Perspectivas para a economia em 2023
Para
Douglas Carvalho, Consultor Titular na Target Advisor, empresa especializada em
Finanças Corporativas, o que devemos esperar da economia no próximo governo é
manter os planos nos trilhos. Mas, segundo ele, o setor de serviços deve sofrer
com a instabilidade do primeiro trimestre.
Douglas
Carvalho, 12 anos de mercado financeiro, Consultor Titular na Target Advisor,
empresa especializada em Consultoria Financeira, Reestruturação Empresarial e
Recuperação Judicial, Fusão e Aquisição, Valuation e Finanças Corporativas, a
tônica do começo do ano deve ser a incerteza: “apesar da instabilidade do
momento, é importante que o novo governo comece, desde já, a passar uma
tendência de permanência das políticas econômicas”, enfatiza.
Para ele,
os investimentos estrangeiros devem permanecer, independentemente da mudança de
governo: “somos um país continental, terceiro do mundo na produção de
alimentos, de carnes, maior ativo educacional, uma das melhores saúdes, isso
vai continuar. A única coisa que poderia influenciar, mas não acredito que vá
acontecer, seria a taxação de commodities, de produtos base, como o aço e a
soja, numa tentativa de ajudar a indústria nacional”.
Douglas
lembra: “2022 mostra números muito melhores do que 2019, ou seja, conseguimos
‘vencer’ as sombras da pandemia, e a própria Petrobras, mesmo depois do
resultado das eleições, divulgou um lucro gigantesco. Isso mostra que o país
está crescendo e que a tendência do novo governo precisa ser a de manutenção
desse crescimento”.
Ainda
assim, o empresário reforça, a insegurança vai ser grande, pelo menos no
primeiro trimestre do ano e quem deve sofrer com isso são os prestadores de
serviço: “as empresas devem priorizar o crescimento do caixa e esperar até
depois do carnaval para voltar a investir”, explica.
Para ele, o mais importante para a confiança dos investidores no país e para que as empresas sigam prosperando é a manutenção do dólar e a negação de qualquer grande aventura econômica. “Não acredito que a nova equipe de governo fará grandes mudanças, inclusive para evitar o acaloramento da opinião pública. Entretanto, uma certa cautela nunca fez mal a ninguém”, finaliza.
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