O futuro das finanças corporativas é feminino
O especialista em finanças pessoais, João
Victorino, destaca como as mulheres podem e, muito provavelmente, vão liderar o
mercado financeiro no Brasil
São Paulo, novembro de 2022 - Ao analisar o atual cenário econômico do
Brasil, João Victorino,
administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, percebeu que o
futuro das finanças corporativas será ainda mais feminino do que hoje. “É
nítido como a decisão de investir é feita mais racionalmente pelas mulheres do
que pelos homens, isso se dá ao fato de não ter medo de consultar pessoas
especializadas no que diz respeito ao mundo dos investimentos”, explica o especialista.
Segundo dados da B3, o primeiro
investimento da mulher é muito maior do que o dos homens. Ainda segundo a
pesquisa, das mais de 350 mil mulheres que começaram a investir no ano de 2020,
apenas 10% interromperam sua jornada após seis meses, e com os homens o índice
de desistência chegou a 17% no mesmo período, ou seja, 70% maior. “Estes
números mostram que as escolhas masculinas, muitas vezes, não foram as mais
adequadas ao cenário econômico do momento, entendendo que os homens procuram
menos apoio especializado do que as mulheres”, comenta João.
“Estudando estes elementos, podemos
inferir que as mulheres aportam uma quantia maior em seu primeiro investimento,
comparado aos homens, por realizarem um processo de análise de maneira mais
detalhada e serena, conseguindo se programar para cenários adversos que
eventualmente surjam pelo caminho”, ressalta Victorino.
A mudança no mundo dos investimentos
acontecerá em um futuro próximo, e como o aumento do número de mulheres neste
setor tende a crescer e a ter o maior acesso a informação confiável e de
qualidade, proporcionando maior sensação de segurança e conforto às recém
chegadas neste mundo. “Basta observar a evolução que o mercado de capitais
apresentou nos últimos anos, deixando claro que a facilitação do acesso a este
ambiente se mostra benéfica para toda a sociedade”.
No que tange a remuneração média das
mulheres, de acordo com os dados do IBGE, o salário
delas é 20% menor do que o dos homens no Brasil. Por isso, é fundamental lutar
pela igualdade salarial, bem como pela inserção em cargos de lideranças nas
empresas e no setor público. Assim, as mulheres poderiam igualar, com
facilidade, suas chances de ultrapassar os homens no mundo dos investimentos.
Ainda no que se refere ao mercado de
trabalho, “Uma maior oferta de mão-de-obra feminina acarreta, muitas vezes,
pouca força de negociação para melhores salários, fazendo com que as mulheres
tenham que aceitar condições piores que a dos homens para garantir uma vaga no
mercado de trabalho” explica João.
É certo que a conquista feminina por
espaço em cargos relevantes tem mudado a forma como é visto o seu relacionamento
com o dinheiro. Na medida em que elas chegam a posições de liderança, a
administração de seus investimentos pessoais é enxergada com a mesma seriedade
usualmente direcionada a suas atividades no trabalho.
Entender que a mulher vem conquistando
amplo espaço nos mercados financeiro, de trabalho e de negócios é algo digno de
respeitar todo seu esforço e crer que, dia após dia, a mulher pode liderar o
futuro das finanças corporativas.
Sobre João Victorino
João Victorino é
administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em
Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP. Após vivenciar os percalços e
a frustração de falir duas vezes e se endividar, a experiência lhe trouxe
aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje como uma carreira
bem-sucedida, João busca ajudar as pessoas a melhorarem suas finanças e a
prosperarem em seus projetos ou carreiras. Para isso, o especialista idealizou
e lidera o canal A Hora do Dinheiro
com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
Nenhum comentário