Osteopatia proporciona benefícios no tratamento da saúde mental
Luis Henrique Zafalon*
Dia 10 de outubro é
celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental. O tema, de importante relevância,
conscientiza a população sobre esse grave problema que afeta mais de 300
milhões de pessoas no mundo.
A pandemia do Covid-19
foi determinante para o aumento desse quadro. Segundo a OPAS (Organização
Pan-Americana da Saúde), a pandemia foi responsável pelo aumento
observado de 25% nos casos de pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno
mental, como ansiedade e depressão.
Dados da OMS
(Organização Mundial da Saúde) apontam que o Brasil, antes mesmo da pandemia,
já se mostrava como o país que apresenta os maiores índices de pessoas
com depressão dentro da América Latina.
Os sintomas são
associados a cenários em que a pessoa apresenta pensamentos e sentimentos
negativos, com a perda de prazer e de autoestima. Podem levar a quadros de
isolamento social, insônia, assim como afetar nas tarefas simples do dia a dia,
como estudar e trabalhar.
Considerados como
doenças multifatoriais, os transtornos mentais podem desencadear uma
psicossomatização, ou seja, quando os problemas psicológicos e emocionais
passam a ocasionar dores físicas em algumas partes do corpo em decorrência
dessa mistura de ansiedade interna.
Nesse sentido, a
osteopatia, método de tratamento terapêutico reconhecido pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) entra como um importante aliado na prevenção e promoção
à saúde e para o tratamento da saúde mental.
Com aplicações de
técnicas nos músculos, nervos e articulações, o profissional osteopata
proporcionará não apenas alívio de dores ao paciente, mas mais importante que
isso, promoverá maior equilíbrio do corpo e mente, melhora do sistema nervoso e
das tensões musculares, oriundas dos problemas desencadeados pelos elevados
níveis de ansiedade.
Como os sintomas de
dores e desconfortos podem ter diversas ligações, é aconselhado que o paciente
busque ajuda de um psicólogo ou de um psiquiatra para o diagnóstico preciso e
tratamento adequado que, em alguns casos, será feito com a administração de
medicamentos.
Independente do
diagnóstico, a continuidade do tratamento osteopático é sempre vista com bons
olhos e o acompanhamento em conjunto pode ajudar na recuperação mental do
paciente. Mesmo após a melhora, manter o acompanhamento ajudará a prevenir que
o problema reapareça no futuro, criando técnicas que proporcionarão bem estar e
melhor qualidade de vida.
*Luis Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.
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