Singularidades inaugura Centro de Pesquisa Aplicada
Ensino, Pesquisa e Extensão são os três pilares indissociáveis e
obrigatórios do ensino superior e estão inscritos na Constituição brasileira.
Referência no ensino de Pedagogia e Letras e com vários cursos de extensão
inovadores, o Instituto Singularidades está inaugurando agora um Centro de Pesquisa Aplicada em Práticas
de Ensino e Formação Docente.
O foco de pesquisa do novo Centro de Pesquisa do Singularidades é
a escola, a sala de aula e a formação das professoras. Haverá também pesquisas
com escolas parceiras das redes públicas e privadas, um esforço de divulgação
de pesquisas internacionais e ainda a produção de um podcast para informar e
debater os principais temas do universo da educação.
A professora Barbara Born, coordenadora de pesquisa do
Singularidades e responsável pelo Centro, diz que o objetivo é realizar
pesquisas rigorosas metodologicamente e estruturadas com recortes temáticos que
efetivamente apóiem a melhoria dos processos educacionais. "Nosso foco é a
escola, a sala de aula e a formação inicial e continuada das professoras. Vamos
pesquisar os elementos mais sistemáticos, estruturais e científicos das
práticas em sala de aula e da preparação dos professores ", explica
Barbara, graduada pela PUC, mestre pela USP nas áreas de avaliação e currículo,
mestre e doutoranda em educação internacional comparada e formação de
professores pela Universidade de Stanford (EUA).
Ela afirma que as pesquisas sobre educação no Brasil
tradicionalmente se situam em dois segmentos: em departamentos das faculdades
de educação, com abordagens de temáticas mais amplas, como por exemplo as
políticas de financiamento, infraestrutura e contextos sociológicos, e estudos
etnográficos com enfoque em casos específicos. Na economia, existem muitos
estudos que olham para o impacto de intervenções educacionais específicas.
"O Centro de Pesquisa do Singularidades se situa no meio do caminho; vamos
olhar para a realidade da escola e saber, por exemplo, o que o professor faz
para ensinar matemática para o aluno do sexto ano, quais são as estratégias de
gestão de sala de aula que fazem com que os alunos se engajem mais na
aprendizagem, como preparar o professor na formação inicial e continuada,
investigando a fundo os mecanismos por trás desses processos, mas ao mesmo
tempo incorporando elementos da pesquisa quantitativa para entender o quanto
desses processos é generalizável", diz.
O Centro de Pesquisa já nasce com várias iniciativas
investigativas. Uma delas é a pesquisa sobre o programa Escola
Formadora do Singularidades, no qual alunos de pedagogia atuam em estágio
nas escolas parceiras das redes municipais de ensino. "O Centro vai
investigar como está sendo feita a aplicação destes estágios, por meio de
entrevistas, análise documental e outras estratégias que nos permitam
documentar e compreender esse programa”, afirma Bárbara.
Outra parceria é com o Movimento Profissão Docente, que reúne
educadores, gestores das redes de ensino e organizações da educação para
idealizar políticas docentes que garantam profissionais preparados, motivados e
com boas condições de trabalho. "Estamos desenvolvendo um desenho de
estágio supervisionado e um plano de ação no qual as redes de ensino recebem o
estagiário e uma mentoria dos professores que vão acompanhar o estagiário”,
explica a coordenadora do Centro de Pesquisa do Singularidades.
Segundo ela, a ideia é conceber um modelo teórico, um desenho de
intervenção, para futuramente avaliar a implementação da proposta por meio da
coleta de dados e descobrir quais instrumentos são eficientes na formação dos
professores. "Vamos desenhar instrumentos para coletar informações, como
por exemplo um portfólio que o aluno vai construindo ao longo da licenciatura e
as evidências da aprendizagem com estes registros", afirma.
Outro braço do Centro de Pesquisa do Singularidades é a divulgação
científica. O objetivo é levar até o professor as melhores pesquisas sobre
as práticas de ensino e formação docente. "Existem muitas pesquisas de
qualidade no Brasil e no exterior publicadas em revistas acadêmicas nas quais
os professores não têm acesso. Vamos traduzir este conteúdo que está na
fronteira do conhecimento e mostrar para o professor como estes estudos têm
relação com a sua prática em sala de aula", detalha Bárbara.
Dentro desta iniciativa, se inserem vários seminários e cursos que
o Singularidades está organizando. Em março, o Singularidades e o escritório
brasileiro do David Rockefeller Center for Latin American Studies da
Universidade de Harvard promoveram o seminário gratuito "Como engajar
estudantes e promover aprendizagem em profundidade no contexto pós-pandêmico?”
Agora em outubro, o Singularidades e a Universidade Diego Portalez (UDP) do
Chile vão promover o webinário internacional
também
gratuito "Brincar,
Experimentar, Aprender: Um Olhar Sobre Práticas Pedagógicas Na Educação
Infantil".
Até o final do ano, o Centro de Pesquisa do Singularidades vai lançar um podcast exclusivo para divulgar seus estudos e debater o cenário da educação no Brasil e no mundo. "Vamos traduzir para os professores estas pesquisas sobre como os alunos aprendem e as estratégias de avaliação formativa em uma linguagem que seja acessível. São conteúdos para o professor conhecer e aplicar nas suas práticas em sala de aula. Queremos tornar mais amplo o debate público sobre a formação docente”, afirma Bárbara Born.
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