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Parcerias viabilizam plano de produção de fibras têxteis de algas vermelhas e impulsionam a economia azul

Matéria-prima oceânica substitui fibras derivadas de petroquímicos não renováveis, com redução do consumo de água e da emissão de CO2, o que também lança perspectiva para o mercado da moda sustentável

O ano de 2022 está marcado pela conquista de incentivo para a realização de testes de uso, em escala industrial, de uma nova fibra têxtil orgânica, feita a partir de algas vermelhas do tipo Rhodophyta, fartamente encontrada no Nordeste brasileiro. Descoberta pela estilista Thamires Pontes, também CEO da startup de biotecnologia, Phycolabs, esta fibra apresenta bons resultados em resistência e tingimento.

Sobretudo, falamos de um invento que estimula a economia azul, por utilizar algas marinhas como matéria-prima, e segue a tendência de práticas sustentáveis, especialmente no mercado da moda, que é o segundo mais poluente do mundo, também responsável por 35% dos microplásticos dos oceanos e quase 10% de todo o carbono emitido.

De olho neste movimento, o Sebrae integrou a iniciativa ao Projeto Catalisa ICT, e o Senai fechou uma parceria com a Phycolabs, tornando-se agentes de fomento à evolução da referida descoberta científica ao empreendedorismo.

O passo determinante para a viabilização do Projeto Fibras Têxteis Biodegradáveis se deu por intermédio do pesquisador Rodrigo Cano, do Senai, que o apresentou ao geneticista molecular, inventor e empresário, Dr. Scott Fahrenkrug. 

Especialmente por ser um dos principais investidores, no Brasil, em busca de soluções sustentáveis, principalmente de produtos que têm algas como matéria-prima, em setembro, o Dr. Scott tornou- se investidor da startup.

No contexto em que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o período de 2021 a 2030 como a década do Oceano, ou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a descoberta ainda faz com que o Brasil seja um dos protagonistas para tornar o oceano saudável, produtivo e explorado de forma sustentável.

Logo, todo o planeta se beneficia com a descoberta de Thamires Pontes, e as futuras gerações agradecem pelas perspectivas promissoras de transformar a indústria da moda por meio da economia azul, fundamentada pelo equilíbrio ao utilizar os recursos oceânicos, de forma que não sejam esgotados, o que ainda favorece o desenvolvimento econômico e melhores meios de subsistência e empregos.

Para saber mais sobre as tecnologias à base de algas da Phycolabs, acesse: www.phycolabs.com.

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