Como escolher os melhores investimentos para o futuro dos pequenos?
Criar uma carteira de investimentos é opção consciente para
o Dia das Crianças
Lucas Sharau, assessor de investimentos na iHUB
Investimentos
Divulgação
O futuro dos filhos é sempre motivo de
preocupação para os pais, principalmente em relação às finanças. Cursar uma boa
faculdade, conquistar o carro dos sonhos, conhecer outros países ou
simplesmente ter uma estabilidade financeira é o maior desejo dos papais
e mamães para os pequenos, mas, como alcançar esses objetivos?
Iniciá-los no mundo dos investimentos
pode ser uma boa opção para construir um futuro promissor. Atualmente, a B3 já
conta com mais de 21.600 crianças e adolescentes com até 15 anos de idade. A
faixa etária foi responsável por movimentar cerca de 700 milhões de reais no
ano de 2021, segundo levantamento feito pela própria B3.
Qualquer pessoa, independente da idade,
pode ter uma conta em uma corretora de valores ou em um banco sob sua
titularidade, possibilitando começar com investimentos na bolsa.
Para Lucas Sharau, especialista em
mercado financeiro e assessor da iHUB Investimentos, são necessários cuidados
especiais para os investidores mirins. “Se o investidor é menor de idade, a
conta precisará de um representante legal ou procurador para realizar as
operações”, comenta.
Hoje existem diversos conteúdos sobre
investimentos voltados a crianças e adolescentes, produzidos na internet. É
válido salientar que a garotada não possui conhecimento substancial para
realizar operações no mercado financeiro sem a supervisão de um responsável e,
muitas vezes, não possuem receita que justifiquem origem para o patrimônio
investido. “Existem restrições a operações no mercado de futuros no qual
menores de idade não podem operar nessa categoria de ativos”, comenta Sharau.
Por outro lado, começar o quanto antes a
investir faz com que o investidor tenha o aliado mais poderoso do mercado
financeiro inteiro, o tempo. Investimentos se valorizam, principalmente, sob
efeito do tempo. Quanto mais tempo temos para o investimento trabalhar, mais
poderoso isso será no sentido de construção patrimonial.
Para os pais que desejam garantir o
futuro dos filhos, essa construção pode ser um grande objetivo ou partir da
montagem de uma boa base de recebimento de dividendos e assim representar uma
fonte de renda adicional importante no início da vida adulta da criança.
Criar um objetivo facilita
na formação de uma carteira de investimentos
Ninguém guarda dinheiro simplesmente
pelo prazer de ter dinheiro. Dinheiro é um meio para conquistar objetivos. Por
essa razão, todo portfólio de investimentos deve ter como base algum objetivo,
com prazos determinados para acontecer, a quantidade de dinheiro necessária e
relevância na vida do investidor. Tudo isso pode ser levado em
consideração.
Um exemplo bem interessante e comum de
objetivo para os pais que desejam começar a investir para seus filhos é
garantir o pagamento da faculdade. Nesse caso, parâmetros importantes como
tamanho, prazo e relevância ficam bem claros ao se materializar o objetivo para
o investimento. “Com a somatória de tudo isso, conseguimos calcular o
investimento mensal necessário (tamanho e prazo) e a quantidade de risco que os
investimentos podem correr”, comenta.
Como montar uma carteira de
investimentos pensando no futuro das crianças?
Diversificação é a palavra-chave.
Investimentos em inflação, bolsas, moedas e alternativos. Um portfólio bem
balanceado e bem acompanhado tende a ter resultados melhores quando
recorrentemente reajustado e realinhado com os objetivos.
Para papais e mamães com perfil
conservador, alocar os investimentos em renda fixa é uma excelente opção. Dessa
forma, a proteção e as garantias de retorno que a categoria oferece serão
respaldo para o investidor.
“Grande parte do segmento conta com a
proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) no caso de aquisição direta de
ativos bancários ou através de fundos que investem em ativos com essa proteção.
Além disso, a renda fixa pode ter a rentabilidade indexada à inflação e a taxas
de juros pós ou pré fixadas”, afirma o assessor financeiro.
Já os pais com estilo arrojado de
investimento podem diversificar o leque de opções na hora de garantir o futuro
dos filhos. “O investidor pode compor um pouco mais de renda variável em seu
portfólio, incorporando em seu balanceamento a aquisição de alguns ativos de
bolsa de valores como ações, fundos imobiliários, ETFs e BDRs, ou até mesmo
através de fundos que realizam investimentos nesses ativos“, diz Lucas Sharau.
A previdência privada é uma opção?
Essa modalidade pode ser uma boa
alternativa, mas como todos os produtos do mercado financeiro, a previdência
tem prós e contras:
Prós:
- Débito automático e praticidade
no dia a dia;
- Balanceamento de carteira
através de vários fundos de investimento com estratégias
diversificadas;
- Gestão profissional através de
fundos e diversificação de estratégia nos mais diversos mercados (de renda
fixa à criptomoeda);
- Correção automática dos valores
aportados pela inflação;
- Alíquota diferenciada de
imposto sobre os rendimentos (10%) para aportes com 10 anos ou mais de
aniversário.
“A Previdência privada, na maioria dos
casos, não pode ser penhorada nem entrar em inventário no caso de falecimento
do responsável legal, portanto tem baixos custos na sucessão patrimonial e tem
blindagem contra certos tipos de disputas judiciais. Além disso, a previdência
não sofre a incidência do come-cotas, otimizando o rendimento de seus
investimentos no longo prazo”, diz Lucas Sharau.
Contra:
- Alíquota de imposto mais pesado
sobre os aportes mais recentes, podendo chegar à alíquota de 35% sobre os
ganhos.
“A depender do fundo e do plano, podem
haver altas taxas de administração, de portabilidade e de resgate. Há alguma
complexidade na seleção do fundo de investimento, tipo de plano e tipo de
tributação”, finaliza.
Sobre iHUB Investimentos
A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 3,5 mil clientes, somando mais de R$1 bilhão em valores investidos sob custódia.
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