Um em cada dez estudantes no Brasil é vítima frequente de bullying
Especialista alerta sobre riscos de relações
nocivas na infância
Agressividade,
autoestima prejudicada ou isolamento social, perda de motivação, traumas
psicológicos, piora no rendimento e até evasão escolar são apenas alguns
exemplos de como relações nocivas podem prejudicar a criança vítima de
violência. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE),
realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e com o apoio do
Ministério da Educação, aproximadamente um em cada dez adolescentes (13,2%)
admitiu já ter sofrido com a prática de bullying,
de provocação e de intimidação de colegas de classe.
Ana Paula Yazbek, especialista em
primeira infância e diretora do Espaço
ekoa, alerta: “é necessário estarmos alertas aos modos de convívio entre as
crianças e jovens, pois com o isolamento social decorrente da pandemia e o uso
intensivo das plataformas digitais, é possível notar um aumento na prática da
violência psicológica entre eles”.
É muito importante que
as escolas criem para mitigar os problemas causados pela prática do bullying,
seja sobre como lidar com a criança agressora, quanto com aquela que é
agredida. Mas, é muito importante aprofundar essa discussão e entender os motivos
que levam a essas agressões.
Para a especialista, a
escola deve se tornar o espaço privilegiado para discutir essa questão e evitar
que a prática se perpetue nas próximas gerações. Para isso, é importante
discutir padrões que a sociedade enxerga como ideais e trabalhar isso com as
crianças em formação. “É importante instaurar um ambiente colaborativo e
participativo, onde as diferenças sejam inseridas como algo positivo e
propositivo. Considerando que qualquer diferença em colegas de escola pode gerar
estranheza nas crianças, a escola deve naturalizar essa diferença para que isso
não se mostre como algo fora do comum. É a melhor maneira de combater possíveis
práticas de bullying que ocorram no futuro”, completa Yazbek.
Motivos para combater o
bullying nas escolas brasileiras
- Crianças que sofrem bullying
são mais propensas a desenvolverem depressão e ansiedade;
- As vítimas têm dificuldade de
reconhecer emoções, sentem mais medo e mais estresse, o que demonstra um
dano no cérebro que gera dificuldade de aprendizado e vulnerabiliza a
transtornos de ansiedade e humor (Instituto do Cérebro, Rio Grande do Sul;
- Apresentam resultados escolares
piores, maiores chances de abandonar os estudos após o ensino médio, além
de, durante o período escolar comum, tenderem duas vezes mais a faltar e
três vezes mais a se sentirem estranhas (Unesco);
- Vulnerabiliza as vítimas, na
vida adulta, a outros problemas como o abuso de drogas (legais e ilegais),
transtornos alimentares, cânceres, doenças cardiovasculares e metabólicas.
Conheça o Espaço ekoa
O espaço ekoa é uma escola
que atende crianças desde os 4 meses até as séries iniciais do Ensino
Fundamental. É reconhecida como uma instituição inovadora e referência na
educação infantil. O espaço físico é parte integrante do projeto pedagógico da
escola e é um importante diferencial. As atividades são realizadas
prioritariamente ao ar livre e as crianças podem se apropriar de todos os
ambientes com segurança e responsabilidade. As turmas são multietárias e as
salas de aulas são flexíveis, estimulando a cooperação entre as crianças e
contribuindo para que elas construam relações que podem durar a vida inteira. O
espaço ekoa fica na rua Rua Antonio
Mariani, n° 58, Butantã e está aberto de segunda a sexta-feira das 7 às 19
horas.
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