Obra de Lucia Santaella percorre as denominadas sete revoluções cognitivas do Sapiens
Lançada
pela PAULUS Editora e compondo a coleção “Comunicação”, a obra “Neo-Humano – A sétima revolução cognitiva do Sapiens”, de
Lucia Santaella, percorre as denominadas sete revoluções cognitivas do Sapiens,
relacionadas à cultura, respectivamente, da oralidade, da escrita, do livro, de
massas, das mídias, do digital e dos dados, a partir dos conceitos de
inteligência, evolução, revolução e a extrassomatização da mente humana.
Segundo a autora, a humanidade vive atualmente o seu sétimo ciclo cognitivo,
marcado pela dataficação e plataformização. As consequências sociais,
psicológicas e ambientais da cultura que origina o neo-humano também são
discutidas, ao tratar da inteligência artificial e da nova função que os
algoritmos adquiriram.
Conforme
explica a autora, as sociedades humanas estão envolvidas em profundos e
cruciais impasses de todas as ordens, ecológicos, tecnocientíficos, macro/ geo/
micropolíticos e sociopsíquicos. Para diagnosticar estes impasses e buscar
soluções, é necessário voltar ao cerne da questão, a saber, de que é feito o
humano? Segundo Santaella, a virada do não humano (nonhuman turn) engloba estudos
interdisciplinares das mais diversas ordens, todos eles endereçados para o
descentramento do humano no seio da biosfera.
Para fazer o diagnóstico das condições atuais, a autora elegeu a travessia do
Sapiens no espaço e no tempo. “Somos seres falantes e, dessa condição
comunicacional e cognitiva, foi extraído o fio condutor para a jornada
argumentativa empreendida ao longo dos capítulos”, destaca. A autora parte da
hipótese central de que a inteligência do Sapiens segue um processo progressivo
de crescimento de complexidade que se alimenta de dois fatores: a linguagem e
sua multiplicação em outras linguagens e o desenvolvimento de meios
sociotécnicos.
De acordo
com Santaella, pelo estado da arte hoje, seria difícil encontrar prova maior do
que aquela que nos é dada pela Inteligência Artificial (IA), do vetor para o
crescimento da inteligência humana. “É diante disso que podemos afirmar, sem
muitos titubeios, que a IA veio para ficar, crescer e se multiplicar”, destaca.
Citando o filósofo sueco Nick Bostrom, a autora afirma, entretanto, que o
crescimento da inteligência coletiva não implica maior sabedoria. Sinais como a
idolatria do consumo, a poluição e destruição do meio ambiente e dizimação de
muitas espécies, as falhas em se remediar injustiças globais e a negligência em
relação a valores humanos e espiritualidade, recrudescimento geopolítico de
animosidades perigosas e a ascensão de uma direita radical “comparecem como
sinais evidentes de falta de sabedoria e incapacidade mental na era moderna”,
sinaliza a autora.
A obra é
dividida em 13 capítulos, com os temas: “Das revoluções às disrupções”,
“Revoluções em eras evolutivas”, “O humano à luz de teses evolutivas”, “O que
são eras culturais”, “Cultura da oralidade: a primeira revolução cognitiva do
Sapiens”, “Cultura da escrita: a segunda revolução cognitiva do Sapiens”, “–
Cultura do livro: a terceira revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura de
massas: a quarta revolução cognitiva do Sapiens”, ” Cultura das mídias: a
quinta revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura do digital: a sexta revolução
cognitiva do Sapiens”, “Cultura dos dados: a sétima revolução cognitiva do
Sapiens”, “Consequências sociopsíquicas e ambientais do limiar tecnológico”,
“Do pós-humano & não humano ao neo-humano”.
Sobre a autora:
Lucia Santaella é
pesquisadora 1A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e
Semiótica e em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora
em Teoria Literária pela PUC-SP e livre-docente em Ciências da Comunicação
pela USP. Fez repetidos estágios de pós-doutorado no exterior e foi
professora e pesquisadora convidada em várias universidades europeias e
latino-americanas. Escreveu 53 livros e organizou 29, além da publicação
de quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu o prêmio Jabuti (2002, 2009,
2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010).
Pela PAULUS Editora, publicou “Humanos Hiper-Híbridos: linguagens e cultura na
segunda era da internet”, “Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na
educação”, “Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política”, “Introdução à
Semiótica”, entre outros.
Ficha técnica:
Título: Neo-Humano
– A sétima revolução cognitiva do Sapiens
Autora: Lucia
Santaella
Coleção: Comunicação
Acabamento: Brochura
Formato:13.5
(larg) x 21 (alt)
Páginas:368
Área de interesse:Comunicação,
Comunicação Digital
Link: https://bit.ly/3S1WFiK
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