Não decidir também é uma decisão
Não decidir também é uma decisão -
Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional -
Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
O título deste artigo é inspirado em uma
frase que li, dia desses, atribuída ao baterista Neil Peart, da banda canadense
Rush, que também é escritor. Pode parecer óbvia, mas traz em si um punhado de
reflexões a serem feitas. Como empreendedor, falando para empreendedores, eu
digo, complementando Peart: quando você não decide, automaticamente está
decidindo pela inércia, a inação e o atraso. Ou seja, quem se furta a tomar
decisões está “deixando a vida passar”.
Tomar decisões é um fato corriqueiro da
vida. A todo tempo estamos escolhendo, desde a cor da camisa que vamos vestir
até, por exemplo, coisas que nem percebemos como escolhas, como levantar da
cama para trabalhar ou escovar os dentes. No âmbito profissional, também é
necessário tomar decisões, estas, por vezes, mais sérias e “importantes”, uma
vez que podem influenciar na carreira ou nos negócios, com impactos até
financeiros. E é aí que entra a reflexão principal que trago neste texto: é
preciso saber decidir e decidir bem. Negar-se a escolher, por medo, indecisão
ou insegurança, é tão nocivo quanto – ou até mais que – fazer uma má escolha.
Reflitamos: ao errar em uma decisão, ao menos você aprende e pode não retomar
aquele erro; não decidir, no entanto, é não sair do lugar, não traz nenhum tipo
de mudança ou evolução.
É bem verdade que tomar uma decisão pode
parecer um processo complicado, mas há técnicas que ajudam a simplificá-lo. Há
quem pense que ter menos opções ajuda a escolher mais facilmente. Isso pode até
parecer certo, mas, tendo apenas duas opções, por exemplo, você deixa de
avaliar outras possibilidades mais criativas e completas. Já com três ou quatro
alternativas, você tem mais parâmetros para avaliar a situação e mais
possibilidades de atuação. O importante é avaliá-las de forma prática,
separando as que não parecem boas. Com o tempo, fica mais fácil reconhecer
padrões nas decisões que você precisa tomar, situações que se repetem, o que
abrevia o tempo de escolha. Há que sempre se ter em mente: o que pode resultar
em melhorias ou progresso? Seguir nesse caminho é um indicativo de
sucesso.
Não há para onde correr: fazer escolhas é uma das ações mais comuns no dia a dia, ao mesmo tempo que pode ser uma das mais indesejadas ou difíceis. Não há por que, no entanto, torná-la um martírio. Tudo fica mais fácil quando se tem um objetivo muito claro em mente, seja na carreira, seja nos negócios, seja na vida pessoal. Essa orientação vai guiar as decisões na direção correta. O que não se pode é deixar de escolher, posto que essa falta de atitude trará, fatalmente, prejuízos, ou, no mínimo, a estagnação. E ninguém deveria ficar parado apenas pela incapacidade de tomar uma decisão.
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