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Início da COP 27: precisamos repensar os hábitos de consumo para ajudar na preservação do meio ambiente

A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas acontece de 6 a 18 de novembro, no Egito

Começou nesse domingo, dia 6, e vai até 18 de novembro de 2022, no Egito, a vigésima sétima Conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 27. O encontro reúne representantes de 196 países que assinaram o acordo de Paris, que prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa.

Você já pensou que os seus hábitos de consumo podem prejudicar o meio ambiente e trazer consequências graves ao nosso planeta?

Os recursos do nosso planeta não são infinitos, mas a capacidade dos seres humanos em usá-los, sim. Se pensarmos que são os nossos hábitos de consumo que mais prejudicam a natureza, fica claro que já está mais do que na hora de adotarmos hábitos sustentáveis, ecológicos e conscientes em nosso dia a dia. 

Reciclar é algo conhecido e aprovado por todos, mas infelizmente praticado por poucos, é o que mostra o último Diagnósticos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil; o país gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo todos os anos e recicla menos de 4%.

Mais de 70% dos brasileiros não separam o lixo comum do reciclável, de acordo com levantamento do Ibope, em parceria com a Abrelpe e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Nesse cenário, você já pensou que a nossa alimentação também traz grandes impactos para o planeta e com atitudes e escolhas simples é possível causar baixo impacto ambiental?  Já parou para pensar a quantidade de árvores cortadas para o fornecimento de lenha para aquelas deliciosas, saborosas e irresistíveis pizzas assadas no forno a lenha? 

Segundo estudo realizado por pesquisadores do IAG-USP, em colaboração com diversos grupos de pesquisa no Brasil e no exterior, há mais de 11 mil pizzarias só em São Paulo, a segunda cidade que mais consome pizza no mundo, atrás apenas de Nova York.

Aproximadamente 80% desses estabelecimentos queimam lenha, principalmente eucalipto, para produzir cerca de 1 milhão de pizzas por dia. A quantidade média de lenha usada pelas pizzarias na cidade é de 48 toneladas por ano. Esse número soma um total de 7,5 hectares de floresta de eucalipto queimados por mês e 307,2 mil toneladas de madeira incinerada, concluiu a pesquisa.

Mas existe uma solução adotada pela maior rede tradicional de pizzarias do Brasil, a Patroni. Fundada em 1984 por Rubens Augusto Júnior, o negócio era familiar e rapidamente tornou-se uma das maiores redes de franquias do setor de alimentação do país. Com 225 unidades em operação no país e uma nos EUA, em Miami, sempre teve entre seus pilares a preocupação com o meio ambiente.

Na época, as unidades da rede usavam lenha convencional, mas Rubens se deparou com uma curiosidade: a madeireira que fornecia a lenha precisava dar uma finalidade para o pó de serra que sobrava da madeira, que até então ia para o lixo. Depois de uma série de testes e tentativas, juntamente com o dono da madeireira conseguiu chegar a um formato de briquete adequado, também conhecido como lenha ecológica produzida com material 100% reciclado e classificada como ecologicamente correta pelo IBAMA.

Com essa mudança, a Patroni já deixou de desmatar uma área do tamanho da Grande São Paulo, cerca de 125 mil toneladas de madeira. ”Mais do que ter um negócio é preciso pensar na continuidade do legado que estamos criando, o que deixaremos para as próximas gerações”, diz o diretor de marketing, Rafael Augusto.

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