População brasileira quer manter o controle de suas finanças
Pesquisa global da TransUnion sobre inclusão
financeira aponta que 33% das pessoas consumidoras de crédito sub-atendidas no
Brasil expandiriam seu uso de produtos financeiros se recebessem melhores
ofertas
São Paulo, 26 de outubro de 2022 – A TransUnion (NYSE: TRU), companhia
global de informação e insights, lança um novo estudo com foco nos consumidores
de crédito. O estudo global “Fortalecendo
a Inclusão Financeira: Uma perspectiva mais profunda sobre consumidores de
crédito sub-atendidosii e não atendidosi”
incluiu uma análise do comportamento de crédito no Canadá, Colômbia, Hong Kong,
Índia, África do Sul e Estados Unidos, bem como uma pesquisa global onlineiii de
consumidores no Brasil, Canadá, Colômbia, República Dominicana, Filipinas e
Estados Unidos.
“O estudo aponta claramente que há uma
parcela grande de pessoas em todo o mundo que não está sendo atendida ou tem
acesso reduzido ao crédito,” afirma Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de
Soluções da TransUnion Brasil. “As pessoas sem crédito muitas vezes não
conseguem ter acesso a produtos e serviços financeiros porque têm pouco ou
nenhum histórico de informações de crédito. Este estudo ajuda a entender melhor
quantas pessoas estão verdadeiramente sendo sub ou não atendidas do ponto de
vista do crédito, ao mesmo tempo em que determina os caminhos para que elas
ganhem mais visibilidade e consequentemente oportunidades de acesso a bens e
serviços.”
A etapa de dados de crédito do estudo
explorou as características e comportamentos das pessoas não atendidas e
sub-atendidas, ao mesmo tempo em que ofereceu informações-chave sobre suas
experiências com crédito. A pesquisa global online, da qual o Brasil faz parte,
reuniu o sentimento dos não atendidos e sub-atendidos. Os não atendidos são
definidos como qualquer pessoa que nunca teve acesso a um produto de crédito
tradicional. As pessoas sub-atendidas têm uma participação de crédito mínima,
limitada a um único tipo de produto de crédito; não mais que duas contas
abertas desse tipo e estão ativas no mercado de crédito há pelo menos dois
anos.
Este estudo excluiu especificamente
recém-chegados ao crédito – pessoas que tiveram acesso ao primeiro produto de
crédito nos últimos dois anos – da população sub-atendida, já que muitos desses
recém-chegados ao crédito tornam-se mais ativos no crédito logo após a abertura
de seu primeiro produto. A pesquisa procurou compreender aqueles que permanecem
sem atendimento ou sub-atendidos durante um período mais longo.
Maioria de consumidores em busca de
novos produtos de crédito
A parte global online dessa pesquisa foi
realizada pela TransUnion com mais de 11.100 consumidores de 18 anos ou mais
para compreender melhor as crenças, atitudes e experiências das pessoas não
atendidas e sub-atendidas com relação ao crédito e que podem influenciar
necessidades e comportamentos.
Os resultados da pesquisa indicaram que,
apesar da falta de experiência de crédito por parte dos consumidores, são
compreendidos os benefícios e riscos do crédito e eles querem manter o controle
de suas finanças. No Brasil, mais da metade (58%) das pessoas sub-atendidas
acredita que sua necessidade de crédito vá aumentar nos próximos três a cinco
anos. Não querer contrair dívidas foi citado por 47% das pessoas não atendidas
e 37% das sub-atendidas como a razão pela qual não assumiram mais crédito, ou
qualquer crédito no caso das não atendidas. A preocupação em perder o controle
das finanças também foi uma razão dada por 31% de consumidores sub-atendidos
por não assumirem mais crédito. Isto implica que a maioria das pessoas está
procurando obter mais acesso ao crédito para suas necessidades financeiras.
Globalmente, o desejo de evitar dívidas foi a razão mais comumente citada para
não querer mais crédito, com exceção do Canadá.
Razão mais comum das pessoas não
atendidas e sub-atendidas para responderem que não queriam crédito / mais
crédito
País |
Não Atendido |
Sub-atendido |
Motivo |
Brasil |
47% |
37% |
Não querem ficar
endividadas (ou mais endividadas) |
Colômbia |
54% |
44% |
|
República Dominicana |
53% |
47% |
|
Filipinas |
53% |
52% |
|
Estados Unidos |
46% |
36% |
|
Canadá |
50% |
46% |
Não precisavam |
Em todo o mundo, as pessoas
entrevistadas pela pesquisa citaram que planejam solicitar crédito em 2022, em
diferentes graus. No Brasil, 41% das pessoas entrevistadas não atendidas –
aquelas sem nenhum produto de crédito – planejam solicitar empréstimo, em comparação
com 39% das pessoas sub-atendidas. A porcentagem de ambos os grupos que
pretendem buscar crédito indica que existe uma real necessidade e interesse em
produtos financeiros. Encontrar maneiras de atender às necessidades desta
grande população de pessoas, ao mesmo tempo em que gerenciam o risco com
prudência, representa uma oportunidade significativa de crescimento para os
credores.
Pessoas entrevistadas com jornadas de
crédito querem melhores ofertas e experiências
Os resultados da pesquisa também
indicaram que 33% de consumidores sub-atendidos no Brasil expandiriam seu uso
de crédito se recebessem melhores ofertas e 20% o fariam se houvesse opções com
menores pagamentos mensais. As altas taxas de juros foram a razão mais comum
tanto para não atendidos quanto para sub-atendidos rejeitarem as ofertas de
crédito, com 33% de cada grupo expressando preocupação com o custo do crédito.
Este foi um tema comum observado em todo o mundo, visto em ambos não atendidos
como sub-atendidos, com residentes da Colômbia, das Filipinas e dos Estados
Unidos, bem como consumidores sub-atendidos no Canadá. Durante a pesquisa, as
altas taxas de juros foram indicadas como uma razão principal para recusar um
produto de crédito oferecido. Na República Dominicana, tanto entrevistados não
atendidos como sub-atendidos indicaram que a principal razão para rejeitar uma
oferta de crédito era que não precisava mais de crédito, o que também era
verdade para residentes não atendidos no Canadá.
Razão mais comum de consumidores sub-atendidos
e não atendidos para não aceitar produto de crédito oferecido
País |
Não Atendido |
Sub-atendido |
Motivo |
Brasil |
33% |
33% |
Alta taxa de juros |
Colômbia |
21% |
26% |
|
Filipinas |
22% |
36% |
|
Estados Unidos |
22% |
26% |
|
Canadá |
18% |
19% |
|
República Dominicana |
28% |
26% |
Não precisavam mais de
crédito |
A experiência do cliente também
desempenhou seu papel nas razões pelas quais as pessoas não atendidas e
sub-atendidas rejeitariam oferta de crédito. O longo processo de aprovação foi
citado como fator de rejeição de oferta de crédito para 14% dos não atendidos e
10% dos sub-atendidos no Brasil. Além disso, 10% dos consumidores sub-atendidos
disseram que rejeitaram as ofertas de crédito porque receberam oferta melhor em
outro lugar.
“Pessoas não atendidas ou sub-atendidas
no Brasil e ao redor do mundo reconhecem e entendem os riscos de se tornarem
superendividadas”, acrescenta Pasqualin. “Elas esperam taxas de juros e
pagamentos mensais acessíveis, assim como experiências mais fluidas. Processos
de aprovação longos ou situações negativas podem levar uma pessoa a recusar
ofertas de crédito. Como o custo do crédito influencia a entrada de novas
pessoas no ecossistema, é importante que as instituições financeiras
desenvolvam e ofereçam produtos que atendam a essas demandas. Além disso, a
experiência agradável para o consumidor é importante para os credores quando se
trata de chegar aos não atendidos e sub-atendidos. Também deve se levar em
conta o processo de identificação deste público e fazer com que a oferta chegue
até essas pessoas.”
Não atendido ou sub-atendido? Pesquisa
confirma níveis variados de satisfação de crédito
Ao comparar o sentimento das pessoas
entrevistadas não atendidas com as sub-atendidas, há uma diferença pronunciada
no nível de satisfação com o volume de crédito atualmente disponível a elas. No
Brasil, 53% das pessoas sub-atendidas estavam satisfeitas ou extremamente
satisfeitas com seu volume de crédito atual, enquanto 35% das pessoas não
atendidas, aquelas sem crédito atualmente, tinham o mesmo nível de satisfação.
Por outro lado, 22% das não atendidas não ficaram nada satisfeitas com seu
nível de crédito, e 13% das pessoas sub-atendidas expressaram insatisfação.
“A promoção da inclusão financeira
começará com uma melhor compreensão das diferentes nuances entre as populações
não atendidas, sub-atendidas e servidas de crédito e o que as faz funcionar.
Por exemplo, o que leva as pessoas não atendidas e sub-atendidas a solicitar
crédito pode variar muito. Os credores usam esses conhecimentos para melhor
atender às necessidades exclusivas desses segmentos e para educar os não
atendidos e sub-atendidos sobre formas de construir e melhorar seus perfis de
crédito. Ao fazer isso, pode ser desempenhado um papel fundamental para ajudar
mais pessoas a se envolverem ativamente no sistema de crédito, impactando
positivamente economias do Brasil e do mundo”, afirma Juarez Zortea, Presidente
da TransUnion Brasil.
Para
mais informações sobre o estudo global da TransUnion, faça o download do relatório
aqui.
Notas
i Não atendido: Consumidores que nunca tiveram um
produto financeiro tradicional contratado.
ii Sub-atendido:
Consumidores que:
- Têm dois anos ou mais de
histórico de crédito e pelo menos uma conta de crédito tradicional em seu
histórico;
- Têm de zero a duas contas de
crédito abertas no momento;
- Contam com apenas um tipo de
produto de crédito.
iii A pesquisa global online da TransUnion
incluiu respostas de 11.128 adultos e foi realizada entre 3 de agosto de 2021 a
5 de janeiro de 2022 pela TransUnion em parceria com o fornecedor de pesquisa
Qualtrics® Research-Services.
Sobre a TransUnion
A TransUnion é uma empresa global de
informações e insights que traz a confiança para que companhias e consumidores
alcancem grandes realizações na economia moderna. Fazemos isso fornecendo
um olhar multidimensional de cada pessoa para que possam ser representadas de
forma confiável e simétrica no mercado, possibilitando maior inclusão
financeira. Como resultado, as empresas e os consumidores podem realizar
transações com confiança, auxiliando na conquista por resultados. Chamamos isso
de Informação para o Bem®.
A TransUnion está há mais de 50 anos no
mercado, com presença em mais de 30 países e em cinco continentes. Opera no
Brasil há 10 anos, desde 2012, com o propósito de Ajudar a Melhorar a Qualidade de Vida
das Pessoas. A companhia cria oportunidades econômicas,
empodera consumidores e apoia centenas de milhões de pessoas em segmentos que
incluem Serviços Financeiros, Seguros, Telecomunicações, Varejo, FinTechs e
Indústrias.
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