Aproveitamento de resíduos e uso de tecnologias são valorizados nos confinamentos em GO e MG visitados pelo Confina Brasil
A Scot Consultoria finalizou as
atividades de campo do Confina Brasil 2022 e, nessa última semana de estrada, a
expedição passou por 17 propriedades de Goiás e Minas Gerais, de 24 a 28 de
outubro, coletando informações importantes sobre a pecuária intensiva. Duas
equipes compostas por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e
zootecnistas visitaram diferentes municípios dos dois estados e identificaram
preocupação especial com a produção sustentável e o uso de tecnologias para
melhorar a eficiência dos projetos de terminação.
Uma das primeiras visitas foi
ao confinamento São Geraldo, do Grupo Valim, em Rio Verde (GO), que tem cinco
propriedades de agricultura e pecuária. O melhoramento genético dos animais é
uma das prioridades do grupo, que trabalha com as raças Angus e Nelore. “Eles
utilizam animais de boa qualidade genética, priorizando a precocidade e a ótima
conformação frigorífica”, informa Hugo Mello, engenheiro agrônomo e analista de
mercado da Scot Consultoria.
Além disso, a propriedade
realiza Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e, para dar descanso à pastagem, é
feito o “sequestro” dos animais, levando-os ao cocho, para que no período das
chuvas a pastagem consiga brotar com abundância.
A sustentabilidade é um dos
principais focos de agricultores e pecuaristas do Brasil. Um exemplo visitado
pelo Confina Brasil é a fazenda Primavera, de Hidrolândia (GO). Uma de suas
iniciativas é a parceria com o Agro Visão para destinar 100% dos dejetos
produzidos pelos animais à adubação das pastagens.
Hugo Mello explica que “a
fazenda Primavera usa o boi como produtor de esterco e misturador do pó de
rocha e do gesso, por meio do pisoteio natural que ele faz ao caminhar pelo
ambiente. Para isso, os pecuaristas jogam o pó e o gesso antes
da entrada dos animais no curral. Com esse projeto sustentável, há a produção
de cerca de 5 mil toneladas de adubo por ano.”
Outra fazenda que dá grande valor
ao pilar sustentabilidade é a Agropecuária Sete Léguas, em Rio Verde (GO). A
propriedade investe em bovinos, aves e suínos e maneja todos os resíduos, como
cama de frango e os dejetos dos animais, encaminhando-os à lagoa de decantação.
Os resíduos passam por enriquecimento, principalmente de potássio, já
que as fezes de suínos e a cama de frango possuem grande concentração de
fósforo.
Todos os resíduos naturalmente
produzidos pelos animais são reutilizados no momento do plantio de grãos e nas
áreas de pastagens. Dessa forma, a propriedade reduz custos com fertilizantes,
além de melhorar seus índices econômicos e de cuidar do meio ambiente, evitando
sua contaminação.
O confinamento utiliza balança
e tronco da Coimma – empresa líder no mercado de troncos e balanças para
pecuária –, possui caminhão forrageiro da Casale e utiliza produtos
nutricionais da Cargill Nutrição Animal (Nutron), todos patrocinadores “ouro”
do confina Brasil.
Pecuária 4.0 – A tecnologia é a principal responsável
pelo avanço da produtividade em diferentes áreas. Na pecuária, não é diferente.
Cada vez mais empregada, a inovação colabora com a tomada de decisão do
confinamento Agro Ávila, de Jandaia (GO). “Identificamos e utilizamos diversos
dados que influenciam na correta tomada de decisão. É feita gestão em tempo
real de todos os processos realizados, desde a limpeza dos bebedouros até o
fornecimento da dieta. Para isso, são usados softwares próprios e de
prestadores de serviços”, conta Hugo Mello, da Scot Consultoria.
O uso dessas tecnologias colabora com o sucesso do negócio. Nesse ano, o
confinamento foi reconhecido pela qualidade de sua carne, com o prêmio “Carne
Angus Certificada”. “O
objetivo é a produção de animais F1 Angus. Todos são
adquiridos em desmame, depois recriados a pasto, sequestrados na seca e
terminados no confinamento”, completa Hugo.
A tecnologia em pesagem é destaque do confinamento Santa Fé, de Santa
Helena de Goiás (GO). Para
pesar os 40 mil bovinos terminados, a propriedade instalou mais de 200 balanças
inteligentes no meio dos currais. Sempre que o animal se desloca para
hidratação ou alimentação no cocho, automaticamente passa pela pesagem. Por
dia, cada animal é pesado 12 vezes, em média, o que reduz a possibilidade de
erro no processamento das informações.
Atualmente, está em andamento o
desenvolvimento de um aplicativo que facilita o acesso às informações pelo
pecuarista com boiada na propriedade (sistema boitel), como nota fiscal e saúde
geral dos bovinos. Além disso, caminhões da Casale fazem parte da frota do
confinamento.
O Confina Brasil tem
apoio de importantes empresas. Na categoria de montadora, a expedição tem
parceria com a Mitsubishi. São patrocinadores
"Ouro": Casale, Coimma, Elanco, FS Bioenergia, iRancho, Nutron e UPL.
No patrocínio
"Prata", estão Associação Brasileira de Angus, Reenergisa e Zinpro. Embrapa, Hospital de Amor e Associação Nacional da Pecuária de
Corte (ASSOCON) são parceiros institucionais.
Para acompanhar essa jornada e testemunhar histórias incríveis, acesse nosso blog através do site confinabrasil.com e o Instagram @confinabrasil.
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