O aquecimento do mercado para a Copa do Mundo
Por
Daniella Doyle*
A expectativa para a Copa do Mundo do
Catar está cada dia mais alta em nosso cotidiano. O evento, que tem início no
dia 20 de novembro, promete capturar a atenção de cerca de 86% do povo
brasileiro, segundo dados levantados pela Google e pelo Offerwise. E, como era
de se esperar, as grandes marcas irão aproveitar essa audiência para engajar os
fãs de futebol de uma forma eficaz ao longo da competição.
Já vimos em edições anteriores, grandes
marcas realizando comerciais e ações memoráveis para a ocasião, como a Coca
Cola, Nike, McDonalds, e tantas outras. Neste ano o foco deverá ser no digital,
principalmente com ações envolvendo os influenciadores que estão em alta no
momento. A exemplo disso temos o contrato recente do fenômeno Casimiro com o
McDonalds. Essa percepção é confirmada por meio de uma pesquisa realizada pela
Nielsen, que aponta que cerca de 80% dos torcedores acompanham partidas de
futebol utilizando duas telas, seja um celular ou um computador.
Diversas oportunidades de negócios
surgem para o comércio neste cenário. Vale ressaltar que a copa do mundo, nesta
edição, acontecerá em uma data muito próxima de datas importantes para esse
segmento, no caso, a Black Friday e o Natal, além de acontecer durante o verão.
A procura por produtos específicos para essas ocasiões se mesclam com a
realização do evento esportivo.
Sabemos como os gigantes do mercado
devem se comportar, mas e os varejistas de menor expressão? Especialistas do
Google mapearam que há duas agendas que o consumidor deve se atentar: a de
jogos e a de celebrações. Ambas andam em conjunto e representam momentos chave
para que o varejista se conecte com o consumidor.
Há quatro momentos de compras dentro das
categorias. O primeiro momento é relacionado ao perfil de pessoas que devem
receber visitas para acompanhar os jogos, então, o foco são itens voltados para
a casa, como sofás e televisores. Depois, o consumidor irá se preocupar em seus
serviços, como pacotes de TV por assinatura e planos de internet estáveis e que
não oscilem durante os jogos.
Após isso, temos os momentos voltados
para o desembolso mais rápido, onde de fato temos a busca por artigos voltados
diretamente para o evento, como camisas da Seleção Brasileira, artigos
temáticos de festa, decoração e etc. E o último momento é voltado para o setor
alimentício, onde os torcedores buscam comidas para acompanhar os jogos.
Os empreendedores devem ficar atentos a
estas jornadas que, diga-se de passagem, já estão acontecendo Estratégias de
marketing e ações devem ser pensadas para ontem. Grande parte dos varejistas,
por exemplo, já se anteciparam para deixar tudo em ordem com a aproximação da
data, preparando ofertas e diversas outras ações de negócio.
Uma dica importante é prestar atenção no
perfil daqueles que irão acompanhar os jogos. A Copa do Mundo possui um alcance
enorme. Não tratam-se apenas dos fãs de futebol que costumam acompanhar
religiosamente uma equipe durante os torneios anuais que irão estar conectados
à Copa, mas também aquelas pessoas que são tomadas pelo espírito da festa e
que, muitas vezes, não têm o hábito de acompanhar o esporte.
Saber conversar com estes dois espectros
é essencial para as marcas e varejistas de menor expressão no mercado. Dessa
forma, muitos deles conseguirão utilizar o momento para crescer e se posicionar
melhor. Um ditado popular no futebol diz que o time que não marca, acaba
sofrendo um gol. Então, sendo assim como no esporte, não se deve desperdiçar
oportunidades de ouro para matar o jogo.
Daniella Doyle é head de Marketing do Bling, sistema de gestão da Locaweb Company. Com vasta experiência em cargos de gerência ao longo da carreira, Daniella tem especialização em Gestão de Mídias Digitais e Inteligência de Negócios, Comunicação Interna para Relacionamentos Estratégicos e Gestão Estratégica de Marketing, entre outros. Hoje é responsável pela gestão de desempenho, marketing de produtos, marketing de crescimento, branding e marketing digital do Bling.
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