A origem milenar das caixas de papelão
Cícero Mário*
Muito comum no dia a
dia das pessoas, as caixas de papelão embalam praticamente tudo que vai e vem.
Sinônimo de cuidado, esse instrumento tem o propósito de guardar objetos ou
proteger algo que eventualmente seja transportado. A indústria trabalha com
papelão das mais variadas formas, transformando-o e deixando-o útil para muitas
aplicações, essenciais para a vida das pessoas e para os negócios das empresas.
Historicamente, tudo
começou na China. Durante o primeiro e segundo séculos aC, foram esboçadas as
primeiras caixas de papelão. Para a produção da folha de papelão, os chineses
da Dinastia Han usavam folhas de casca de amoreira tratada, cânhamo, tecido,
fibra vegetal misturada com água e feita em uma pasta. Depois de misturado, a
polpa formada era espalhada em uma moldura e prensada com itens pesados. O
cartão, como era denominado, era usado para embrulhar e conservar alimentos.
Muito tempo depois, em
1817, o industrial britânico Sir Malcolm Thornhill introduziu caixas de papelão
simples na Grã-Bretanha, onde a comparação com as caixas de papelão de
transporte que vemos atualmente não existia. Ainda neste ano, na Alemanha,
criou-se o mesmo produto para embalagem. Em ambos os casos, tratavam-se de
materiais lisos e sem ondulações.
Mas foi somente em
1856, na Inglaterra, que os inventores britânicos Edward Allen e Edward Healey
finalmente criaram o papelão, numa versão menos ondulada do que conhecemos
atualmente, e com a finalidade exclusiva de ser um material de forro para
chapéus altos.
Já em 1871, o americano
Albert L. Jones conseguiu a patente para o uso do papel de material mais crespo
e revestido de todos os lados, servindo para empacotar e transportar materiais
delicados, como garrafas. Jones ficou conhecido como o “pai do papelão”.
Três anos depois, o
americano Oliver Long fez uma importante descoberta, constatando que uma folha
plana colada ao papel ondulado mantinha sua forma e aumentava a resistência –
batizada como face simples.
A partir daí, o mundo
já protagonizava autores de evoluções no mundo do papelão. Em 1890, o escocês
Robert Gair fabricava sacolas de papel no Brooklin. Há vinte anos na profissão,
acidentalmente, uma régua que frisava os sacos deslocou-se e passou a
cortá-los. Dessa forma, descobriu-se que por corte e vinco em uma mesma
operação poderia fazer caixas pré-fabricadas de cartão. Subitamente, conclui-se
que peças planas fabricadas em massa, uma vez dobradas, se tornariam caixas.
O incidente – que se
tornou ideia – ganhou proporção e se estendeu para o papelão ondulado, sendo
viabilizada a produção industrial de caixas de papelão padrão, encostando no
século XX.
O papelão é uma
invenção milenar que nunca sai de moda. Para a indústria, manter-se num mercado
altamente competitivo requer mais que experiência. Um parque industrial
moderno, uma logística eficaz somada ao cumprimento do prazo de entrega confere
a garantia de satisfação de clientes e fornecedores.
*Cícero Mário é diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão. deltacaixaspapelao.com.br
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