AASP e IASP trouxeram a advocacia e o Judiciário para dialogar sobre demandas conjuntas
Na parte da manhã de evento realizado nessa
sexta-feira (25/11), advogadas, advogados e representantes do Judiciário se
dedicaram ao debate de dois temas importantes
A Associação dos Advogados de São Paulo
(AASP) realizou, na manhã desta sexta-feira (25/11), o evento “Diálogos da
advocacia com o Judiciário”, uma iniciativa conjunta com o Instituto dos
Advogados de São Paulo (IASP). O presidente da AASP, Mário Luiz Oliveira da
Costa, e o presidente do IASP, Renato de Mello Jorge Silveira (IASP),
anfitriões do evento, receberam na abertura a presidente da OAB-SP, Patrícia
Vanzolini, a vice-presidente do TRT2, Maria Elizabeth Mostardo Nunes, o
presidente do MDA, Eduardo Perez Salusse, o secretário do SJC, Fernando José da
Costa, a presidente do SINSA, Gisela da Silva Freire, e o presidente nacional
do CESA, Gustavo Brigagão.
O presidente da AASP, Mario Oliveira,
destacou a união e alinhamento das entidades coirmãs e o enfrentamento conjunto
das dificuldades comuns a todos. “O nosso intuito é termos uma integração e um
diálogo ainda maior entre a advocacia e o Poder Judiciário, para que possamos,
juntos, discutir os problemas que interferem no exercício da magistratura e da
advocacia”, afirmou. Para Renato Silveira, do IASP, as transformações ocorridas
durante a pandemia trouxeram e ainda trarão grandes consequências para a
advocacia. “O mundo da advocacia passou, neste período de pandemia, do
analógico para o digital. Essa mudança proporcionou ganhos, mas também
acarretou muitas perdas, que devem ser pensadas e analisadas de maneira
adequada por todos os envolvidos, para a busca conjunta de soluções adequadas”,
disse o presidente do IASP.
Após a abertura, o tema colocado em
debate foi “Urbanidade no exercício dos atos processuais”, que contou com a
moderação da advogada Marina Pinhão Coelho Araújo, para quem o assunto consiste
em um marco para o início dos diálogos. “A urbanidade não é um ato simples. É
uma questão de critérios. E temos que discutir como nós, da advocacia e do
Judiciário, podemos usá-los em casos graves”, disse ela. Para a procuradora da
Fazenda Nacional, Juliana Furtado Costa Araújo, atuante na área de direito
tributário e contencioso, o destaque como divisor de águas dentro da advocacia
e do Judiciário, na questão tratada, foi a chegada do novo Código de Processo
Civil (CPC), que trouxe a possibilidade de negociações processuais que até
então não existiam. “A sustentação oral existe para dar voz à advocacia e às
partes”, segundo Juliana Araújo. Ela ponderou que a pandemia ocasionou
benesses, como a possibilidade de trabalhos virtuais, mas ressalvou que o
trabalho presencial proporciona uma cooperação mais afetiva e efetiva. Na
visão do vice-presidente do TJSP, Guilherme Gonçalves Strenger, a urbanidade é
algo natural no convívio social “A urbanidade é um dever e uma obrigação moral
de todos nós cidadãos”, finalizou.
No final da manhã, o tema tratado foi
“Desafios do trabalho remoto – audiências e julgamentos virtuais”. Nesse
painel, a moderação foi realizada pela advogada Paula Lima Hyppolito dos Santos
Oliveira, que considera este um dos assuntos mais espinhosos para advocacia
atualmente. O corregedor do TJSP, Fernando Torres Garcia, ressaltou que a
agilidade e os investimentos ao longo dos anos em tecnologia tornaram o
trabalho remoto possível e, além disso, proporcionaram um aumento de produtividade.
“Nós devemos conservar o trabalho telepresencial, tendo em vista a alta
produtividade alcançada neste modelo”, assinalou. Para o advogado Rui
Celso Reali Fragoso, a pandemia acelerou alguns processos, como as audiências
telepresencias e o trabalho remoto. Porém, ressaltou que, para o advogado,
alguns detalhes devem ser acertados principalmente nas cortes superiores. “Os
advogados e os magistrados devem buscar maneiras de saber o que é justo e
pertinente para a sustentação oral e encontrar formas objetivas para viabilizar
os procedimentos jurídicos”, comentou Fragoso.
Além dos citados, também participaram
dos painéis: Paulo Dias de Moura Ribeiro, ministro do Superior Tribunal de
Justiça (STJ); Roberto Mac Cracken, desembargador do TJ-SP; Renato Cury,
ex-presidente da AASP; Carlos Eduardo Delgado, desembargador federal do TRF3; e
Claudio Henrique Ribeiro Dias, procurador da PGE-SP.
AASP
Fundada há 79 anos, a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) conta
com aproximadamente 80 mil associadas e associados em todo o território
nacional, tendo por principal missão potencializar e facilitar o exercício
da advocacia. São diversos produtos e serviços de excelência, como cursos
sobre os mais relevantes temas jurídicos, intimações on-line, revistas e boletins
periódicos, clipping diário de notícias, avançado sistema de pesquisa
de jurisprudência, modernos programas de gerenciamento de processos e do
próprio escritório, emissão e renovação de certificado digital, entre
outros
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