Os desafios ao desenvolver um negócio inclusivo e acessível para pessoas com deficiência
Para Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria,
levar a acessibilidade em consideração é pensar na responsabilidade social de
uma maneira inteligente, inclusiva, ética e humanizada
O Dia Nacional da
Pessoa com Deficiência Física acontece no dia 11 de outubro, segundo dados do
Portal do Ministério da Mulher, e foi criado para conscientizar toda a
sociedade sobre a necessidade de ações que assegurem qualidade de vida para
pessoas que possuem alguma deficiência. No entanto, se engana quem acredita que
o termo “acessibilidade” seja baseado, apenas, nas mudanças de um espaço
físico.
De acordo com Éber
Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS
Consultoria, empreender no segmento de acessibilidade e inclusão pede
planejamento, capital, conhecimento sobre o mercado e um diferencial
competitivo. “A acessibilidade e inclusão devem ser intrínsecos à criação do
negócio. Em uma clínica ou consultório, a questão da acessibilidade deve fazer
parte do seu planejamento, garantindo que todos tenham acesso ao seu serviço de
uma maneira igualitária”, revela.
Diversas empresas são
conhecidas pelas suas iniciativas de inclusão em relação aos colaboradores com
algum tipo de deficiência. A Natura, por exemplo, possui uma meta de
contratação anual de PCD – Pessoas com Deficiência superior à cota exigida pela
lei. Para Feltrim, isso pode ser levado para a realidade da saúde. “Não somente
no aspecto de contratação obrigatória por lei, mas realmente incluindo os PCDs
e pautando as mudanças com base nas experiências dessas pessoas. A adaptação
para recebê-los fará toda a diferença, independente da proporção da clínica ou
hospital”, declara.
O especialista acredita
que quem não se adequar às necessidades de acessibilidade e inclusão, terá
grandes chances de perder uma fatia considerável de mercado no futuro. “Atender
clientes com deficiência é uma obrigação nos dias de hoje e, graças às leis de
proteção, essas brechas de mercado têm diminuído cada vez mais, tanto em
estrutura física quanto em acessibilidade digital. Infelizmente, muitas
clínicas ainda não desenvolveram maneiras para que os deficientes visuais
acessem as informações on-line
sobre seus serviços. Isso é desastroso em diversos aspectos, afinal, eles
também são clientes que, assim como todos, precisam que as empresas os levem em
consideração”, lamenta.
A tecnologia e a
inclusão social, por exemplo, permitem que pessoas com deficiência auditiva
possam ter a sua vida facilitada com o auxílio de iniciativas realizadas pelas
clínicas. “Alguns deficientes auditivos preferem utilizar a comunicação escrita,
outros o uso de sinais ou linguagem corporal, mas é importante que saibamos
como cada pessoa prefere se comunicar e respeitarmos a forma como ela interage.
É cada vez mais comum vermos o uso de tecnologias como WhatsApp em clínicas, e
esse pode ser um desses canais facilitadores. Atualmente, existem alguns
aplicativos que oferecem uma agenda com os horários disponíveis, em que o
próprio usuário consegue agendar sua consulta com o profissional desejado. O
dever das clínicas e hospitais é buscar formas de incluir socialmente essas
pessoas e tornar qualquer atendimento mais confortável e menos constrangedor”,
pontua Éber Feltrim.
Atualmente, cerca de
15% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. No Brasil, são
mais de 45 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE. No entanto, estima-se que
apenas 2% dos sites
brasileiros estão preparados para acolher esses indivíduos. Para o CEO da SIS
Consultoria, a falta de acessibilidade é um problema para os clientes e para os
próprios negócios. “Além de ampliar o seu público, a empresa que se preocupa
com a acessibilidade é posicionada como uma marca que incentiva, apoia e coloca
em prática a inclusão e a diversidade. Os gestores precisam pensar fora da
caixa e manter as companhias e seus serviços acessíveis a todas as pessoas”,
declara.
Para criar uma empresa
que se preocupa com acessibilidade e inclusão, o planejamento financeiro é
essencial. “Um dos erros mais cometidos é não ter capital de giro para suportar
o tempo de maturidade, ou seja, até esse negócio sair da fase de investimento,
entrar no ponto de equilíbrio e passar a ter lucro. Este é um processo que
demanda tempo e, para acontecer de maneira satisfatória, o empreendedor precisa
de capital de giro”, relata.
Para o consultor e
especialista na área da saúde, abordar este tema é algo de suma importância nos
dias de hoje. “Todas as pessoas, independentes de raça, sexo, tamanho e idade
devem ter direito de acessar os nossos serviços e produtos. Isso é pensar na
responsabilidade social de uma maneira inteligente, inclusiva, ética e, acima
de tudo, de uma maneira humanizada”, finaliza.
Sobre o Dr. Éber
Feltrim
Especialista em gestão
de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após
alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco
conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da
saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua
formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento
e gestão de clínicas.
Sobre a SIS Consultoria
de Negócios
A SIS Consultoria pertence ao grupo SIS, com sede na cidade de Assis/SP. Com grande know-how e eficácia técnica na área de saúde, busca oferecer estratégias de qualidade para as empresas. Há mais de 30 anos no mercado, apresenta hoje significativa expansão e tem sua área de atuação em mais de 140 cidades do nosso país. A SIS busca, por meio de uma equipe ética e comprometida, promover o diferencial do seu negócio como ferramenta para o sucesso. Para mais informações, acesse https://www.sisconsultoria.net/ ou pelo instagram @sis.consultoria.
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