De que forma você enxerga uma música?
*Por Adriano Rossi
Já viu uma
foto que quase te fez sentir um cheiro? Ou um vídeo que deixou um gosto ruim na
boca? A próxima é mais fácil. Já escutou uma música que te deu vontade de
correr mais rápido?
Presente a todo momento, acredito que
essa miscelânea de sensações é mais marcante com a presença da música. Só ela é
capaz de mudar nossa disposição de “levemente desanimado” para “completamente
na fossa”, ou até mesmo nos fazer mudar de uma “sexta em casa vendo filme” para
“noitada agressiva seguida por ressaca moral”.
Lembro que quando li “A Torre Negra”, de
Stephen King, eu estava escutando muito Bruce Springsteen e, até hoje, quando
escuto “Dancing in the Dark”, quase consigo sentir a textura dos cabos de
sândalo dos revólveres de Roland.
Quando ouvi a “Gôndola Lúgubre” de Franz
Liszt, ao mesmo tempo que lia o poema “Gôndola Lúgubre” de Thomas Transtromer,
consegui ver um significado totalmente novo, tanto para as linhas quanto para
os acordes.
A música já foi usada para aumentar a
produtividade de trabalhadores em linhas de produção e apitos de guerra astecas
produziam um horrível som que causava terror em seus inimigos. Existe uma magia
quase palpável nas ondas sonoras, magia que muda nosso humor, nossa arte, em
essência, muda nossas vidas.
Em um vislumbre onírico, imaginei o que
aconteceria se pessoas tivessem a capacidade de ver as linhas que conduzem essa
mágica e manipular a energia de acordo com suas habilidades, inatas ou
adquiridas, para mudar o efeito de batalhas.
É esta a
ideia principal do meu quarto livro, “Cavaleiros da Tempestade”. Um mundo onde
os acordes podem mudar o destino de uma nação. Apesar de ser obrigado a
classificar o livro como alta fantasia, qualquer um poderá reconhecer que, a
magia descrita no livro, é real. É o poder da música que conduz toda a
narrativa.
Divulgação/Adriano Rossi |
*Adriano Rossi é médico endocrinologista
e escritor,
autor
do lançamento “Cavaleiros da Tempestade”
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