Low-code movimentará US$ 190 milhões até 2030
Tendência de crescimento do mercado de plataformas de desenvolvimento de baixo código se dá por causa da carência de profissionais especializados e na exigência das empresas de fazer mais com menos
Até 2030,
o low-code, nome dado ao mercado de plataformas de desenvolvimento de baixo
código, deve crescer a um CAGR (crescimento composto anual) de 31.3% em nível
global. A informação é da pesquisa “Low-Code Development Platform Market
Research Report – Global Industry Analysis, Trends and Growth Forecast to
2030”, da Research and Markets, que apontou que esse aumento começou a se dar
na pandemia de covid-19.
Ainda de
acordo com o relatório, se essas tecnologias que buscam a utilização de menos –
ou nenhum – código no desenvolvimento de produtos e serviços tinham um valor de
mercado de US$ 12.5 milhões em 2020, a expectativa é que, em 2030, o montante
chegue a US$ 190 milhões.
Toda essa
aceleração se dá porque o low-code, um dos fundamentos de processo de
aceleração digital, permite que as empresas construam sites, automações de
processos, aplicações e novas funcionalidades para os sistemas que
utilizam (ERP, CRM etc.), sem que haja dentro delas pessoas com conhecimento em
HTML, Java, CSS e outras linguagens específicas. Ademais, se antes
para criar um e-mail marketing era necessário ter a figura de um
programador web, quem tem uma aplicação low-code voltada a isso,
como as ferramentas de automação de marketing digital, pode criar uma
newsletter profissional com total facilidade. Mesmo a composição de
aplicativos, considerada uma missão complexa, já que cada sistema operacional
exige conhecimento em linguagens de programação distintas, se torna, digamos,
“mais intuitiva”, graças à tecnologia disponível, que requer dos seus
usuários pouco ou nenhum conhecimento de codificação.
Na
verdade, o desenvolvimento do que era, até então, visto como “complicado” vem
se tornando acessível através de modelos pré-construídos e soluções de “arrasta
e solta”. Como resultado, quem vem utilizando as plataformas de baixo código
aprova a inovação, afinal, redução de custos e tempo é um sonho que todos
compartilham nos tempos atuais. De acordo com Everton Pinheiro, gestor de
comunicação na Run2biz, empresa global de TI focada no desenvolvimento de
soluções tecnológicas ágeis que simplificam o dia a dia de negócios de todos os
portes e segmentos, como hoje há uma necessidade global de as empresas
terem processos cada vez mais ágeis, a tendência é que o low-code ganhe força
total. “A ideia é assegurar que cada vez mais profissionais nas empresas,
independentemente da sua formação não ser em Tecnologia, consigam ser
autossuficientes no que diz respeito à criação de novas funcionalidades, por
exemplo, em seu ERP, CRM ou Sistemas de Gestão de Serviços da TI (ITSM). Para
isso, basta que esses indivíduos tenham um ensino mais básico de
conhecimento em programação. E, assim, eles conseguem construir diversas
aplicações e automações”, informa Everton.
Por isso
é que, na Run2biz, uma das soluções mais demandadas tem sido o 4Biz,
plataforma de workflows digitais inteligentes que acelera as jornadas de
transformação digital por meio da gestão de serviços e combinação
de processos de negócios. Segundo ele, além da “aceleração interna”, outro
motivo que faz a procura por soluções low-code crescer é o déficit
operacional de times qualificados: “O que fazemos é reduzir a
dependência de profissionais de TI tão caros (e hoje até
raros), dentro das empresas. Isso significa que quando um negócio toma a
decisão de adquirir um sistema como esse, automaticamente ele estará ganhando
no quesito liberdade para guiar suas próprias demandas, suprindo a necessidade
de terceirização”.
Imagem da plataforma 4Biz mostra
automação de fluxos de trabalho com low-code
Mas, diante da
tecnologia, há quem se pergunte se os postos de trabalho dos especialistas em
TI estão em risco. Defronte ao questionamento, Everton é enfático: “Não, não há
nenhum perigo. Na prática, os programadores e especialistas em TI serão os
maiores beneficiados com o uso das práticas low-code, visto que eles ganharão
tempo e eficiência para desenvolver sistemas, dashboards, automatizar fluxos de
trabalho, entre outras soluções interativas e necessárias para o
ambiente corporativo e o core
business do negócio”.
Vale destacar que, devido à carência mundial de engenheiros de softwares, um estudo da Morgan Stanley, que está entre as maiores empresas de serviços financeiros do mundo, atesta que até 2024 serão necessários cerca de 38 milhões de profissionais dessa área para que seja possível atender às altas demandas do mercado. Hoje, existem cerca de 26 milhões de desenvolvedores no mundo.
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