Open Logistics: a revolução do ecossistema logístico já começou
Por Bruno Pelikan - CEO da Rabbot*
Apesar de recente e ainda pouco
conhecido, o Open Logistics vem ganhando força na rotina de quem trabalha na
área – e não poderia ser diferente. Da mesma forma que o Open Banking está
revolucionando o sistema financeiro do Brasil, apesar de sua curta existência,
o Open Logistics é o nome da inovação equivalente do setor de transporte e
logística.
Embora ainda seja associado ao
analógico, a processos manuais e pouco uso de tecnologia, o ecossistema
logístico vem passando por diversas e necessárias transformações. Nos últimos
anos, é possível perceber o quanto esse mercado vem se reformulando para
alcançar resultados melhores, garantindo mais eficiência, menores custos, maior
produtividade e otimização de tomadas de decisão.
Com a aceleração da globalização e a
consequente abertura dos mercados a novos competidores regionais e mundiais,
qualidade e custo nunca foram tão importantes para manter a competitividade.
Além disso, com a ascensão cada vez maior do poder e da voz do cliente, o
mercado tem se tornado ainda mais exigente: além de alta qualidade e baixo
custo, hoje uma boa experiência é um ponto de extrema relevância para as
empresas, transformando o serviço logístico num elemento-chave na relação
cliente-fornecedor.
Prazos de entrega mais curtos, experiência
de alto nível e excelência em qualidade: como garantir tudo isso quando há cada
vez mais atores envolvidos na cadeia logística, as informações acabam não
chegando onde deveriam chegar e as empresas não conseguem ter visão completa de
suas operações? O Open Logistics é a resposta.
Se o Open Banking nasceu para tornar
possível o compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras, o
Open Logistics segue a mesma lógica, sendo, portanto, um conjunto de
tecnologias que têm como objetivo viabilizar a verdadeira digitalização
logística. Por verdadeira digitalização, me refiro ao uso da tecnologia em toda
sua potência, isto é, permitir que as empresas, ao digitalizar seus processos,
consigam se conectar com seus parceiros de negócio dentro do ecossistema
logístico, promovendo mais transparência e colaboração entre todos eles ao
facilitar a troca de dados em tempo real e o uso de inteligência preditiva.
Por meio do Open Logistics, as operações
podem ser totalmente orquestradas, porque é possível conectar sistemas e
diferentes setores operacionais, integrando e centralizando todos os dados e
informações em tempo real em um só lugar. Digitalizando e reinventando
processos, garantindo uma conexão direta entre todos os atores envolvidos na
cadeia logística por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicação), que
possibilitam que sistemas e aplicações compartilhem dados entre si, as empresas
aumentam sua eficiência, reduzem custos e ganham mais agilidade, flexibilidade
e escalabilidade para as rotinas operacionais.
Open Logistics não é sobre futuro, já é
o presente. Chegou a hora de derrubar muros e construir pontes. Não há mais
espaço para sistemas desconectados que operam de forma independente e
solucionam apenas parte dos problemas. Para superar os desafios da cadeia
logística em nosso país, precisamos pensar e trabalhar juntos, como parceiros.
É isso que o Open Logistics propõe e é esse o convite que faço a todos que,
assim como eu, acreditam que é possível transformar a realidade operacional do
ecossistema logístico e obter eficiência em escala através de colaboração e
tecnologia.
*Rabbot, plataforma de automação e orquestração do ecossistema de frotas.
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