Golpes e fraudes crescem e estimativa de bancos preocupa
por Peterson dos Santos, advogado especialista em Direito Civil e Civil Processual, Direito Empresarial e autoridade há mais de uma década em Recuperação Estratégica de Ativos. Sócio-diretor da Eckermann| Yaegashi | Santos – Sociedade de Advogados
A facilidade e
agilidade que o PIX trouxe à vida dos consumidores é igualmente proporcional ao
risco de fraudes e golpes que podem sofrer. Inclusive, até o fim de 2022, os
bancos estimam que o prejuízo deve chegar a R$ 2,5 bilhões, sendo que,
aproximadamente, R$ 1,8 bilhão (70% do total) tem relação com o PIX. Uma
pesquisa recente mostrou que, de janeiro a junho deste ano, as fraudes já
somavam R$ 1,7 bilhão, das quais R$ 900 milhões foram PIX.
Ademais, uma pesquisa
realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, revela
que o PIX (70%) é tão utilizado quanto o dinheiro em espécie (71%) e fica à
frente dos cartões de débito (66%) e crédito (57%).
Conforme a tecnologia
avança, os sistemas de segurança dos bancos evoluem também. Além disso, promovem
campanhas de alerta aos seus clientes com orientações e explicações claras
sobre golpes. Entretanto, a chamada “Engenharia Social”, que se trata da
manipulação psicológica de alguém para que forneça informações pessoais e
confidenciais, tem crescido abundantemente. Segundo a Federação Brasileira dos
Bancos (Febraban), a alta foi de 165% desse golpe desde o início da pandemia.
Neste ano, 1 em cada 3 pessoas sofreram, ao menos, uma tentativa deste tipo.
Existe a Engenharia
Social e inúmeros outros tipos de fraudes: boleto falso, clonagem (ou
sequestro) de WhatsApp,
páginas e arquivos falsos para roubar dados (phishing),
golpe do falso advogado, falsas centrais de atendimentos, golpe do motoboy etc.
É inegável e extremamente necessário que o usuário esteja sempre alerta e
atualizado para manter seus dados e bens protegidos, além de saber o que fazer
e a quem recorrer caso seja ludibriado, afinal, ninguém está livre de ser
prejudicado neste quesito.
Muito se fala sobre a
responsabilidade dos Bancos em ressarcir seu cliente que sofrera um golpe. Se
recorrermos a Súmula 28 do STF, que dispõe que “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de
cheque falso, ressalvadas
as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista”,
podemos concluir que, se houver responsabilidade exclusiva da pessoa, a
Instituição Bancária é excluída do tema, desde que prove sua isenção.
Diversas ações que
passaram por nossa banca de advogados, que patrocina um dos maiores Bancos do
País, nos foram favoráveis quando provamos que há duas vítimas: a pessoa física
e a Instituição Bancária. Isto é, a culpa não foi do correntista, tampouco do
Banco, e sim de uma Intermediadora de Pagamentos que, de forma recorrente,
permite, sem a fiscalização necessária, que fraudadores criem contas em sua
plataforma e emitam boletos falsos na intenção de aplicar tal golpe.
Não é incomum nos
deparar com vítimas crentes que estavam quitando um financiamento, por exemplo,
e perderem anos de economia por conta de um boleto fraudado ou um PIX feito
para a conta de um estelionatário. Ao mesmo tempo que provamos que o Banco em
questão não teve culpa, reafirmamos a responsabilidade das Intermediadoras de
Pagamento que se apresentam, se vendem e prestam serviços de bancos, mas
insistem em não assumir o risco do negócio, configurando fortuito interno.
Felizmente, o sistema
judiciário, cada dia mais moderno e atualizado, e menos arcaico e moroso,
consegue ponderar todos os fatos e concluir que os bancos não podem arcar com
os atos de outrem, por tanto, consideram a existência de duas vítimas: o
cliente e o seu banco.
Sobre a Eckermann | Yaegashi | Santos – Sociedade de Advogados: “Oferecer serviços personalizados e diferenciados; analisar os perfis individualmente” são as premissas dos Sócios que mantêm a Eckermann | Yaegashi | Santos – Sociedade de Advogados há mais de uma década, conceito que aproxima e humaniza os relacionamentos e que concedeu os prêmios de Excelência & Qualidade Top Of Quality Brazil 2021; Águia Americana – Justiça 2021; Escritório Cível Destaque e 1º lugar em Cessão de Crédito para o Banco Santander. Localizado no Jardim Paulista, Zona Oeste de São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina, o escritório lida com clientes Brasil afora dentro das especialidades do robusto time, nas áreas de Recuperação de Ativos; Estruturação de Fundos; Direitos Empresarial e Societário; Direito Civil; de Família e Sucessão, do Consumidor; e do Trabalho.
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