Redes sociais focadas no desenvolvimento humano constroem a web 3.0
*Por Khalil Sautchuk Jezini
A Web 3.0 já está entre nós, ela é uma
nova tendência que está afetando o modo como as pessoas se relacionam com a
internet, bem como o impacto social nos dias atuais. A tecnologia tende cada
vez mais a transformar as relações humanas, trazendo novos caminhos, olhares e
visões.
Fazendo uma comparação simples entre as
eras, podemos perceber que a web 1.0 tinha como destaque os hyperlinks, a 2.0
acontece nas redes sociais
e a 3.0 é fundamentada na tecnologia blockchain,
que permite criar blocos, formando uma cadeia de dados. Essa ferramenta é
conhecida principalmente por servir de base para as criptomoedas, tornando-a
super tecnológica e transformando-a em um complemento da web 2.0.
Nessa terceira onda da internet,
conhecida como “web inteligente", as redes sociais passaram a ter um
protagonismo diferente. Antes eram utilizadas para um entretenimento
descompromissado, vendas ou fortalecimento da reputação digital da marca, agora
elas ganharam um caráter de independência e assistência social.
Três grandes conceitos marcam esse
desenvolvimento, a descentralização,
que gera a independência de bancos, organizações governamentais ou tecnologias
de empresas. A virtualização,
que é o fortalecimento de mundos digitais e reprodução de experiências
realísticas de modo virtual. E a privacidade,
que evita a exposição de dados pessoais, busca fugir das publicidades
direcionadas e do incômodo com rastreamento.
Contudo, conseguimos perceber que
utilizar a tecnologia para o bem-estar mental, saúde e desenvolvimento humano
está cada vez mais em alta, principalmente na web 3.0, que chega gerando um
grande impacto social sendo determinante para as pessoas que delas precisam.
Além disso, foram desenvolvidas nesta
nova era, redes sociais de apoio que construíram comunidades que interligam
pessoas de todo o mundo a interesses em comum, podendo partilhar informações,
vivências e culturas. Dentro da “web inteligente”, é notório que possamos
utilizar a tecnologia como instrumento para novos conhecimentos e participar
virtualmente de aulas de ioga, meditação, música, aprender a tocar novos
instrumentos ou até mesmo aprimorar as técnicas culinárias.
Os impactos dessa troca de experiências
na sociedade são os mais positivos possíveis, pois trazem novos aprendizados,
assim, muitas pessoas procuram orientação especializada sobre suas questões, ou
mudam seus hábitos prezando seu bem-estar.
A nova era visa o aproveitamento de
tempo, melhorando a autonomia das máquinas tornando-se um otimizador do estilo
de vida, por isso, se atrela às questões sociais, auxiliando no processo de
autoconhecimento e desenvolvimento humano.
Principalmente após a pandemia, pudemos
observar a proliferação de consultas e atendimentos online, poupando tempo e
deslocamento das pessoas, principalmente de quem reside em locais menos
acessíveis. Particularmente, creio que essa nova era é importantíssima, não só
para a valorização dos cuidados mentais, emocionais e físicos, como para a
própria tecnologia que se alia a estas novas questões.
*Khalil Sautchuk Jezini, cofundador e CEO da Kornerz. Administrador com MBA em Gestão Executiva na IBMEC/MG, também é ex-campeão profissional de wakeboard*
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