eurozone 120/Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG, MSCI Europe ESG, Euro Stoxx 50 ESG, Stoxx Europe 600 ESG, e Stoxx Global 1800 ESG).
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