Como o BIG DATA tem transformado o setor varejista?
Por Janaíne Nascimento
Quando falamos em Big Data, nos
referimos a um conjunto de dados, estruturados ou não. A partir de sua análise,
os computadores podem descobrir padrões e fazer associações úteis que ajudam a
conduzir negócios para tomadas de decisão mais assertivas, reduzindo
drasticamente as chances de qualquer prejuízo.
O Big Data faz parte da rotina de cada
um de nós. Até aqueles que não percebem ou não entendem profundamente sobre o
assunto, estão acessando e gerando um grande volume de dados a todo instante.
Atualmente, são criados 2,5 quintilhões de bytes de dados todos os dias,
segundo um levantamento da Seed
Scientific.
Ainda assim, o Relatório de Governança e
Empoderamento de Dados de 2022, da Quest Software, com apoio do Enterprise
Strategy Group (ESG), mostra que mais da metade dos dados de 42% das empresas
são inacessíveis. Por outro lado, a mesma pesquisa identificou que, ainda que
diante da dificuldade de acesso, 41% dos entrevistados sabem que a tomada de
decisões depende de referências precisas e confiáveis, provenientes desses
dados ocultos.
Os dados, quando estruturados, se
transformam em informações. Ao analisá-las, podemos traçar estratégias
competitivas, capazes de diminuir riscos, aumentar acertos e apontar para
escolhas mais objetivas. Aqui no Brasil, a ciência de dados ainda dá os
primeiros passos, e esse é o momento de começar a utilizar esse volume de dados
para otimizar a resolução de demandas que não conseguíamos resolver antes, ou
que eram resolvidas de forma superficial.
O setor varejista tem ao seu alcance,
mais do que nunca, o que é preciso para entender o comportamento e as
necessidades dos consumidores. Com o auxílio dos algoritmos, será mais fácil
oferecer serviços e produtos que atendam a essas demandas.
Além da digitalização do processo manual
de busca por informações e da aplicação dos dados para projeções de consumo e
market share, é possível usar esses dados para acompanhar o histórico de um
determinado e visualizar tendências do mercado. Uma análise preditiva entra em
ação. Com o Big Data isso se tornou possível.
De acordo com as mudanças no comportamento
dos consumidores, as informações vão evoluindo e as análises se tornam ainda
mais precisas. Vale lembrar que, normalmente, os dados são associados com
outros dados para que uma informação seja resgatada. Entendemos que o dado só é
rico se associado com diversas fontes.
Hoje, as marcas podem utilizar múltiplas
fontes de dados para identificar, por exemplo, a última moda entre seu
público-alvo, e assim, entender não apenas quais são os melhores produtos a
serem oferecido, mas também qual a melhor forma de ordená-los, de vendê-los, e
de desenvolver novas estratégias de produção e estocagem. Essas informações são
aplicadas conforme as demandas do negócio, e podem gerar insights, seja na área
de marketing, comercial, ou Business Intelligence.
Toda empresa gera um grande volume de
dados, basta estruturá-los. A frase do matemático e empresário britânico, Clive
Humby, originalmente em inglês, "Data is the new oil", destaca a
importância de aplicar a inteligência proveniente de dados. As organizações
estão sentadas sobre verdadeiros poços de petróleo: informações, que se
tratadas da forma correta, revelam grandes oportunidades.
*Janaine Nascimento - CEO da Hoff Analytics, possui graduação em Administração com ênfase em finanças pela Esamc Sorocaba, com especializações em MBA com ênfase em Recursos Humanos e em Ciência de Dados pela USP/Esalq. Rotariana envolvida com clube dedicado à prestação de serviços, buscando resolver problemas reais da comunidade.
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