Olimpíadas do Conhecimento desenvolvem raciocínio lógico, disciplina e ampliam saberes extraclasse
Medalhistas contam suas experiências nas
competições escolares e como elas são importantes na vida escolar
Bárbara Almeida de Morais já participou somente
neste ano de 11 olimpíadas e conquistou 7 medalhas/Crédito: Divulgação Colégio São Francisco Xavier
Despertar e estimular o
interesse pelo estudo de várias áreas do saber e identificar estudantes com
grande habilidade são alguns dos objetivos das Olimpíadas do Conhecimento,
promovidas por inúmeras instituições no país. Participar dessas competições
escolares ou ganhar uma medalha é um grande feito e pode mudar a vida de um
estudante. Atualmente já é possível, inclusive, alunos medalhistas garantirem
uma vaga em universidades.
O professor Jaime
Carvalho, docente há 14 anos, é um entusiasta dessas olimpíadas e, juntamente
com outros mestres do Colégio São Francisco Xavier (CSFX), em Ipatinga, no Vale
do Aço, vem estimulando os alunos a participarem das competições. “No início, o
nosso objetivo era que o aluno trabalhasse o conteúdo para além da sala de
aula, diversificando tudo o que foi ensinado, mas de outra maneira. À medida
que os resultados foram aparecendo, a proposta ganhou força e eles passaram a se
dedicar ainda mais nessas competições. Hoje temos duas turmas olímpicas e uma
participação recorde”, comenta o professor.
Neste ano,
o CSFX já conquistou 237 medalhas. São 49 de ouro, 44 de prata, 60 de bronze e
84 de
mérito. A instituição ainda aguarda os resultados finais da Olimpíada
Brasileira de Informática, Olimpíada Brasileira de Robótica, Olimpíada
Internacional de Matemática sem Fronteiras e Torneio Meninas na Matemática.
O professor destaca que
o aluno olímpico é versátil e considera suas participações relevantes para a
vida escolar, acadêmica e social. “São disputas que estimulam o aluno a
expandir o conhecimento e a abrir a mente, pois envolvem muito raciocínio
lógico. É preciso dedicação, foco e muita disciplina. Ele ganha muito aprendizado,
além da possibilidade de entrar direto para algumas universidades que destinam
vagas a alunos medalhistas”, reforça.
Dedicação
Aluna do CSFX, Bárbara
Almeida de Morais, de 15 anos, é uma expert em olimpíadas e acumula 22 medalhas
até então. Somente este ano foram 11 participações e sete medalhas
conquistadas, sendo três de ouro: Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA), Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e Olimpíada Nacional
de Ciências (ONC).
Apaixonada por matérias
como ciências, matemática, química e física, Bárbara começou a participar das
competições aos 10 anos e desde então não parou mais. Aluna aplicada e com boas
notas, ela entrou para as disputas estimulada pelos professores e outros alunos.
“Sempre gostei de estudar e de aprender coisas novas. Eu via os alunos
mais velhos participando das competições e fiquei curiosa. Fui me testando e
achando cada vez mais interessante. Os professores também sempre divulgavam as
olimpíadas”, lembra.
A preparação de Bárbara
exige disciplina e foco nos estudos. Ela chega a estudar três horas por dia em
casa e, quando está próxima a uma prova de olimpíada, intensifica mais os
estudos. Para ela, a competição só traz benefícios. “É muito especial. A gente
aprende muito mais, consegue desenvolver o raciocínio lógico. É um vício muito
saudável. Fico feliz pelo reconhecimento do meu esforço. Além disso, tem o
contato com alunos de outros estados”, completa.
A dedicação aos estudos
em Olimpíadas do conhecimento também faz parte da rotina da estudante Luísa
Costa Lage, de 17 anos. Aluna do 2º ano do ensino médio, Luísa conquista
medalhas todos os anos desde os 11 anos, quando começou a participar. Neste
ano, ela competiu em quatro e conquistou duas medalhas, sendo uma na OBA e uma
da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB).
“Sempre gostei de fazer
os exercícios mais difíceis. Estudando para essas competições a gente ganha
conhecimento extra. As provas são diferenciadas, é preciso muito raciocínio e isso,
com certeza, amplia nosso conhecimento. Também fazemos amigos”, frisa.
Daniela Vila dos
Santos, 15 anos, é outro exemplo de dedicação. Aluna bolsista do CSFX, ela tem
se esforçado para elevar seus resultados e conquistar medalhas. No ano passado,
ela foi prata na OBA e, neste ano, a medalha de cristal na ONHB, além de uma
menção honrosa da Olimpíada Canguru de Matemática. “Quero participar de mais
olimpíadas, ganhar experiência para conquistar mais medalhas”, conta.
Evento
No próximo dia 4 de
novembro, o Colégio São Francisco Xavier, unidade da Fundação Educacional São
Francisco Xavier (FESFX), promove uma solenidade de entrega de medalhas a seus
alunos. O evento será realizado no Teatro Zélia Olguim, no bairro Cariru em Ipatinga.
A Superintendente da
Fundação Educacional São Francisco Xavier, Solange Liége Dos Santos Prado,
destaca que o apoio da instituição aos alunos tem sido importante nos
resultados. “Por acreditar que o envolvimento dos alunos nas olimpíadas promove
o desenvolvimento do intelecto social, nós estimulamos a participação do
acadêmico. Investimos em equipe altamente qualificada, em turmas olímpicas e em
todas as etapas das competições. Nossos alunos estão superando desafios e
surpreendendo cada vez mais positivamente nas olimpíadas. Estamos orgulhosos”.
Além do professor Jaime Carvalho, também são responsáveis pelas turmas olímpicas os professores Breno Martins Zeferino (História), Waldir Vilas Boas (Química) e Aloysius Gentil Gonçalves (História).
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